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Ibaneis Rocha, o exorcista O governador Ibaneis Rocha confirmou a chapa que vai liderar na tentativa de conseguir a reeleição ao GDF com Celina Leão (PP) como vice-governadora e Damares Alves (Rep) para o Senado. Deixou a porta aberta para futuras conversas, mas mostrou claramente que não admite fazer parte dos joguetes patrocinados pelo ex-governador …
O governador Ibaneis Rocha confirmou a chapa que vai liderar na tentativa de conseguir a reeleição ao GDF com Celina Leão (PP) como vice-governadora e Damares Alves (Rep) para o Senado. Deixou a porta aberta para futuras conversas, mas mostrou claramente que não admite fazer parte dos joguetes patrocinados pelo ex-governador José Roberto Arruda, que mesmo enrolado na Justiça por malfeitos com dinheiro público, quer mandar e desmandar na política do DF. Desta vez o diabo foi exorcizado.
Ibaneis é católico é fã do papa Francisco, que já garantiu algumas vezes que o diabo está entre nós, nos atentando, perturbando a paz. E sabe que não basta rezar, é preciso agir. Foi o que fez ao observar as andanças de Arruda pelos gabinetes federais, tentando aliciar a direção dos maiores partidos próximos ao presidente Bolsonaro em torno de uma candidatura ainda hipotética, já que os direitos políticos do ex-governador estão pendurados numa liminar do STJ que pode cair a qualquer momento.
Com a movimentação de aproximação com PP e Republicanos, Ibaneis garante tempo de televisão e rádio para mostrar o que fez, bom financiamento de campanha e sustentação política, ainda mais porque se aproximou também de partidos medianos, formando um leque de alianças muito amplo. E ainda se livrou das diabruras de Arruda que, mais uma vez, tentou escrever o roteiro de um filme em que ele é o único mocinho, mas que morre no final.
Ibaneis Rocha estava visivelmente contrariado no lançamento da chapa. Tem muitos amigos e aliados no PL (partido de Arruda) e no PSD (de Paulo Octávio), que ficaram fora da primeira composição. Ibaneis deu o prazo que foi pedido para que os partidos chegassem a um acordo – sua única exigência era que Arruda dissesse publicamente que não seria candidato a governador, mas ele se recusou a fazer isso, deixando explícita a intenção de trair o acordo que havia sido feito inclusive com a presença do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.
Com tudo isso, a eleição vai ser uma disputa fratricida, com aliados em postos divergentes. No PL, por exemplo, o deputado distrital Agaciel Maia que é candidato à reeleição tem dito que ficará ao lado de Ibaneis, que teria cumprido todos os compromissos políticos com ele. É o mesmo caso do Bispo Renato, que foi Secretário de estado e ocupou a administração de Taguatinga durante toda gestão.
No PSD de Paulo Octávio a situação é idêntica. O deputado Cláudio Abrantes foi um dos maiores aliados de Ibaneis na Câmara Legislativa, assim como o colega Roberio Negreiros, sem contar Jorge Viana. Nenhum deles teria condições morais e éticas de fazer campanha contra o governador, deixando o presidente do partido numa saia justa.
Mas a pior situação é mesmo a de Flávia Arruda, que até outro dia posava de estrela da companhia. A ascensão de Flávia na política sempre foi considerada uma vitória feminina, de como o voto e a liderança das mulheres são necessárias à política brasileira. Até o Tribunal Superior Eleitoral tem feito anúncios no rádio e na tevê pregando a necessidade de uma maior participação das mulheres nas eleições. A partir dos últimos episódios, Flávia Arruda prestou um péssimo serviço à causa.
Subserviente à vontade do marido, José Roberto Arruda, a deputada colocou em risco uma candidatura franca favorita ao Senado, mesmo sendo presidente do partido no DF. Flávia se mostrou dependente do ex-governador. Na reunião com os outros presidentes, ela disse que queria ficar na chapa e garantir que o marido não disputaria o cargo de governador. Mas quando foi pedido a ela que ele desse uma declaração pública desistindo da disputa, ela se calou. Não é um bom exemplo a ser seguido.
Do outro lado do balcão, o ex-governador Rodrigo Rollemberg fez o que faz de melhor: dissimulado, tenta ser oportunista. Disse logo que a oposição tem que se unir em torno da candidatura do PSB para enfrentrar a polarização entre Ibaneis e Arruda. Ele sabe que a única candidatura mais à esquerda que é minimamente viável é a da senadora Leila Barros, que foi do partido dele e hoje está no PDT. Mas esta ele não quer. Também não quer apoiar o candidato do PV, Leandro Grass, que tem a máquina do PT por trás.
Ao optar pela presença da ex-ministra Damares Alves na chapa como candidata ao Senado, o governador Ibaneis Rocha calculou o risco. Mesmo que o presidente Bolsonaro não tenha toda a simpatia do mundo por ele – as diferenças entre os dois políticos são notórias –, a primeira-dama Michele vai fazer das tripas coração para empurrar a candidatura de Damares. Assim, Ibaneis conta com, no mínimo, a neutralidade do Palácio do Planalto na eleição Brasiliense.
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