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15 de agosto, 2022

Uma eleição para manchar nomes O empresário Paulo Octávio (PSD) pode até manter a candidatura ao governo até o final, mas vai enfrentar uma tempestade […]

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Uma eleição para manchar nomes

O empresário Paulo Octávio (PSD) pode até manter a candidatura ao governo até o final, mas vai enfrentar uma tempestade de denúncias, principalmente por causa de processos que se arrastam há anos na Justiça graças a ação dos advogados. São processo que podem manchar uma carreira de sucesso, quando um simples corretor de imóveis se transforma num dos maiores incorporadores do Distrito Federal, amealhando uma enorme fortuna.

Nos tempos da ditadura

Os adversários estão voltando ao passado mais remoto para recolher informações sobre as atividades empresariais do candidato, com insinuações de que teria sido beneficiado pelo ex-sogro (do primeiro casamento), o ex-ministro da Marinha, Geraldo Henning, na época da ditadura militar. Foi exatamente depois do casamento que os negócios – dizem seus detratores – de Paulo Octávio começaram a florescer.

Negócios muito mais fartos

No debate realizado pela TV Band, Paulo Octávio teve que driblar a pergunta do jornalista Cláudio Humberto sobre seus negócios com o governo. O empresário chegou a dizer que tinha informação de que suas empresas estavam envolvidas em apenas uma obra pública, o viaduto que está senso erguido no Sudoeste ao custo de R$ 28 milhões, mas ele não disse nada sobre os prédios alugados e a publicidade oficial veiculadas em suas emissoras de rádio, televisão e peças em equipamentos instalados nos shoppings.

Empreendimento bilionário

Paulo Octávio também terá que explicar o negócio bilionário que está propondo ao GDF, juntamente com a construtora J.C. Gontijo, para a construção de pelo menos oito mil habitações populares na região de Recanto das Emas. E é claro que não ficarão de fora os negócios que tem com o governo federal. Ainda que neste caso a liberação das verbas não leve a assinatura do governador, o prestígio político é determinante para conseguir novos negócios.

Os esqueletos de Belmonte

O candidato também terá exposto o nome de seu candidato a vice-governador, Luís Felipe Belmonte, outro que tem o armário cheio de esqueletos. Ele tem o nome envolvido em questões nebulosas que envolvem o recebimento de precatórios e é réu em um processo em que é acusado de comprar um juiz e por lavagem de dinheiro.

Lavagem de dinheiro

Belmonte é suspeito de pagar R$ 800 mil em propina a um ex-desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Rondônia, em troca de favores. A decisão é recente, foi publicada dia 7 de agosto, pelo juiz Walisson Gonçalves Cunha, da 3ª Vara Criminal de Rondônia. Belmonte terá que responder por crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Propina com valor dobrado

A denúncia contra Belmonte é de maio de 2017 e foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusa o candidato de ter repassado R$ 1,2 milhão a Vulmar de Araújo Coelho Junior, como pagamento de um imóvel do ex-desembargador – ainda que o valor de mercado da propriedade fosse de cerca de R$ 400 mil. R$ 800 mil desse montante seriam referentes à liberação de precatórios que beneficiariam clientes de Belmonte e seriam, segundo entendimento do Ministério Público, uma propina.

Investigado por fake news

O vice de Paulo Octávio também é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre atos antidemocráticos. A investigação apura a estrutura de financiamento e a origem do dinheiro para grupos que defenderam o fechamento do STF, espalhando notícias falsas. No inquérito, policiais sustentam que Luís Felipe e a esposa, a deputada Paula Belmonte, tentaram criar uma empresa de eventos para justificar os R$ 2 milhões gastos com um certo Ivan, apontado como hacker pela Polícia Federal.

Na guerra, com borduna

O presidente do PTB, Paulo Roriz, lançou um candidato a governador pelo seu partido, ainda que seja um nome desconhecido e que nunca disputou nada. Paulo é um poço de mágoas desde que foi demitido da Secretaria do Entorno, por absoluta inoperância, e quer se vingar do governador Ibaneis Rocha. Mas é como declarar guerra usando borduna.

 

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