Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
ACARAJÉ ESTRAGADO Deve ter comido acarajé estragado o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), ex-governador da Bahia, ao chamar Brasília de “ilha da fantasia”, ofendendo os 3 milhões de habitantes que vivem no DF, inclusive os mais de 600 mil baianos que moram no quadradinho. Aliás, os baianos formam a maioria dos migrantes nordestinos …
Deve ter comido acarajé estragado o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), ex-governador da Bahia, ao chamar Brasília de “ilha da fantasia”, ofendendo os 3 milhões de habitantes que vivem no DF, inclusive os mais de 600 mil baianos que moram no quadradinho. Aliás, os baianos formam a maioria dos migrantes nordestinos que vivem em Brasília.
A ressaca do ministro veio na segunda-feira, quando Costa teve que engolir a visita cordial da neta e do bisneto de JK, Anna Christina e André Octávio Kubitschek, acompanhados pelo empresário Paulo Octávio. Foi gentil ao receber dos visitantes o livro “Por que construí Brasília”, escrito por JK. Contudo, mais uma vez o ministro foi deselegante e grosseiro ao não se desculpar pelas ofensas feitas a Brasília e aos cidadãos brasilienses.
Brasília aceitaria as desculpas do ministro. A capital, porém, quer muito mais do que desculpas. Quer que o chefe da Casa Civil retire do projeto do novo Marco Fiscal o jabuti malandro que o deputado federal Cláudio Cajado (PP), também baiano, colocou na proposta, desidratando os recursos do Fundo Constitucional do DF que bancam a segurança, a saúde e a educação da capital.
Brasília também quer que o ministro reveja a decisão de não conceder, de uma só vez, os 18% de recomposição salarial que o governador Ibaneis Rocha (MDB) prometeu aos bombeiros e aos policiais civis e militares. Costa quer rachar o reajuste em três parcelas, a serem pagas em três anos.
Esquece o ministro que esses policiais garantem a segurança não apenas da população do DF. Protegem também ilustres hóspedes, como políticos, embaixadores e ministros. São eles que garantirão a integridade física do chefe da Casa Civil toda vez que ele comer acarajé estragado e arrotar ofensas à capital brasileira.
Queimou a língua quem falou que o Túnel de Taguatinga não sairia do papel e que a obra não desafogaria o trânsito no centro da cidade. Não só o Túnel Rei Pelé foi inaugurado como deu um grande salto de qualidade à mobilidade de Taguá. E para desespero da turma do contra, o túnel virou atração turística. É o novo cartão-postal de Brasília.
Com a inauguração do túnel, o que não falta é candidato a pai da criança. Nas redes sociais, políticos renascem das cinzas para tentar assumir a paternidade da obra. É o caso do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), que alega ter conseguido os recursos para o túnel. É bom lembrar que a ideia de se construir um túnel no centro de Taguatinga surgiu há 40 anos, ainda no governo biônico do coronel José Ornellas (1982 a 1985). Ele e os que o sucederam nada ou pouco fizeram para viabilizar a obra. Outros hão de querer assumir a paternidade da obra, mas o único e verdadeiro pai do Túnel de Taguatinga chama-se Ibaneis Rocha Barros Junior.
A inauguração do túnel atraiu uma legião de caroneiros políticos. Gente que lotou o palco da festa para aparecer na foto ao lado de Ibaneis. Era tanto papagaio-de-pirata que o palco por pouco não desabou.
Não convidem para o mesmo torneio esportivo a vice-governadora Celina Leão (PP) e o deputado federal Júlio César (Republicanos), secretário de Esporte e Lazer do DF. Motivo: Júlio deu cartão vermelho para toda a equipe de servidores que Celina colocou na secretaria. Para piorar, ele não convida a vice-governadora para os eventos esportivos promovidos pela secretaria.
O GDF está investindo cerca de R$ 10 milhões em duas festas populares: o circuito de quadrilhas juninas e o desfile (fora de época) das escolas de samba do Distrito Federal. Mas há um desiquilíbrio gigantesco na priorização e na distribuição dos recursos.
Foram beneficiadas 70 quadrilhas, que vão animar 12 cidades do DF durante todo o mês de junho. Juntos, esses grupos receberam da Secretaria de Cultura R$ 2,8 milhões. Já o carnaval vai reunir 13 escolas de samba durante três noites (23 a 25 de junho) na pista do Eixo Cultural Ibero-Americano, antiga Funarte. As escolas receberam R$ 7 milhões. Espera-se que as escolas façam um espetáculo tão bonito quanto o das quadrilhas juninas.
Armando Guerra
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