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AGORA-DF

2 de fevereiro, 2025

Desistente gastador Rafael Parente (PSB) declarou ter gasto R$ 3.267.188, em apenas nove dias de campanha. Na prestação de contas, a receita de Parente é de R$ 538 mil, valor bem inferior às despesas apresentadas. Cerca de R$ 1,5 milhão foi para a produção de vídeos. Entre os custos também está a contratação do escritório …

Desistente gastador

Rafael Parente (PSB) declarou ter gasto R$ 3.267.188, em apenas nove dias de campanha. Na prestação de contas, a receita de Parente é de R$ 538 mil, valor bem inferior às despesas apresentadas. Cerca de R$ 1,5 milhão foi para a produção de vídeos. Entre os custos também está a contratação do escritório da advogada Gabriela Rollemberg, R$ 189 mil. Se como candidato relâmpago Parente teve o maior gasto proporcional da campanha, imagine governando o Distrito Federal. Como é “filhinho de papai”, não vai ter problema para pagar essa conta.

Em família

Gabriela Rollemberg também está trabalhando para o PSB. A advogada recebeu R$ 300 mil do partido que tem como principal candidato o pai, Rodrigo Rollemberg.

Pai gastador

O candidato relâmpago é filho de Pedro Parente, inventor da política de preços e lucros da Petrobras.

Damares é prioridade para União Brasil

A candidatura ao Senado de Damares Alves (Republicanos) tem sido a prioridade do União Brasil. A candidata recebeu do partido um milhão de reais do diretório regional. O União gastou mais R$ 422 mil na produção dos comerciais da campanha. O presidente do partido, Manoel Arruda, é suplente de Damares e estrela alguns dos vídeos que foram ao ar. Enquanto isso, os candidatos do União, sofrem com a falta de recursos.

Diretório nacional  

Damares recebeu mais um milhão do diretório nacional do União. Já o Republicanos, partido da candidata, fez um único repasse de um milhão de reais. O União está investindo alto.

Mais uma derrota

Uma liminar determinou ao candidato ao governo Leandro Grass (PV) a retirada de mais uma propaganda. Dessa vez Grass utilizou computação gráfica para simular cães falantes. O candidato tem usado e abusado do dinheiro público para fazer ataques e brincadeiras, um total desrespeito ao eleitor.

E as propostas?

Depois de um mês de campanha, Grass apresentou apenas uma proposta: acabar com o Iges-DF.

Milionário brincando de pobre

O empresário Paulo Octávio – segundo candidato mais rico de todo o Brasil – está brincando de pobre nessas eleições. Ontem, em entrevista à rádio CBN, ele disse, entre outras pérolas, que a rodoviária do Plano Piloto o incomoda. Quem tem memória – não era o caso dos apresentadores – se lembra que a última grande reforma da rodoviária foi feita pela empresa dele, Paulo Octávio, e seis meses depois, com o início das chuvas, toda a obra foi, literalmente, por água abaixo.

Segurança vigia o xixi

Na rádio, ele disse que consertaria as escadas rolantes em sete dias e colocaria segurança armada para cuidar dos banheiros. Imagina só: o sujeito entra para fazer xixi e encara um guarda com um revólver na cintura… não se sabe se é para rir ou para chorar.

Corrupção bem pertinho

Paulo Octávio disse ainda que desconhecia totalmente os casos de corrupção que derrubaram o governo dele e de Arruda, mas não é exatamente verdade. É preciso lembrar que o principal executivo das empresas dele foi flagrado pegando dinheiro de Durval Barbosa em uma das fitas divulgadas. O executivo disse claramente que o dinheiro iria para o empresário, chefe dele.

Uma grande Maricá

Paulo Octávio, que diz gostar tanto de gestão, disse que estudaria a implantação do transporte gratuito no Distrito Federal e comparou – depois da sugestão de um entrevistador, veja só o jogo de compadres – a Maricá, cidade do interior do Rio de Janeiro com 360 mil habitantes, ou seja: dez vezes menor que o Distrito Federal.

Negócios na ditadura

O empresário tentou se equilibrar para assumir qualquer posição o tempo todo. Disse que o avô da mulher dele, Juscelino Kubistchek, foi perseguido pela “revolução”, mas não disse que foi casado com a filha do ex-ministro da Marinha na época da ditadura, Geraldo Henning, época em que ele fez os primeiros grandes negócios de suas empresas.

 

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