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3 de fevereiro, 2025

VIADUTOS INCOMODAM O PT A bancada distrital do PT reclama das obras que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem entregando, como o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, e o Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci, em Sobradinho. Gabriel Magno e Ricardo Vale são os petistas que mais reclamam contra a inauguração de estruturas que melhoram o …

VIADUTOS INCOMODAM O PT

A bancada distrital do PT reclama das obras que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem entregando, como o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, e o Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci, em Sobradinho. Gabriel Magno e Ricardo Vale são os petistas que mais reclamam contra a inauguração de estruturas que melhoram o trânsito do Distrito Federal.

Lambanças petistas

Ao reclamar de Ibaneis, os petistas tentam apagar da memória o fracasso dos governadores do PT na realização de projetos de mobilidade urbana. Cristovam Buarque (1995-1999) limitou-se a instituir a faixa de pedestre. Já Agnelo Queiroz (2011-2015) até hoje responde a uma penca de processos sobre obras irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas do DF.

Lambança do PSB

Mas foi no governo do socialista Rodrigo Rollemberg (2015-2019) que aconteceu a mais emblemática lambança: a queda do Viaduto da Galeria dos Estados. O viaduto desabou e no chão ficou durante dois anos. Ibaneis foi quem o reconstruiu. Hoje, contraditoriamente, a esquerda critica Ibaneis por inaugurar viadutos.

Magno na contramão

Ao dizer que o Túnel de Taguatinga e o Viaduto de Sobradinho não melhoraram o sistema de transporte público, o professor petista Gabriel Magno dá lições de ignorância sobre mobilidade urbana. As obras dão fluidez ao tráfego e reduzem substancialmente o tempo que motoristas de veículos particulares e passageiros de ônibus passam no trânsito.

Presente e futuro

E mais: essas obras foram projetadas para acompanhar o crescimento de Brasília, que hoje tem a terceira maior população do país. Ou seja, o petista acata obras que preparam o DF para enfrentar os desafios de mobilidade do presente e do futuro. É por essa e outras que Magno merece estar na Escolinha do Professor Raimundo.

MENOS VALE MAIS

No caso do distrital Ricardo Vale, o menos vale mais. Menos discursos e mais recursos. Na inauguração do Viaduto de Sobradinho, ele espalhou faixas na BR-020 cobrando: “BRT Já!”. A atitude de Vale valeria mais se o deputado fosse ao presidente Lula pedir recursos para obras federais no DF.

Rodovia de Brazlândia

É o caso da duplicação da BR-080, única rodovia federal dentro do quadradinho ainda não duplicada. São cerca de 25 km ligando Brazlândia a Taguatinga. O Ministério da Infraestrutura lançou o edital de licitação da obra, orçada em R$ 210 milhões, no final do Governo Bolsonaro. Lula assumiu e, seis meses depois, a licitação não avançou um centímetro.

Gregos e troianos

Vale, em vez de só reclamar de Ibaneis, ajudaria muito mais cobrando as obras que o Governo do PT se recusa a fazer em benefício da população do DF. Aqui, a maioria votou em Bolsonaro (58,81%), mas milhares de brasilienses também votaram em Lula (41,19%). A duplicação da BR-080 agradaria gregos e troianos, ou seja, contemplaria bolsonaristas e lulistas.

LIRA E CAJADO

O presidente da Câmara dos Deputados, Athur Lira (PP-AL), e o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) estão em rota de colisão por causa do Fundo Constitucional do DF. Lira tem acenado enviar ao plenário da Câmara o projeto da reforma fiscal do jeito que foi aprovado no Senado, ou seja, sem incluir o Fundo na proposta. Já o birrento Cajado quer porque quer que a Câmara aprove as mudanças que ele fez ao projeto

Defendendo à leoa

Lira, ainda que sem muito entusiasmo, tem se manifestado em defesa do Fundo, inclusive para prestigiar e respaldar a amiga progressista e vice-governadora Celina Leão. Afinal, a leoa pode ser a próxima governadora do DF. Corte nos recursos do Fundo desgastaria Celina na corrida do PP ao Buriti.

Afagos e mimos

Cajado, por sua vez, perdeu os poucos amigos que tinha no DF ao tentar esquartejar o Fundo. Ganhou, porém, muito inimigos em Brasília. Mas não está nem aí. Quer é afagar o Governo Lula e dele receber afagos e mimos. Não está sozinho. Tem ao seu lado governistas e até bolsonaristas, que na primeira votação na Câmara aprovaram o jabuti incluso na reforma fiscal.

Quem manda

A guerra deve acabar nesta semana. Até lá, fica a pergunta: “Quem manda mais, Lira ou Cajado?”.

 

Armando Guerra
[email protected]

 

 

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