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2 de fevereiro, 2025

Chapa quente na eleição do DF Nos últimos dias o eleitor começou a acompanhar ataques mais brutos entre candidatos ao Governo do Distrito Federal. As críticas ou observações para mostrar as diferenças entre os competidores deram lugar a ataques frontais, alguns sujos, que já estão sendo analisados pela Justiça Eleitoral, em diversos processos. O candidato …

Chapa quente na eleição do DF

Nos últimos dias o eleitor começou a acompanhar ataques mais brutos entre candidatos ao Governo do Distrito Federal. As críticas ou observações para mostrar as diferenças entre os competidores deram lugar a ataques frontais, alguns sujos, que já estão sendo analisados pela Justiça Eleitoral, em diversos processos. O candidato que lidera essa nova forma de fazer campanha, e que normalmente é condenada pelo eleitor, é Leandro Grass, que tenta usar o prestígio que o ex-presidente Lula tem em determinada faixa da população, mas não conseguiu se destacar nas pesquisas de opinião de institutos sérios.

Nem o PT quer Grass

Grass não é do Partido dos Trabalhadores, chegou a criticar duramente o partido e o próprio presidente e isso tem incomodado os petistas mais radicais. Mas Grass parece disposto a qualquer coisa para aparecer. E vem apelando feio nos programas eleitorais. O esforço tem sido inútil. Pesquisas qualitativas mostram que o eleitor tem rejeitado agressões, provavelmente um reflexo da polarização nacional.

O peso morto petista

Petistas históricos se arrependem de não terem lutado por um nome tradicional do partido para a disputa. Grass não ajuda na campanha de Lula para o Planalto e não contribui para as disputas ao senado, com Rosilene Correa, nem à Câmara Federal. É um peso morto.

Um rico pobre coitado

O candidato verde ganhou até uma linha auxiliar de difamação com o ex-candidato Rafael Parente. Duplamente frustrado – primeiro por ter sido demitido sumariamente do governo e depois por ter sido rejeitado pela população, que o obrigou a sair do páreo – Parente agora expõe sua ira pelas redes sociais tentando difamar Ibaneis. É fraco também nisso. Acusa por acusar, usa denúncias gastas e que nunca foram provadas, só para atacar. Faz papel de pobre coitado, embora a declaração feita à Justiça Eleitoral mostre que ele não tem nada de pobre.

Falta conhecimento ou é desespero?

Bateu o desespero na campanha de Izalci Lucas. O candidato tucano está propondo implementar tarifa zero no transporte público do Distrito Federal. Para um candidato que se apresenta como “o mais preparado para governar o DF”, o senador certamente sabe que está tentando enganar o eleitor. Como não existe almoço grátis, cada passagem “grátis” custaria cerca de R$ 12,00 aos cofres públicos. Com o modelo atual, quando o governo subsidia metade do custo, já é preciso fazer um aporte de quase R$ 100 milhões por mês para as empresas de ônibus. Com a “tarifa zero”, no mínimo isso dobraria.

Com Frejat não deu certo

Aliás, a proposta lembra uma das promessas que Jofran Frejat fez na campanha de governador, a “tarifa Frejat”, que unificaria o preço das passagens em R$ 1,00. Não deu certo na época, dificilmente surtirá algum efeito agora; o povo não se deixa enganar.

Fazendo “grassinhas”

A propaganda eleitoral do candidato petista, Leandro Grass é um desperdício. Recheada de ofensas e piadinhas de mal gosto, ao invés de apresentar propostas e soluções para as questões do Distrito Federal, abusa de anúncios comerciais plagiados e ataques grosseiros.  Grass também não mostra postura de governador, parecendo se divertir em se fazer de (péssimo) ator, tentando se fazer de juiz de futebol e homem do posto de gasolina ou usando um “cast” caninos e felinos falantes e que pedem voto. Uma brincadeira de mal gosto com o eleitor.

Musiquinha chiclete

A paródia que acabou se tornando um jingle informal da campanha de Ibaneis Rocha caiu mesmo na boca do povo. Outros dois candidatos – esses a deputado distrital – usaram a mesma estrutura para tentar alavancar votos. Só que na hora de cantar o número de cada um, a galera continua com o do candidato a governador: “é 15, é 15…”.

 

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