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2 de fevereiro, 2025

Arruda está fora A carreira política do ex-governador José Roberto Arruda (PL) pode ter chegado ao fim hoje (2), após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendendo pedido do Ministério Público Eleitoral, ter indeferido, por unanimidade, a candidatura dele à Câmara dos Deputados. Arruda foi barrado das eleições porque carrega condenações por improbidade administrativa. O agora …

Arruda está fora

A carreira política do ex-governador José Roberto Arruda (PL) pode ter chegado ao fim hoje (2), após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendendo pedido do Ministério Público Eleitoral, ter indeferido, por unanimidade, a candidatura dele à Câmara dos Deputados. Arruda foi barrado das eleições porque carrega condenações por improbidade administrativa. O agora ex-candidato foi o personagem central do maior escândalo de corrupção da história do DF revelado pela operação Caixa de Pandora, que levou à prisão e à condenação de Arruda. Pelo entendimento do TSE, ficha suja não pode ser candidato.

Sucesso e fracasso

Arruda teve uma carreira política de altos e baixos. Foi senador, deputado federal e governador do DF. Em 2001, renunciou ao mandato de senador após fraudar o painel de votação do Senado. Em 2009, foi abatido na operação Caixa de Pandora, escândalo de corrupção também conhecido como Mensalão do DEM. Deixou o Palácio do Buriti pelas portas do fundo, mas não abandonou a política. Atuou nos bastidores. Tentou ser candidato a governador em 2018 e ameaçou disputar o Buriti neste ano, mas acabou aceitando concorrer à Câmara Federal, sonho agora barrado pelo TSE.

Cabo eleitoral de Luxo

Aos 68 anos de idade, Arruda já não tem força física, psíquica ou política para se aventurar em futuros embates eleitorais. O fim da carreira política parece estar decretado. Será difícil começar tudo de novo sem mandato. Resta-lhe no momento apenas a função de cabo eleitoral de luxo da esposa Flávia Arruda (PL), candidata ao Senado.

Grass mente de novo

A mentira é uma das marcas do candidato Leandro Grass (PV). No debate da TV Globo entre os concorrentes ao Palácio do Buriti, ele voltou a mentir. Dessa vez, disse que a campanha dele não é milionária. Não é o que está registrado no Tribunal Regional Eleitoral. A verdade é que, em termos de arrecadação de grana, Grass está em quarto lugar entre os 11 candidatos a governador.

Campanha adubada

A campanha do candidato verde foi adubada com robustos R$ 2,4 Leandro Grass só arrecadou menos do que Leila do Vôlei (R$ 7,21 milhões), Ibaneis Rocha (R$ 6,87 milhões) e Izalci (R$ 3,64 milhões).

Campeão em gastos

Mas em matéria de gastos com despesas de campanha, Grass é campeão entre os candidatos ao Buriti. Ele desembolsou R$ 1,9 milhão para quitar dívidas de campanha. Izalci (PSDB) já pagou R$ 1 milhão por serviços contratados, Coronel Moreno (PTB) gastou R$ 880 mil, Ibaneis Rocha (MDB) quitou R$ 247 mil e Paulo Octávio (PSD) abateu R$ 206 mil em despesas de campanha. Keka Bagno (PSoL) foi a que gastou menos: R$ 169 mil.

Garoto-propaganda

A RF Consultoria Política e Comunicação, criada há pouco mais de um mês pelo senador Antônio Reguffe (União), oferece aos potenciais clientes um produto que o parlamentar diz ter, mas não tem: “voto e prestígio”. Reguffe também se oferece como garoto-propaganda para pedir votos a seus clientes. Joe Vale (PDT), candidato ao Senado, caiu na conversa. Reguffe declarou apoio e vem pedindo votos para Vale. Mas não valeu o que ele pagou. Mesmo apoiado por Reguffe, o pedetista continua amargando baixa intenção de votos em todas as pesquisas.

Usou, mas não pagou

O senador Izalci é outro cliente que recorreu aos serviços do garoto-propaganda Reguffe. Em vídeo que circula nas redes sociais gravado antes da campanha, Reguffe aparece elogiando a atuação parlamentar do tucano.  A propaganda não deu em nada.  Izalci continua estagnado em quinto lugar com 3% das intenções de votos. O candidato tucano usou o vídeo, mas até hoje não pagou. Agora que virou empresário, Reguffe não vai deixar barato. Esse boleto ainda vai chegar.

Apoio dos tradicionais

Na reta final das eleições, Ibaneis Rocha recebeu importante apoio de um segmento tradicional: a maçonaria. Na noite da última quarta-feira (28), o grupo de maçons do Grande Oriente de Brasília organizou uma sessão especial para declarar apoio à reeleição de Ibaneis.

 

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