
NOVIDADE PARA O ELEITOR
A inauguração da Central de Atendimento ao Eleitor (CAE), do Tribunal Regional Eleitoral do DF, que reunirá em um único local 14 zonas eleitorais, realizada na última quarta-feira, foi bastante prestigiada.
Ibaneis Rocha, o exorcista O governador Ibaneis Rocha confirmou a chapa que vai liderar na tentativa de conseguir a reeleição ao GDF com Celina Leão (PP) como vice-governadora e Damares Alves (Rep) para o Senado. Deixou a porta aberta para futuras conversas, mas mostrou claramente que não admite fazer parte dos joguetes patrocinados pelo ex-governador …
O governador Ibaneis Rocha confirmou a chapa que vai liderar na tentativa de conseguir a reeleição ao GDF com Celina Leão (PP) como vice-governadora e Damares Alves (Rep) para o Senado. Deixou a porta aberta para futuras conversas, mas mostrou claramente que não admite fazer parte dos joguetes patrocinados pelo ex-governador José Roberto Arruda, que mesmo enrolado na Justiça por malfeitos com dinheiro público, quer mandar e desmandar na política do DF. Desta vez o diabo foi exorcizado.
Ibaneis é católico é fã do papa Francisco, que já garantiu algumas vezes que o diabo está entre nós, nos atentando, perturbando a paz. E sabe que não basta rezar, é preciso agir. Foi o que fez ao observar as andanças de Arruda pelos gabinetes federais, tentando aliciar a direção dos maiores partidos próximos ao presidente Bolsonaro em torno de uma candidatura ainda hipotética, já que os direitos políticos do ex-governador estão pendurados numa liminar do STJ que pode cair a qualquer momento.
Com a movimentação de aproximação com PP e Republicanos, Ibaneis garante tempo de televisão e rádio para mostrar o que fez, bom financiamento de campanha e sustentação política, ainda mais porque se aproximou também de partidos medianos, formando um leque de alianças muito amplo. E ainda se livrou das diabruras de Arruda que, mais uma vez, tentou escrever o roteiro de um filme em que ele é o único mocinho, mas que morre no final.
Ibaneis Rocha estava visivelmente contrariado no lançamento da chapa. Tem muitos amigos e aliados no PL (partido de Arruda) e no PSD (de Paulo Octávio), que ficaram fora da primeira composição. Ibaneis deu o prazo que foi pedido para que os partidos chegassem a um acordo – sua única exigência era que Arruda dissesse publicamente que não seria candidato a governador, mas ele se recusou a fazer isso, deixando explícita a intenção de trair o acordo que havia sido feito inclusive com a presença do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.
Com tudo isso, a eleição vai ser uma disputa fratricida, com aliados em postos divergentes. No PL, por exemplo, o deputado distrital Agaciel Maia que é candidato à reeleição tem dito que ficará ao lado de Ibaneis, que teria cumprido todos os compromissos políticos com ele. É o mesmo caso do Bispo Renato, que foi Secretário de estado e ocupou a administração de Taguatinga durante toda gestão.
No PSD de Paulo Octávio a situação é idêntica. O deputado Cláudio Abrantes foi um dos maiores aliados de Ibaneis na Câmara Legislativa, assim como o colega Roberio Negreiros, sem contar Jorge Viana. Nenhum deles teria condições morais e éticas de fazer campanha contra o governador, deixando o presidente do partido numa saia justa.
Mas a pior situação é mesmo a de Flávia Arruda, que até outro dia posava de estrela da companhia. A ascensão de Flávia na política sempre foi considerada uma vitória feminina, de como o voto e a liderança das mulheres são necessárias à política brasileira. Até o Tribunal Superior Eleitoral tem feito anúncios no rádio e na tevê pregando a necessidade de uma maior participação das mulheres nas eleições. A partir dos últimos episódios, Flávia Arruda prestou um péssimo serviço à causa.
Subserviente à vontade do marido, José Roberto Arruda, a deputada colocou em risco uma candidatura franca favorita ao Senado, mesmo sendo presidente do partido no DF. Flávia se mostrou dependente do ex-governador. Na reunião com os outros presidentes, ela disse que queria ficar na chapa e garantir que o marido não disputaria o cargo de governador. Mas quando foi pedido a ela que ele desse uma declaração pública desistindo da disputa, ela se calou. Não é um bom exemplo a ser seguido.
Do outro lado do balcão, o ex-governador Rodrigo Rollemberg fez o que faz de melhor: dissimulado, tenta ser oportunista. Disse logo que a oposição tem que se unir em torno da candidatura do PSB para enfrentrar a polarização entre Ibaneis e Arruda. Ele sabe que a única candidatura mais à esquerda que é minimamente viável é a da senadora Leila Barros, que foi do partido dele e hoje está no PDT. Mas esta ele não quer. Também não quer apoiar o candidato do PV, Leandro Grass, que tem a máquina do PT por trás.
Ao optar pela presença da ex-ministra Damares Alves na chapa como candidata ao Senado, o governador Ibaneis Rocha calculou o risco. Mesmo que o presidente Bolsonaro não tenha toda a simpatia do mundo por ele – as diferenças entre os dois políticos são notórias –, a primeira-dama Michele vai fazer das tripas coração para empurrar a candidatura de Damares. Assim, Ibaneis conta com, no mínimo, a neutralidade do Palácio do Planalto na eleição Brasiliense.
A inauguração da Central de Atendimento ao Eleitor (CAE), do Tribunal Regional Eleitoral do DF, que reunirá em um único local 14 zonas eleitorais, realizada na última quarta-feira, foi bastante prestigiada.
do escritório da Campelo Bezerra Advogados Associados
Dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE revelam uma intensificação no fluxo migratório de pessoas com ensino superior completo para o Distrito Federal.
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…