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8 de agosto, 2022

Seis contra um; e o um ganhou O primeiro debate da eleição deste ano, realizado pela TV Band na noite de domingo (7), mostrou claramente […]

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Seis contra um; e o um ganhou

O primeiro debate da eleição deste ano, realizado pela TV Band na noite de domingo (7), mostrou claramente o que é uma briga de gangue contra um. O governador Ibaneis Rocha sofreu ataques de todos os concorrentes, alguns fazendo jogral com o único objetivo de ataca-lo. O espectador nem precisou ficar atento para notar que ninguém tem propostas concretas para apresentar. Houve platitudes, razões genéricas, embromação; tudo na base do “eu vou fazer”, sem mostrar o que vai fazer. No final, o consenso era que o governador apresentou números consistentes, ressaltou o trabalho feito no primeiro mandato, mostrou caminhos para o próximo e venceu o debate.

Fragilidade dos adversários

A vida do governador Ibaneis Rocha foi muito facilitada pela fragilidade demonstrada pelos demais candidatos. Nem mesmo o mais veterano dos políticos presentes, o empresário Paulo Octávio (PSD), conseguiu se impor, se perdendo em afirmações improvisadas, tentando emular JK apenas pelo fato da mulher ser parente, buscando o apoio rorizista ao citar a viúva, dona Weslian. Ademais, não conseguiu encaixar suas participações no tempo pré-determinado pelas regras e continuava atropelando a apresentação, demonstrando até falta de educação.

Senadores decepcionaram

Os dois senadores presentes no estúdio também decepcionaram. Izalci Lucas (PSDB), que concorre escorado numa liminar da Justiça já que foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão, fez críticas genéricas à saúde e a área social, sem apresentar sequer uma solução nova. Leila Barros (PDT) se enrolou com as palavras. Sem traquejo, tentou passar confiança falando o tempo todo como a certeza de que seria eleita, mas apenas jogando questões.

Desconforto de Rollemberg

Chamou atenção a discussão sobre o Centrad, o Centro Administrativo do GDF, provocada por um jornalista da emissora. Leila reclamou que os últimos quatro governos não fizeram nada para resolver a questão, incluindo até a gestão de seu ex-padrinho Rodrigo Rollemberg que estava na plateia e teve que engolir em seco a acusação. As regras do debate não permitiram ao governador Ibaneis Rocha dizer que o Centrad já foi ocupado pelo GDF, inclusive com a nomeação de um servidor que já toma conta do espaço.

Da promessa à realidade

O ponto alto do debate foi visto por pouca gente: o encerramento de Ibaneis. O governador fez um apanhado de suas ações, mostrando preparo para avançar. “Há quatro anos estava aqui e era somente uma promessa. Era um candidato que se colocava contra tudo o que estava parado nessa cidade, nós tínhamos delegacias fechadas, não existiam obras nas ruas, não tínhamos desenvolvimento social e nós avançamos em todas as pautas. Hoje por qualquer lugar que você anda nessa cidade você vê obras de infraestrutura sendo realizadas, avançamos e avançamos muito na questão social, mesmo durante a maior pandemia do país e do mundo, conseguimos criar soluções para a saúde, educação, segurança, para o transporte público e avançamos em todas as pautas”, disse Ibaneis.

Aposta na confiança

O governador também soube valorizar o trabalho feito desde a posse. “Nós temos a certeza de que fizemos um governo que merece do eleitor do DF a confiança, que merece pela força de trabalho que nós imprimimos nesses três anos de oito meses. Força de trabalho que é reconhecida por todos”, disse.

Trabalho todo dia

E no final ainda alfinetou os concorrentes que procuravam dizer que a pandemia não serve de desculpa para nada. “Nós não paramos um minuto de trabalhar mesmo durante a pandemia. Todos os dias estive no meu gabinete trabalhando, enquanto muitos estavam em suas casas. As sessões na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional eram virtuais, mas eu estava lá, a frente do Governo do Distrito Federal, defendendo a população de todos os males que estavam ali. Então eu tenho confiança que nós vamos avançar ainda mais no DF porque já provamos que temos condições de fazer”, acrescentou Ibaneis.

 

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