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3 de agosto, 2022

Política do DF não para de se mexer A movimentação nos bastidores da política brasiliense não para. Tudo muda a cada minuto, sob a inspiração […]

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Damares

Política do DF não para de se mexer

A movimentação nos bastidores da política brasiliense não para. Tudo muda a cada minuto, sob a inspiração da velha frase de Magalhães Pinto, segundo a qual a política é igual ao céu: a cada olhada, está diferente. A movimentação dos Republicanos em torno de uma candidatura avulsa da ex-ministra Damares Alves para o Senado voltou a eriçar os pelos de boa parte dos candidatos; segundo o partido, é uma candidatura que tem as bênçãos do presidente Bolsonaro. O mesmo Bolsonaro que, dias atrás, tinha defenestrado a mesma Damares da chapa do governador Ibaneis Rocha.

O presidente magoado

O presidente, segundo um importante membro dos Republicanos, teria repensado a sua posição de apoio irrestrito a candidatura de Flávia Arruda depois de ouvir uma declaração de José Roberto Arruda, pedindo voto para a mulher, mas afirmando que não iria influenciar nos votos para governador e presidente. “Esses ficam por conta de vocês”, disse o ex-governador, traindo a confiança de Bolsonaro, que o ajudou a conseguir a liminar no STJ que reavivou a esperança dele numa candidatura (a liminar foi, no entanto, cassada) e teria ficado magoado.

Desafiando a Bíblia

Mas uma parte do Republicanos – partido ligado a igrejas e bispos evangélicos – acredita que a motivação do partido para relançar a candidatura de Damares Alves é mais local mesmo. E até antibíblico, já que se trataria de uma vingança coletiva, uma vez que o partido assumiu as dores do soco desferido por Arruda em um correligionário, o candidato a deputado federal Gilvan Máximo, no palco da convenção do MDB, PP, PL.

Está nas escrituras

Certamente eles sabem, mas não custa lembrar aos bispos que formam o partido o que diz Levítico 19:18: “Não te vingarás e não guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou Yahweh”.

Prato fervendo

Aliás, dizem que a vingança é um prato que se come frio. Mas neste caso veio fervendo.

Trabalho durante a campanha

O governador Ibaneis Rocha está em pré-campanha, visitando as cidades, conversando com o povo, mas o trabalho do governo não para. Acaba de ser iniciada a obra de recuperação da rodovia DF-180, no Gama, ligando a Ponte Alta Sul à Samambaia, em frente à Embrapa. A via pedia uma recuperação há anos, é uma das mais importantes da região e terá o pavimento de seus 12 quilômetros inteiramente recuperado pelo DER.

Diferença gritante

Aliás, é gritante a comparação entre o governo Rollemberg e o de Ibaneis na conservação de rodovias. Enquanto o governo passado investiu R$ 38.929.610,00 na melhoria e conservação de vias, Ibaneis já investiu, até julho, R$ 144.233.692,00. Isso contando apenas o que foi realizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Tá tudo Combinado?

Amanhã, o União Brasil faz a sua convenção para definir os rumos do partido no Distrito Federal. Seguindo os melhores conselheiros da política, devem chegar com tudo combinado, só para corroborar as decisões que serão tomadas em reuniões anteriores, evitando-se desgastes entre os filiados. Como dizia Tancredo Neves, “reunião boa é aquela que se decide de véspera”.

Ibaneis, o aglutinador

Quando lançou sua primeira chapa ao governo, ainda com a ex-ministra Damares, Ibaneis Rocha fez questão de dizer que as portas continuavam abertas para negociar com os outros partidos. Foi a senha para Flávia Arruda voltar às boas. Agora, com a chapa definitivamente formada, Ibaneis continua aberto ao diálogo. No discurso da convenção afirmou que queria unir a base que representa as forças políticas para enfrentar as dificuldades. Desde então não parou de ouvir e falar.

 

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