JOGO EMPATADO

A guerra no Congresso Nacional contra o jabuti malandro que devora os recursos do Fundo Constitucional do DF está empatada. Ainda não tem vencidos nem vencedores, mas os inimigos de Brasília estão na frente e podem, sim, sair vitoriosos. Se isso ocorrer, será um desastre para a segurança, a educação e a saúde da capital, que dependem dos recursos do fundo.

Inimigos ganham na Câmara

Os inimigos de Brasília saíram na frente quando a Câmara Federal aprovou o projeto do novo Marco Fiscal, devidamente engravidado pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), pai do jabuti malandro.

Aliados crescem no Senado

Já no Senado, os defensores de Brasília conseguiram equilibrar o jogo. O senador Omar Aziz (PSD-AM), relator do projeto, atendendo o Governo Ibaneis e a bancada no DF, assumiu o compromisso de excluir do Arcabouço Fiscal mudanças no Fundo Constitucional. É um avanço expressivo, mas nada ainda está decidido.

Batalha final

Não basta Aziz proteger o FCDF das mudanças aprovadas pela Câmara. É preciso convencer os senadores a acatarem o parecer do relator. O problema é que no Senado a maioria dos parlamentares segue a cartilha do presidente Lula, o dono da reforma fiscal. Mesmo que o Senado não mude as regras do fundo, a proposta retorna à Câmara, onde a maioria aprovou o jabuti. E será lá que acontecerá a batalha final.

O PODER DA LEOA

A vice-governadora Celina Leão (PP) pode muito, mas não pode tudo. Já tem gente jogando no colo dela a responsabilidade de conseguir que a Câmara dos Deputados não volte a aprovar o jabuti malandro que ameaça Brasília. O fato de Celina ser amiga do presidente da Câmara, Arthur Lira, e pertencer ao mesmo partido dele – o PP –, não a faz superpoderosa para virar os votos da maioria dos deputados favoráveis ao projeto do Arcabouço Fiscal.

Sem culpa

É oportuno lembrar: o projeto do Marco Fiscal foi aprovado com folga (372 votos a favor e 108 contra)pelos deputados. O placar elástico resultou de articulações que misturaram, no mesmo saco, aliados e adversários do Governo Lula. Portanto, caso o DF sofra nova derrota na Câmara será injusto culpar a vice-governadora. Até porque na democracia é assim: a maioria vence.

Melhor não viajar

Na primeira votação do projeto do Marco Fiscal, no final de abril, a vice-governadora foi muito criticada porque estava no exterior enquanto a Câmara pegava fogo. Espera-se que da próxima vez que os interesses do DF sejam ameaçados no Congresso Nacional, Celina esteja aqui. Atenta, firme e forte como uma leoa que é.

O MELHOR JÁ CHEGOU

O Governo Ibaneis está em ritmo de inauguração de obras. Como avisa a propaganda oficial do GDF, “o melhor começa agora”. O tempo de entrega de grandes obras começou com a inauguração do Túnel de Taguatinga. Em 25 de julho será inaugurada outra importante obra: o Viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG), entre o Parque da Cidade e o Sudoeste. No mesmo dia também mais uma entrega: a duplicação da rodovia DF-001, que cruza o Setor Habitacional Jardim Botânico.

Tem mais em agosto

Para o mês de agosto, está prevista a inauguração de mais quatro obras prometidas por Ibaneis: a Escola Técnica de Santa Maria, a nova Avenida Central do Paranoá, a revitalização das Quadras 3 e 4 do Setor Comercial Sul e a urbanização da Quadra 2 do Sol Nascente/Por do Sol.

HOSPITAL DO GUARÁ

O governador não mira apenas nas obras viárias. Prioriza, igualmente, a área social, em especial a saúde. Por isso está saindo do papel mais um compromisso assumido por Ibaneis: a construção do Hospital Clínico Ortopédico do Guará. A Secretaria de Saúde e a Novacap já fecharam convênio para viabilizar a obra. A SES entra com os recursos e a Novacap cuida da execução do empreendimento.

Licitação marcada

A licitação para contratar a empreiteira que tocará a obra está marcada para o dia 28 de junho. O investimento é de R$ 204 milhões. Se tudo correr de acordo com o cronograma, Ibaneis entrega o HCO no segundo semestre de 2025.

Armando Guerra
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