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9 de setembro, 2022

Grass quer licença para xingar A eleição a governador do GDF tem lances que, se contar fora daqui, ninguém acredita. A última vem do candidato […]

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Grass quer licença para xingar

A eleição a governador do GDF tem lances que, se contar fora daqui, ninguém acredita. A última vem do candidato verde do PT, Leandro Grass, que está reclamando de perseguição pelo atual governador Ibaneis Rocha, candidato à reeleição, porque está chamando governo de corrupto, sem qualquer prova e os advogados da campanha de Ibaneis já entraram com duas representações contra Grass por causa das acusações. É difícil de entender, mas em resumo é o seguinte: Grass quer chamar Ibaneis de corrupto sem contestação.

Um assessor bem versátil

O chefe da campanha de Grass, Hélio Doyle, usou as redes sociais para reclamar da reação dos advogados do governador. Doyle é conhecido pela versatilidade ideológica – esteve com Brizola, com Cristovam, com Roriz, Rollemberg e agora com os verdes – e está inconformado por não poder falar mal de Ibaneis. Curioso: foi visto muitas vezes no gabinete de Ibaneis, representando negócios.

A mentira que não cola

Já o candidato Leandro Grass insiste em contar uma mentira para ver se cola. Ele quer convencer o eleitor que Ibaneis Rocha destinou dinheiro do tal “orçamento secreto” para o Piauí, sem levar em conta o fato inapelável que governador não é parlamentar e, portanto, não tem como mandar dinheiro que é prerrogativa do Congresso Nacional. A verdade é que Ibaneis conseguiu dinheiro das emendas realmente, mas para o DF – foi aplicado nas áreas rurais, principalmente no asfaltamento de estradas que levam às escolas da região.

Ibaneis segue olímpico

Mas é o desespero que bate à porta. A campanha de Grass começou a recrudescer, tentando se colocar como o único adversário de Ibaneis, embora esteja a léguas de distância nas pesquisas divulgadas. O último levantamento do Ipec, encomendado pela TV Globo, o atual governador estaria reeleito em primeiro turno com 57% dos votos válidos (descontados nulos e brancos). Neste levantamento, Grass chegaria em quarto lugar.

Retirada da impugnação falhou

Discretamente, o PSB retirou o pedido de impugnação da candidatura de Paulo Octávio. Com a desistência de Rafael Parente – que ainda não foi explicada ao eleitor – o partido decidiu que ele dividiria os votos de Ibaneis Rocha. Pelo jeito não deu certo. O atual governador continua crescendo nas pesquisas, derrotando os adversários à direita e à esquerda com mais votos que todos os demais somados.

Ainda em clima de espera

Ainda não dá para o candidato do PSD respirar aliviado porque duas outras ações ainda estão vivas e em análise pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), além de um pedido do Ministério Público. Paulo Octávio, segundo as ações, teria que ter-se desincompatibilizado da direção de suas empresas – que têm negócios com o GDF – pelo menos 90 dias antes do pleito, o que não aconteceu.

Aluguéis milionários

O empresário também tem muitos negócios, principalmente locação de imóveis, com o governo federal. Segundo cálculos recentes publicados no jornal O Estado de S. Paulo, ele recebe R$ 27,5 milhões por mês. Mas isso não impede que ele seja a governador. O empecilho são os pouco mais de R$3 milhões mensais que recebe do GDF além da participação em obras como o viaduto do Sudoeste, que vai custar R$ 28 milhões.

P.O. faz campanha limpa

Mas não se pode reclamar da campanha eleitoral de Paulo Octávio. Mesmo com críticas pontuais, como seria mesmo de se esperar, o empresário tem feito uma campanha limpa, propositiva, mostrando sua visão sobre a solução de problemas do Distrito Federal. Paulo Octávio tem uma biografia a zelar e respeita a própria história, ainda mais que agora carrega também a responsabilidade de preservar o nome do fundador, Juscelino Kubistchek.

 

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