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12 de maio, 2023

GUTEMBERG, O MARAJÁ DA SAÚDE Há 20 anos, o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico) é presidido por Gutemberg Fialho. Nessas duas décadas, ele conseguiu […]

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Presidente Gutemberg Fialho - Foto: https://www.sindmedico.com.br/diretoria-executiva/

GUTEMBERG, O MARAJÁ DA SAÚDE

Há 20 anos, o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico) é presidido por Gutemberg Fialho. Nessas duas décadas, ele conseguiu ser contratado por duas pastas do GDF: a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Planejamento. Pelo contrato com as secretarias, Gutemberg deveria trabalhar 80 horas por mês. Porém, escudado pelo mandato sindical, ele nunca suou o jaleco em qualquer posto médico ou hospital da rede pública de saúde. Ainda assim, esbanja saúde financeira. Para não fazer nada, todo mês recebe das duas pastas salário de marajá: R$ 40 mil.

Jaleco amarelado

O eterno presidente do SindMédico macha o jaleco branco que honra e enobrece os legítimos profissionais de saúde. O jaleco de Gutemberg está mofado e amarelado há anos. Ele só o veste quando é para posar para fotografia e aparecer em colunas de jornais bancadas pelo SindMédico.

Mal à saúde

Vivendo a boa vida de dirigente sindical, ele desaprendeu os ensinamentos básicos da Medicina. Não sabe diferenciar um espirro de um resfriado. Confunde alicate com bisturi, xarope com guaraná, termômetro com cronômetro. Mas não é verdade que em breve o Ministério da Saúde vá fazer propaganda nos jalecos dos médicos com o seguinte alerta: “Gutemberg faz mal à saúde”.

Diagnóstico das urnas

Eternizado na presidência do SindMédico, Gutemberg usa o cargo e os robustos cofres do sindicato para fazer política partidária. Assim, tornou-se também um eterno candidato à Câmara Legislativa. Mas mesmo gastando fortunas em campanhas milionárias, jamais conseguiu sequer ser suplente de deputado distrital. Os pífios resultados nas urnas deixam prescritos o diagnóstico do eleitor: Gutemberg não serve nem para a saúde pública nem para a população do DF.

Professora fora da escola

Outra servidora pública que nunca trabalhou é a sindicalista Rosilene Correa (PT), candidata derrotada ao Senado em 2022. Rosilene é professora contratada pela Secretaria de Educação do DF. Mas tão logo entrou para a secretaria, ingressou na diretoria do Sindicato dos Professores e jamais pisou numa sala de aula.

O menos é mais

A vida dela é dentro do sindicato, em assembleias grevistas e em articulações políticas. Com a greve dos professores, ela agora aparece nas redes sociais defendendo a paralisação, que afeta centenas de alunos. Mas Rosilene quer mais. Ou melhor, quer menos. Faz campanha para que os professores que não aderiram à greve deixem as salas aulas e passem a fazer o que ela sempre fez pela educação pública: nada.

Mobilidade atropelada

A Câmara Legislativa atropelou os R$ 73 milhões que o GDF destinou à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) para garantir o equilíbrio financeiro do sistema de transporte público e assegurar benefícios como o passe livre nos ônibus e no metrô. O responsável por esse desastre tem nome, sobrenome e apelido: é o deputado Max Maciel (PSol), que se autointitula “o deputado das quebradas”.

Na contramão

O parlamentar, que é contra tudo e contra todos, fez questão de mostrar também que está na contramão da melhoria do transporte público. Em vez de manter a destinação dos recursos para a Semob, simplesmente jogou o dinheiro no Fundo de Contingência, de onde a grana pode ser repassada para outras áreas.

Quebrada prejudicada

Quem sai mais prejudicado por essa atitude desvairada de Maciel é justamente o povão “das quebradas”, milhares de pessoas que moram na periferia. São humildes cidadãos que mais dependem e precisam do transporte público. Como diria aquele ex-apresentador global: “É ou não é sem noção?”.

Adota-se um distrital

Atenção, deputados distritais! Os 20 mil moradores do Altiplano Leste, região do Jardim Botânico, estão adotando distrital que se comprometa a defender as causas da comunidade. Eles querem, por exemplo, que o DER aproveite as obras de duplicação da DF-001 e construa uma rotatória de acesso ao Altiplano. Prometem retribuir com votos. Quem se habilita?

 

Armando Guerra
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