Izalci não quer mais ser senador

O senador Izalci Lucas parece ter se cansado do Senado Federal. Ele divulgou um vídeo no final de semana dizendo que vai começar a percorrer o Distrito Federal para saber dos problemas, o que é claramente um eufemismo para dizer que está em campanha eleitoral, mesmo que só tenha exercido dois anos e meio de mandato. Não se sabe o que ele tem feito pelo DF no Senado além de exercer seu direito aos discursos vazios e a própria mensagem que ele gravou mostra que ele não se importa em ser mais um político oco, sem direção e que não se importa em mudar de rumo, conforme seus interesses mandem.

O exemplo de Reguffe

O também senador Reguffe honrou o mandato para o qual foi eleito. Vai completar os oito anos, demonstrando coerência e compromisso com o eleitor. Seu pecado foi ficar tanto tempo sem partido, não conseguir aglutinar apoios em torno de suas ideias e criar uma igrejinha onde só cabia ele durante este tempo de Senado Federal. Não foi um senador que contribuiu com a cidade além da obrigatória destinação de verbas para os governos, principalmente para a saúde, mas foi omisso quanto a fiscalização da destinação delas, principalmente no governo de Rodrigo Rollemberg.

Falta o executivo

Mas Refuffe mostrou retidão de caráter durante sua vida política, especialmente nos últimos anos. Precisa se libertar da indecisão, se envolver mais com os problemas – e principalmente soluções – da unidade da federação que representa e se dedicar a algum trabalho executivo para se livrar da pecha de nunca ter administrado nada.

De olho no Senado

Reguffe deu entrevista dizendo que pode ser candidato ao Governo do Distrito Federal mas é só um balão de ensaio. A amigos próximos prefere dizer que é candidato a mais um mandato como senador. Há quem diga que ele prometeu nunca repetir um mandato eletivo no legislativo, mas desmente e mostra fatos: ele registrou uma proposta proibindo mais de uma reeleição a todos os cargos legislativos, de vereador a senador. Ou seja: Reguffe vai tentar mesmo é continuar como senador; vai ter que mostrar o que conseguiu nos primeiros oito anos, mas aí já são outros quinhentos.

Sozinho na multidão

Quanto a Izalci Lucas, que é do PSDB, bem que tem tentado formar um grupo político que o acompanhe na empreitada. Mas está difícil, tanto que já ganhou um apelido: o espalha-bolinho.

Cereja do bolo

O governador Ibaneis Rocha lançou ontem mais uma obra que pode definir seu governo. O viaduto que vai ligar o Parque da Cidade ao Sudoeste não resolve apenas um ponto de estrangulamento do trânsito, mas é a cereja do bolo de todo o chamado eixo oeste do DF, que começa no Pôr do Sol/Sol Nascente, passa por Ceilândia, Samambaia e Taguatinga e chega ao Plano Piloto, tanto pelo Setor de Indústrias Gráficas, quanto pelo Setor Policial Sul. Junto com o viaduto que começa a ser construído será feita a requalificação de toda a via, incluindo uma faixa exclusiva para ônibus, que será interligada à EPTG.

Ibaneis, o destravador

Mas o que mais chama a atenção nessas obras todas á a facilidade que o governador vem encontrando para destravar verbas e empréstimos que estavam parados há décadas, a maioria com risco de ser perdido para sempre. Não se sabe o que os governos anteriores estavam fazendo de errado, mas nada se concretizava. O mesmo ocorreu, por exemplo, com o Hospital Oncológico, que só agora saiu do papel, depois de parado por anos a fio.

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