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30 de setembro, 2022

O dia da degola 29 de setembro de 2022 vai entrar para a história como o dia da degola política de dois ex-governadores do Distrito Federal. Primeiro, a espada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decepou a candidatura de José Roberto Arruda (PL), que concorria à Câmara dos Deputados. Depois foi a vez de Angelo Queiroz …

O dia da degola

29 de setembro de 2022 vai entrar para a história como o dia da degola política de dois ex-governadores do Distrito Federal. Primeiro, a espada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decepou a candidatura de José Roberto Arruda (PL), que concorria à Câmara dos Deputados. Depois foi a vez de Angelo Queiroz (PT), também candidato a deputado federal.

Ficha suja

O TSE considerou que ambos são ficha suja, não podendo disputar cargos eletivos por terem burlado as leis quando governaram o DF, maracutaia que no linguajar jurídico chama-se “improbidade administrativa”. Em 2009, Arruda foi pego com a mão na massa pela operação Caixa de Pandora, que revelou o maior esquema de corrupção da história do DF. Já Agnelo foi punido por inaugurar em 2019, na marra, o Centro Administrativo de Taguatinga sem que o prédio estivesse em plenas condições de funcionamento.

Paulo Octávio escapa

Dos ex-governadores que estavam com o pescoço na guilhotina, apenas Paulo Octávio (PSD) escapou. Mesmo tendo sido condenado também por improbidade administrativa, o empresário conseguiu que sua candidatura ao Palácio do Buriti fosse deferida pelo TSE. Mas pelo andar da carruagem, ao contrário da Justiça, as urnas não devem perdoar Paulo Octávio. As pesquisas eleitorais apontam que deve ele ficar em terceiro lugar na corrida ao Buriti.

Espólio eleitoral

Candidatos de partidos conservadores brigam pelo espólio eleitoral de Arruda após o ex-governador ter sido barrado pela Justiça Eleitoral. Na luta pelos votos que iriam para Arruda estão no rinque dois candidatos do PL de raiz policial: o coronel aposentado Alberto Fraga e o delegado Rafael Sampaio. Mas não há mais tempo para veicular vídeos de Arruda pedindo votos para qualquer companheiro do PL. O horário eleitoral acabou. Ainda assim, a foto e o número de Arruda vão aparecer nas urnas. A expectativa é saber quantos votos o ex-governador vai receber mesmo não sendo mais candidato.

Líder até nas redes sociais

Ibaneis Rocha (MDB) é líder não é só nas pesquisas de intenção de votos Ibaneis Rocha (MDB) ao Governo do DF. Candidato à reeleição, o governador é líder também nas redes sociais. Ibaneis tem a melhor performance nas plataformas digitais e mais menções em portais de notícias em comparação aos outros dez concorrentes ao o Buriti. É o que mostra a pesquisa Índice de Popularidade Digital (IPD) publicada ontem pela Folha de São Paulo.

Posição de destaque

A plataforma trabalha com três diferentes tipos de cálculo: citações em redes sociais, em portais de notícia e Web Analytics (números do site). Na plataforma estão cadastrados 1.678 candidatos que disputam cargos eletivos em todo o território brasileiro. Entre esses políticos, Ibaneis também mostra bom desempenho nas redes. Ele ocupa a 18ª posição, quilômetros à frente dos concorrentes Paulo Octávio (PSD), Leila Barros (PDT) e Leandro Grass (PV).

Pais e filhos

Paulo Octávio (PSD) e Izalci Lucas (PSDB) têm algum em comum: ambos são pais e cada um tem um rebento disputando cargos eletivos. André Kubitschek concorre à Câmara Federal e Sérgio Izalci disputa uma vaga na Câmara Distrital. Ambos pupilos também têm outra coisa em comum: assim como os pais, os filhos não decolam. Mas o que os diferenciam, além dos partidos aos quais são filiados e da fortuna paterna, é o investimento na campanha eleitoral. Enquanto André desembolsou R$ 50 mil na própria campanha, Sérgio investiu R$ 125 mil.

Aumento de imposto

O candidato Leandro Grass (PV) está numa cruzada para onerar ainda mais o bolso do contribuinte. O deputado distrital é o autor da emenda ao projeto de lei do GDF que fixa em 4% o valor do imposto sobre heranças e doações de bens. Atualmente, o imposto pode chegar a até 6%. Não satisfeito, a amenda de Grass aumenta a alíquota para 8%. Por essas e outras é que a grande maioria dos brasilienses nem em sonho quer ver Leandro Grass no Palácio do Buriti.

 

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