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BRASÍLIA EM GUERRA Brasília está em pé de guerra contra o jabuti do arcabouço fiscal que embolsa recursos federais do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Guerra provocada pelo deputado baiano Cláudio Cajado (PP), autor da bomba que detona as regras dos repasses ao fundo, destruindo três pilares essenciais à vida de Brasília: segurança, saúde …
Brasília está em pé de guerra contra o jabuti do arcabouço fiscal que embolsa recursos federais do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Guerra provocada pelo deputado baiano Cláudio Cajado (PP), autor da bomba que detona as regras dos repasses ao fundo, destruindo três pilares essenciais à vida de Brasília: segurança, saúde e educação. Guerra estimulada pela Câmara dos Deputados ao aprovar, com ajuda de 144 votos da tropa de partidos de esquerda, mudanças radicais nas regras do FCDF, que resultariam num prejuízo de R$ 87 bilhões em 10 anos. Derrotada na primeira batalha, Brasília agora vai ao Senado para vencer a guerra.
A cidade mira nos 81 senadores que vão decidir se detonam ou não o jabuti de Cajado aprovado por 372 deputados federais. O governador Ibaneis Rocha (MDB) comanda o ataque e já deflagrou a primeira operação: convencer o senador Omar Aziz (PSD-AM), relator no Senado do novo Marco Fiscal, a manter a atual fórmula de repasses ao FCDF.
A dificuldade da missão é conquistar os votos dos partidos que apoiam o Governo Lula. Para derrubar o projeto, Brasília conta com apenas dois partidos declaradamente oposicionistas, que totalizam 13 senadores: 12 do PL e 1 do Novo. A eles, junta-se Sérgio Moro, do União Brasil, legenda que comanda três ministérios. Esses 14 senadores tendem a votar contra o projeto do novo Marco Fiscal, eliminando, assim, o jabuti aprovado na Câmara.
Mas ainda faltaria o voto contrário ao jabuti de pelo menos outros 28 senadores para formar maioria. Aí é que a porca torce o rabo. No Senado, o Governo Lula tem aliados suficientes para repetir a esmagadora vitória que conseguiu na Câmara. O desafio é fazer essa maioria governista aprovar o projeto do Marco Fiscal excluindo dele o jabuti do Cajado.
Os dois senadores adversários do governador – Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PDT) – tornaram-se aliados de Ibaneis na guerra em defesa do FCDF. Mas o governador sabe muito bem que é preciso aumentar a tropa e o poder de fogo para ganhar a guerra. Para isso, terá que contar com instituições que fazem oposição ao governo dele, como os Sindicatos dos Professores (Sinpro) e do Médicos (SindMédico), categorias diretamente prejudicas pelas mudanças no FCDF.
O Sinpro suspendeu a greve dos professores, mas não deixou o palanque. Continua veiculando na televisão milionária campanha publicitária para promover supostas glórias da greve, que poderiam ter sido obtidas sem deixar milhares de alunos fora da sala de aula. Pior: o Sinpro está caladinho diante da ameaça de corte de R$ 87 bilhões do Fundo, jabuti aprovado com a ajuda de 66 deputados federais do PT, partido que domina o sindicato.
O eterno presidente do Sindmédico, Gutemberg Fialho, tem defendido o Fundo Constitucional. Mas ao contrário do que fez ao disputar mandato de deputado distrital, ele ainda não gastou um centavo dos robustos cofres do sindicato em campanhas para pressionar o Senado a preservar o FCDF.
O momento exige a união de forças para que o Governo Lula não afunde o Fundo Constitucional. Todo cidadão brasiliense tem o dever de comprar essa briga e partir para a guerra antes que Brasília seja afundada.
O desfile das escolas de samba do DF, a ocorrer entre 23 e 25 de junho, tem vantagem e desvantagem. Vantagem: as escolas não vão disputar espaço e calendário com os blocos carnavalescos, que deram vida nova ao carnaval de Brasília. As escolas terão espaço próprio para justificar a ajuda financeira que receberam do GDF e mostrar na avenida o que não demonstram nos barracões: organização. Desvantagem: o carnaval fora de época concorre com as festas juninas e com o espetáculo das quadrilhas – estas, sim, fazem por merecer a ajuda do GDF e o aplauso do público.
Armando Guerra
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