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3 de fevereiro, 2025

O SHOW DA BEL A empresária-deputada Paula Belmonte (Cidadania) faz qualquer negócio para aparecer na mídia. Vale tudo: exagerar, inventar, distorcer, mentir. E ela não está nem aí para quem for prejudicado. Em busca de holofotes, mais uma vez ela repetiu o melancólico show, usando como cenário a visita que fez recentemente ao Hospital Regional …

O SHOW DA BEL

A empresária-deputada Paula Belmonte (Cidadania) faz qualquer negócio para aparecer na mídia. Vale tudo: exagerar, inventar, distorcer, mentir. E ela não está nem aí para quem for prejudicado. Em busca de holofotes, mais uma vez ela repetiu o melancólico show, usando como cenário a visita que fez recentemente ao Hospital Regional da Ceilândia.

Viu o que quis ver

Belmonte foi recebida pela direção do HRC. A distrital, que raramente entra em hospital público, foi ciceroneada pelos dirigentes, que a levaram a todos os setores do HRC. Revirou o hospital. Viu o quis ver. Ao final a inspeção, disse aos servidores que estava satisfeita com o que viu mesmo diante de pequenos problemas que encontrou, os quais considerou que não punham em risco a vida dos pacientes.

Belmonte vira Belmente

Ao sair, uma equipe de televisão a aguardava. Tudo combinado. Perante à câmera, a mulher se transformou. A Paula Belmonte virou a Paula Belmente. Mentiu descaradamente. Detonou o atendimento, esculhambou as instalações, desqualificou os servidores, arrasou com o hospital. Jogo de cena, pura demagogia, tudo para aparecer. O que ainda não apareceu foi a ajuda da distrital para melhorar o atendimento no Hospital da Ceilândia.

Merreca para a Ceilândia

Paula Belmonte, assim como os demais distritais, tem a prerrogativa de destinar emendas para os mais diversos setores públicos do DF, como Saúde, Educação, Cultura. No atual mandato, a deputada destinou R$ 14 milhões para dez setores. Para a Saúde foram apenas R$ 1 milhão: R$ 500 mil para a Regional de Saúde Leste (Paranoá) e R$ 500 mil para a Regional Oeste (Ceilândia). É com esta merreca que Belmonte se julga no direito de condenar o Hospital Regional da Ceilândia. É muita demagogia para pouca ajuda.

O GENERAL E O VIGILANTE

A democracia pode ser ruim, mas ainda é o melhor regime político do mundo. Pois só na democracia é possível ver um general fugir de um vigilante. O general em questão é o ex-ministro Augusto Heleno, que foi o poderoso chefe de Segurança Institucional do Governo Bolsonaro. E o vigilante é o deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da CPI da Câmara Legislativa que investiga o vandalismo antidemocrático de 8 de janeiro.

Fugiu à luta

Vigilante convidou o general para depor na CPI. O general fugiu da luta. “Ele não vai, não!”, avisaram os advogados. Heleno confirmou que não vai. Silêncio que tem barulho de derrota para o general e sabor de vitória para o vigilante. Que beleza é a democracia!

Faltou esclarecer

O general Heleno bem que poderia esclarecer como a empresária-deputada Paula Belmonte ajudou a manter o acampamento antidemocrático em frente ao QG do Exército e como ela apoiou os golpistas do 8 de Janeiro.

Oração do golpe

A própria Belmonte, na CPI da Câmara, declarou que apoiou o movimento e as manifestações dos terroristas. Justificou dizendo que seus genitores estavam entre os manifestantes, mas que eles não eram terroristas. Disse ela: “meu pai e minha mãe estavam ali rezando, orando”. O general poderia explicar se naquele 8 de Janeiro teria sido instituído o “Dia da Oração pelo Golpe”.

A gente somos inútil

A Câmara Distrital está se transformando num balaio de propostas inúteis ou, no mínimo, descabidas. Mais uma da lavra do deputado Fábio Felix (PSol), forte candidato ao troféu “A Gente Somos Inútil”. Projeto que ele acaba de apresentar determina que os entregadores de mercadorias por aplicativo só podem deixar o produto pedido na portaria dos prédios e não na porta do apartamento do cliente. Mas se o cliente pagar para entregar na porta, aí pode.

E daí?

A pergunta que não quer calar é: qual a importância desse projeto para o Distrito Federal? É muito dinheiro do contribuinte para pouco resultado.

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