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2 de fevereiro, 2025LEILA, BOLA FORA NA SAÚDE A senadora Leila do Vôlei (PDT), candidata ao Buriti, finge desconhecer os investimentos que o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem feito na área da saúde. Em sua propaganda eleitoral e em entrevistas, ela faz questão de ignorar que o mundo, o Brasil e o DF passaram por uma pandemia. E …
LEILA, BOLA FORA NA SAÚDE
A senadora Leila do Vôlei (PDT), candidata ao Buriti, finge desconhecer os investimentos que o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem feito na área da saúde. Em sua propaganda eleitoral e em entrevistas, ela faz questão de ignorar que o mundo, o Brasil e o DF passaram por uma pandemia. E repete que, se eleita for, vai zerar a fila de cirurgias, contratar mais profissionais, ampliar a rede hospitalar e blá-blá-blá. Na verdade, em se tratando de conhecimento de saúde pública, Leila é bola fora.
A retomada das cirurgias
A pandemia obrigou o Governo Ibaneis a priorizar o atendimento às vítimas da Covid-19, o que represou o atendimento. Mas, com a pandemia sob controle (há 42 dias não se tem morte por covid no DF), os procedimentos cirúrgicos estão sendo normalizados. No Governo Rollemberg (PSB), do qual Leila fez parte, foram realizadas 228,7 mil cirurgias. Em 3 anos e meio do Governo Ibaneis (MDB) já são mais de 235 mil cirurgias.
Mais profissionais
Ibaneis também ampliou o número de profissionais da rede pública de saúde do DF. Em menos de quatro anos, contratou 18,5 mil profissionais, chegando a mais de 42 mil servidores na rede de saúde. No total, são 10.614 a mais do que no Governo Agnelo (31.538 profissionais) e 4 mil servidores a mais do que no Governo Rollemberg (38 mil).
Ampliação da rede
Leila pode fingir que não vê, mas ela sabe que Ibaneis também já vem ampliando a rede hospitalar. Ele reformou seis e construiu sete UPAs, além de ter construído 10 UBS. Fez mais: construiu o Centro de Radioterapia do Hospital Regional de Taguatinga e colocou para funcionar o PET-CT do Hospital de Base, o super tomógrafo comprado por 1 milhão de dólares no Governo Agnelo e que ficou encaixotado por mais de oito anos. E ainda transformou a antiga Policlínica da Asa Sul no Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu).
Reguffe, o atrasado
O senador Antônio Reguffe (União Brasil) saiu da toca e declarou apoio à candidatura de Leila do Vôlei ao Buriti. Ele esperou a chuva chegar para tentar irrigar, com votos, a seca horta eleitoral da senadora. Mas o apoio atrasado de Reguffe não significa que Leila receberá uma chuvarada de voto. No máximo, alguns pinguinhos.
TIRO NO PÉ
Ao ameaçar extinguir o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), caso seja eleito ao Palácio do Buriti (delírio de quem tem pesadelo acordado), o candidato Leandro Grass (PV) mirou no governador Ibaneis Rocha (MDB), mas acabou acertando o próprio pé.
Empregos ameaçados
É que a insana ameaça põe em risco o emprego de mais de sete mil profissionais que atuam nas 13 UPAs e nos dois hospitais públicos administrados pelo instituto. E também põe em risco a vida de milhares de pacientes atendidos pelas unidades do Iges. A desvariada ameaça foi torpedeada tanto pelos profissionais que atuam no Iges quanto pelos pacientes socorridos por esses heróis.
Vai ou não fechar o Iges?
Diante da péssima repercussão da ameaça, Grass se viu obrigado a gravar um vídeo, exibido no horário eleitoral dele, no qual tenta explicar o que vai fazer com o Iges caso eleito. O vídeo é carregado de contradições. Primeiro, o candidato que ameaçou fechar o Iges agora afirma que não vai mais acabar com o instituto. Mas depois de negar o que apregoava antes, no mesmo vídeo ele volta a ameaçar com o fim da instituição. Diz Grass: “Mas eu não vou fechar o Iges de uma hora para outra. Isso é impossível. Isso não é possível nem desejável”, admite. Afinal, vai ou não fechar o Iges, cara-pálida?
Petista do Ibaneis
O certo é que a campanha de o Grass ao Buriti continua sem graça. Não empolga o eleitorado nem a militância de esquerda, muito menos os petistas, que deixaram de lançar candidato próprio para embarcar nessa canoa furada. Muitos já desembarcaram. É o caso do petista Ricardo Vale, candidato à Câmara Legislativa. Ricardo foi ferrenho defensor da candidatura de Geraldo Magela ao Buriti ou ao Senado. Com Magela fora do jogo, Ricardo descartou Grass e abraçou a candidatura de Rafael Prudente (MDB) à Câmara dos Deputados. Prudente, presidente da CLDF, é um dos mais fiéis aliados de Ibaneis. Assim, por tabela, Ricardo passou a apoiar a reeleição do governador, adversário de Grass e do PT. Não por acaso, ele foi rebatizado no meio político. Agora, chama-se: “Ricardo, o petista do Ibaneis”.