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1 de fevereiro, 2025Ibaneis e a vitória do diálogo E fez-se a paz. Flávia Arruda será a candidata a senadora na chapa do governador Ibaneis Rocha, que tentará a reeleição ao GDF. Agora ficou claro que, quando disse que as conversas iriam continuar, Ibaneis apostava na pacificação do grupo e não deixou de conversar por nenhum minuto na …
Ibaneis e a vitória do diálogo
E fez-se a paz. Flávia Arruda será a candidata a senadora na chapa do governador Ibaneis Rocha, que tentará a reeleição ao GDF. Agora ficou claro que, quando disse que as conversas iriam continuar, Ibaneis apostava na pacificação do grupo e não deixou de conversar por nenhum minuto na tentativa de reunir as forças. Até porque ia ser muito difícil explicar para o eleitor porque os dois trabalharam tanto juntos e sairiam separadamente para pedir votos.
Damares para a Câmara
O grupo de Ibaneis está ressaltando o papel da ex-ministra Damares Alves na negociação. Antes apresentada como razão da discórdia, a ministra soube reconhecer a preferência da amiga Flávia Arruda e recuou no seu desejo de ser senadora, até porque sempre afirmou que seu maior interesse era fortalecer o palanque do presidente. Ibaneis tenta convencer Damares a ser candidata a deputada federal. “Seria um bom nome”, disse.
Alívio para Flávia Arruda
Flávia Arruda não escondia o alívio ao definir sua posição nas próximas eleições. As negociações mais recentes não eram boas para o futuro político dela, franca favorita à vaga de senadora pelo DF, segundo todas as pesquisas apresentadas até agora. Com a garantia da vaga e a união com Ibaneis garantida ela poderá voltar a trabalhar com mais tranquilidade junto a seus apoiadores.
Celina nos bastidores
Celina Leão garantiu a vaga de vice-governadora na chapa, mas não esteve no lançamento oficial feito pelo presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto. Mas a sua movimentação nas horas que antecederam o anúncio foi fundamental para desatar alguns nós partidários, acabando com arestas tanto com seu partido quanto com o Republicanos. Prevaleceu a ideia de manter o grupo coeso, apontando para um único objetivo.
Oposição ainda ferve
Se a paz foi feita para os lados de Ibaneis Rocha, a guerra continua oposição, especialmente na federação entre PSDB e Cidadania. O senador Izalci Lucas e a deputada federal Paula Belmonte se lançaram candidatos ao governo e nenhum dos dois admite ser vice do outro. O impasse seria resolvido pela direção nacional, que já publicou documento dando plenos poderes ao senador, mas que ainda é contestado pela deputada. Só a convenção pode decidir.
Reguffe vence duelo
O senador Reguffe venceu o primeiro jogo de acareação com o partido dele, o União Brasil. Depois de publicar um desabafo dizendo que forças ocultas estavam tentando encurrala-lo em direção a uma candidatura de deputado federal, ele foi confirmado como opção para disputar o GDF. Mas depois de vencer o duelo não deu um passo sequer em direção nenhuma para fortalecer sua posição – ao contrário, foi emparedado por Paula Belmonte que deixou muito claro que quer caminhar com ele, mas como candidata ao GDF.
Petistas querem ideologia
No Partido dos Trabalhadores o coro dos descontentes começa a cantar mais alto. Como Leandro Grass e Rosilene Correa não saem do lugar, começam a ressurgir as pressões para recolocar Geraldo Magela como candidato ao senado ou até mesmo ao governo. Não que Magela possa melhorar os índices de intenção de voto – ninguém esquece a pífia votação na eleição passada, para distrital –, mas muito mais identificado ideologicamente com o PT.
Lula é único objetivo
Magela é encarado pelo grupo como um modo de alavancar votos para Lula, única preocupação da direção regional do partido, que sabe das dificuldades na eleição local, mas pode ajudar a melhorar a performance do ex-presidente. O DF é uma das unidades da federação em que Lula enfrenta mais dificuldade, com uma rejeição muito grande, e atrás do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas.
Para levantar a militância
Petistas históricos acreditam que a presença de um candidato do PV, caso de Leandro Grass, não trará a identificação que o partido precisa ter com o eleitor, para levantar a militância em torno do nome de Lula.