Rafael Parente pediu para sair

Rafael Parente não aguentou a pressão e é o primeiro ex-candidato ao GDF. Ele desistiu da campanha depois de amargar mais um revés em pesquisa eleitoral, decidindo apoiar Leandro Grass, do PV. A mudança de postura não altera o tempo de rádio e TV do horário eleitoral, que aliás começou hoje, uma vez que as coligações foram formadas e validadas pelo TER no último dia 15. Resta saber se o eleitor vai acompanhar o desejo do candidato.

O ex-candidato branco

A grande lembrança que Parente deixa no pleito foi o “branco” que ele sofreu num dos debates entre os candidatos, quando começou a discorrer sobre um suposto programa habitacional que iria propor para o DF. Chegou a dizer que havia brasilienses morando em palafitas, talvez confundindo a Brasília capital com a Brasília Teimosa, favela do Recife, cidade administrada por seu partido (PSB) há 15 anos.

Faltou educação

No encontro dos candidatos promovido pelo portal Metrópoles – aquilo não foi um debate –, Parente se destacou pela falta de educação, principalmente contra seu ex-chefe, Ibaneis Rocha. Foi grosseiro, afetado e desrespeitoso com o público. O destempero certamente foi um ingrediente forte na decisão de desistir.

Paulo Octávio mente na TV

O candidato Paulo Octávio esclareceu em entrevista ao G1 como seria sua posição empresarial se um dia vier ser eleito para o Governo do Distrito Federal: não fará novos contratos com o GDF. Mas sobre os atuais contratos ele não diz nada. Participa da construção de um viaduto no Sudoeste de R$ 28 milhões e fatura pelo menos R$ 3 milhões mensais com alugueis – pelo jeito não vai abrir mão desse dinheirinho miúdo.

Fake bem grande

Na entrevista, aliás, Paulo Octávio também mentiu aos jornalistas Rita Yoshimine e Fred Ferreira ao dizer que não faz nenhuma obra do GDF há 25 anos. Foi desmascarado pelo próprio portal que carimbou um FAKE (falso) bem grande quando analisou a declaração. Não foi a única mentira que o candidato contou na entrevista ao G1.

Policiais na discussão

O candidato do PSD disse que os salários dos policiais estão entre os piores do Brasil, mas a realidade é o contrário. A remuneração média bruta os PMs do Distrito Federal é de R$ 11.861,64, atrás apenas de Goiás, onde a remuneração média é de R$ 11.928,33. A Polícia Civil em Brasília recebe, em média, R$ 16.926,45, atrás apenas do Amazonas, onde a remuneração média bruta é de R$ 21.872,58.

Quem vai garantir?

Os jornalistas globais não tiveram a mesma coragem de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, que perguntou a Paulo Octávio a queima roupa: “Como garantir que o senhor fará um governo honesto em Brasília?”

Três mil imóveis

Aliás, um eleitor ouviu Paulo Octávio dizer que a empresa dele administra três mil imóveis alugados no Distrito Federal. “O que um homem que tem três mil imóveis só para alugar quer se candidatando a governador? Comprar o resto da cidade?”

Tapumes ganham out-door

A resposta talvez esteja à frente muitos tapumes de obras da empresa dele, que de repente ganharam out-doors com propaganda, todos com o nome do candidato em letras garrafais, com um número de telefone embaixo, certamente para disfarçar a propaganda irregular. Se isso não é abuso de poder econômico o que seria?

À frente do tempo

O Ministério Público do DF e Territórios está inovando: pediu explicações sobre uma promessa de campanha do governador Ibaneis Rocha. Ele prometeu, caso reeleito, construir mais três hospitais e entregar a gestão ao IGES; adiantado no tempo, o MP já quer explicações, antes mesmo do processo ser iniciado.