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2 de fevereiro, 2025O mestre de obra irregular O milionário candidato Paulo Octávio (PSD) é um mestre em construir shopping irregular e em reformas capengas de prédios públicos. O Shopping JK, em Taguatinga, é um poço de irregularidades. Foi construído com dois andares acima do que fora aprovado, invadiu espaço público e foi inaugurado sem as benfeitorias previstas …
O mestre de obra irregular
O milionário candidato Paulo Octávio (PSD) é um mestre em construir shopping irregular e em reformas capengas de prédios públicos. O Shopping JK, em Taguatinga, é um poço de irregularidades. Foi construído com dois andares acima do que fora aprovado, invadiu espaço público e foi inaugurado sem as benfeitorias previstas para a comunidade. P.O. foi parar na cadeia por construção irregular, subornar servidores públicos para obter alvará e por obstrução à ação da Justiça.
Milagre em sete dias
Agora candidato ao Palácio do Buriti, Paulo Octávio virou milagreiro. Promete o milagre de transformar a Rodoviária do Plano Piloto na “melhor rodoviária do mundo” em apenas sete dias. É bom lembrar que sete é conta de mentiroso. Em sete dias não dá nem para redigir uma licitação, a não ser driblando a lei. Mas nessa matéria o empresário-candidato também é mestre.
A cachoeira do Paulo Octávio
A verdade é que foi Paulo Octávio quem ganhou de bandeja um contrato milionário no Governo Cristovam Buarque (então no PT) para reformar a Rodoviária do Plano Piloto. Cristovam queria transformá-la no “Aeroporto dos Pobres”. A obra se arrastou por sete meses. Concluída a caríssima reforma, na primeira chuva os problemas transbordaram. O teto desabou, as baias alagaram, as escadas inundaram, água suja por todo lado. Assim, graças a Paulo Octávio Brasília passou a ter a primeira rodoviária do mundo com cachoeira.
Meu garoto
O projeto político de P.O. não é ser governador. É eleger o filho André Kubitschek deputado federal. Apesar do garoto não decolar, o que não falta é grana para turbinar a campanha do pupilo. André dispõe em caixa de R$ 750 mil.
Mão fechada
Mas errou quem esperava que a própria família iria investir fortunas na campanha do garoto. Dos R$ 750 mil arrecadados, R$ 500 mil vieram do fundo partidário do PSD, presidido pelo pai Paulo Octávio, conhecido na praça como “mão fechada”, aquele que não gasta seu próprio dinheiro.
A vaquinha familiar
Os outros R$ 250 mil que André recebeu foram resultados de uma “vaquinha” familiar. A irmã Catharina Pereira doou R$ 100 mil; o irmão Felipe Kubitschek deu R$ 50 mil; o avô materno Baldonero Bárbara colaborou com R$ 50 mil; e o candidato André destinou R$ 50 mil para a sua campanha. Mas o pai não tirou um centavo do próprio bolso.
Candidatura fake
Virgílio Neto (PSD), candidato a deputado federal e um dos mais fiéis escudeiros de Paulo Octávio, ainda não prestou contas dos R$ 500 mil que recebeu do partido. Virgílio corre o risco de ter as contas rejeitadas e ser impugnado. Nos bastidores contam que Virgílio não está preocupado com a sua campanha nem com a prestação de contas. Dedica suas horas para viabilizar um projeto que se vislumbra fracassado: a eleição de Paulo Octávio e do pupilo André.
Dois homens e um destino
Leandro Grass e Wasny de Roure têm muita coisa em comum. Ambos deixaram seus partidos de origem e hoje estão no PV. Wasny deixou o PT e Grassa largou a Rede. Wasny foi e Leandro é deputado distrital. A diferença é que enquanto Wasny concorre à Câmara Legislativa, Grass tem o delírio de governar o Distrito Federal. Ambos, porém, têm o mesmo destino: Wasny Roure não se elegerá deputado distrital e muito menos Grass chegará ao Buriti.
Esquerda turbinada
Quem está causando inveja aos candidatos de esquerda à Câmara Legislativa é o deputado distrital Fábio Felix (PSOL). Motivo: o caixa da campanha de Felix está turbinado com R$ 872 mil. Foram R$ 850 mil do fundo partidário e mais R$ 22 mil em doações. Atrás de Fábio ficaram políticos tradicionais, como Chico Vigilante (PT), que arrecadou até agora R$ 608 mil, dos quais R$ 504 mil vieram do fundo partidário.