Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
VITÓRIA DO PT, DERROTA DO DF É da natureza do PT atribuir culpa a terceiros para justificar seus próprios erros. É o que vem acontecendo desde que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto do novo Marco Fiscal, nascido nas estranhas do Governo do PT e remendado pelo relator Cláudio Cajado (PP-BA). Foi ele quem, …
É da natureza do PT atribuir culpa a terceiros para justificar seus próprios erros. É o que vem acontecendo desde que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto do novo Marco Fiscal, nascido nas estranhas do Governo do PT e remendado pelo relator Cláudio Cajado (PP-BA). Foi ele quem, seduzido por mimos palacianos, colocou na proposta original o jabuti que reduz o volume de recursos federais repassados ao Fundo Constitucional do DF, a fonte que banca gastos com segurança, saúde e educação da capital. Foi a primeira grande vitória do Governo Lula na Câmara, comemorada com entusiasmo por petistas e aliados.
A vitória do Governo Lula foi uma derrota para o DF. Vitória que contou com 372 votos favoráveis entre os 513 deputados federais. Dos votos a favor, 114 foram dados por deputados de sete dos dez partidos da base aliada: PT (66 votos), PDT (18), PSB (14), PCdoB (7), Avante (5) e Solidariedade (4). Os três outros partidos governistas (PSol, Rede e PV) votaram contra.
Entre os votos petistas favoráveis ao jabuti de Cajado está o da companheira Érika Kokay, hoje a maior estrela da esquerda do DF. Mas em busca de culpados pela derrota do DF, a deputada Érika aponta sua metralhadora giratória para a vice-governadora Celina Leão (PP), que é do mesmo partido de Cajado.
Celina, de fato, estava nos Estados Unidos enquanto a Câmara discutia e aprovava o arcabouço fiscal. A ausência dela nas negociações contra as mudanças no FCDF foi sentida e cobrada. Mas mesmo se estivesse presente, pouco ou quase nada poderia fazer para impedir a retumbante derrota, uma vez que até deputados bolsonaristas (30) votaram a favor da proposta do Governo Lula.
Celina já não é parlamentar. Não tem direito a voto. Érika é deputada, tem direito a voto e o exerceu sem medo de ser feliz, votando contra o DF, que em 2022 a elegeu para o quarto mandato consecutivo. Portanto, se Érika busca um culpado, que aponte a metralhadora para a própria testa. Sem medo de errar.
Já está registrado nos anais da história: Érika Kokay, a principal representante do Governo do PT no DF, não compareceu à reunião desta terça-feira entre o senador Omar Aziz (PSD-AM), relator do novo Marco Fiscal no Senado, e o governador Ibaneis Rocha (MDB). Em defesa do Fundo Constitucional, estiveram na reunião parlamentares de oposição ao governador. Além do deputado federal Alberto Fraga (PL), compareceram o senador Izalci Lucas (PSDB) e a senadora Leila Barros (PDT), adversários de Ibaneis nas eleições ao GDF em 2022. Érika faltou, mas não fez falta.
O senador Omar Aziz já foi governador do Amazonas. Ele sabe a importância dos recursos federais para desenvolver os estados brasileiros. Mostrou-se sensível às reivindicações do DF e considerou “injusta” a forma como o Fundo Constitucional foi parar no projeto do novo Marco Fiscal. Espera-se que o senador retire o jabuti da árvore.
A Comissão de Fiscalização e Transparência da Câmara Legislativa deu grande contribuição à saúde do DF ao promover, ontem, audiência pública para ouvir inédita prestação de contas do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges) sobre os serviços que presta. As quase quatro horas de audiência foram insuficientes para destrinchar o relatório de mais de seis mil páginas apresentado por dirigentes e pelo presidente do Iges, Juracy Cavalcante, sob o olhar atento da Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
A equipe da saúde resistiu aos bombardeios dos distritais, apresentando números que ajudaram a desarmar parlamentares de oposição que pregam a extinção do Iges, incluindo nessa tropa a deputada Paula Belmonte (Cidadania), presidente da comissão. Um dado bastante positivo: o Iges conseguiu cumprir 94,7% da meta das cirurgias e dos atendimentos da clínica médica. Outra boa notícia: em até 45 dias, o instituto apresenta o plano para não faltar medicamentos nas unidades do Iges.
Armando Guerra
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