IBANEIS NA CABEÇA

Os 64 dias que o governador Ibaneis Rocha (MDB) ficou afastado injustamente do Palácio do Buriti por conta dos atos golpistas de 8 de Janeiro, foram insuficientes para abalar a popularidade e a confiança que Brasília deposita nele. Já o presidente Lula, em quase seis meses no Palácio do Planalto, continua a ser rejeitado pela maioria dos brasilienses. É o que diz pesquisa interna encomendada por um grupo político.

Lula reprovado por 34%

Foram quase 1.700 entrevistados pessoalmente entre os dias 15 e 17 de junho em 20 das 35 regiões administrativas do DF. Dos entrevistados, 34% reprovam, 32% consideram positivo e 31% acham regular o Governo Lula. Já Ibaneis nada de braçada.

Aprovação de Ibaneis

Nas quatro regiões que concentram o maior número de moradores do DF, a aceitação de Ibaneis atinge e supera o índice de 50%. São elas: Plano Piloto (50%), Ceilândia (51%), Samambaia (61%) e Taguatinga (66%). A aprovação de Ibaneis dispara também nas seguintes cidades: Santa Maria (58%), Brazlândia (59%), Estrutural (62%), Candangolândia (63%), Riacho Fundo I (66%) e Recanto das Emas (67%).

Na casa dos 40%

Apenas em quatro das 20 regiões pesquisadas, o índice de aprovação não supera os 40% dos entrevistados: Núcleo Bandeirante e Planaltina (ambas com 38%), São Sebastião (39%) e Gama (40%).

Outras cidades

Além das 16 cidades citadas, a pesquisa ouviu ainda moradores do Guará (46% de aprovação), Cruzeiro (47%), Águas Claras (53%), Sobradinho (54%), Sobradinho II (55%) e Paranoá (56%).

Maioria da população

As 20 regiões pesquisadas concentram 2,5 milhões de habitantes, equivalente a 83% de toda a população do DF, estimada em 3 milhões de moradores. A pesquisa retrata, assim, a opinião atual da grande maioria dos habitantes. É Ibaneis na cabeça dos moradores de todo o quadradinho.

A VOZ DA GRILAGEM

O ex-deputado distrital Rogério Ulysses, cassado na Operação Caixa de Pandora, a mesma que derrubou José Roberto Arruda, continua apoiando a ação de grileiros em terras públicas na Vila do Boa, em São Sebastião.

Campanha fora de época

Rogério defende invasores que ocuparam área destinada pelo GDF a postos de saúde e quadras de esporte e lazer. O mais estranho é que Rogério afronta as autoridades sem ser incomodado. Livre, leve e solto ele faz campanha eleitoral fora de época para retornar à Câmara Legislativa.

TCHAU, SALUTAR!

A relação entre a empresa Salutar Alimentos e o Instituto de Gestão Estratégica de saúde (Iges) sempre foi tensa. Mas os dias da Salutar como fornecedora de refeições às unidades mantidas pelo instituto estão chegando ao fim. Em breve o Iges lança licitação para contratar novo fornecedor de alimentos. Já vai tarde.

ALERTA VERMELHO

Mais um assassinato numa escola no Paraná fez disparar o alerta vermelho nas Secretarias de Educação e de Segurança de todo o país. No DF não é diferente. Para prevenir e atender ocorrências desse tipo, a Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil acaba de formar 80 agentes treinados para ações em ambiente escolar.  Eles já estão em campo, reforçando o plano de segurança nas escolas do DF, implantado em abril. Atualmente o ambiente está mais tranquilo, mas relaxar jamais.

O DESTINO DAS CAPIVARAS

Elas foram chegando aos poucos e agora fazem parte da paisagem de Brasília, dividindo a cidade entre amor e ódio. Uns acham bonitinho vê-las curtindo as águas do Paranoá, outros temem ser atacados pelos enormes roedores.

Governo dividido

Até o próprio GDF não se entende. Enquanto o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) atesta que a capivara hospeda o carrapato transmissor da febre maculosa, o GDF faz campanha na internet garantindo que o bicho “não tem nada a ver” com a doença.

Controlar é a questão

A questão é: o que fazer para controlar o crescimento dessa amada e temida espécie? Controlar não é exterminar. É evitar que Brasília seja ocupada por uma superpopulação de capivaras.

Soluções polêmicas

A Prefeitura de Curitiba resolveu castrar os machos, o que revoltou associações protetoras de animais. No DF, há quem defenda transferi-los para áreas de preservação, como o Parque Nacional, o que desagrada ambientalistas. Enquanto nada decidem, as capivaras já se espalham por 25% da orla do Paranoá, segundo pesquisa da Universidade Católica em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente.

Armando Guerra
[email protected]