Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
VIADUTOS INCOMODAM O PT A bancada distrital do PT reclama das obras que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem entregando, como o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, e o Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci, em Sobradinho. Gabriel Magno e Ricardo Vale são os petistas que mais reclamam contra a inauguração de estruturas que melhoram o …
A bancada distrital do PT reclama das obras que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem entregando, como o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, e o Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci, em Sobradinho. Gabriel Magno e Ricardo Vale são os petistas que mais reclamam contra a inauguração de estruturas que melhoram o trânsito do Distrito Federal.
Ao reclamar de Ibaneis, os petistas tentam apagar da memória o fracasso dos governadores do PT na realização de projetos de mobilidade urbana. Cristovam Buarque (1995-1999) limitou-se a instituir a faixa de pedestre. Já Agnelo Queiroz (2011-2015) até hoje responde a uma penca de processos sobre obras irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas do DF.
Mas foi no governo do socialista Rodrigo Rollemberg (2015-2019) que aconteceu a mais emblemática lambança: a queda do Viaduto da Galeria dos Estados. O viaduto desabou e no chão ficou durante dois anos. Ibaneis foi quem o reconstruiu. Hoje, contraditoriamente, a esquerda critica Ibaneis por inaugurar viadutos.
Ao dizer que o Túnel de Taguatinga e o Viaduto de Sobradinho não melhoraram o sistema de transporte público, o professor petista Gabriel Magno dá lições de ignorância sobre mobilidade urbana. As obras dão fluidez ao tráfego e reduzem substancialmente o tempo que motoristas de veículos particulares e passageiros de ônibus passam no trânsito.
E mais: essas obras foram projetadas para acompanhar o crescimento de Brasília, que hoje tem a terceira maior população do país. Ou seja, o petista acata obras que preparam o DF para enfrentar os desafios de mobilidade do presente e do futuro. É por essa e outras que Magno merece estar na Escolinha do Professor Raimundo.
No caso do distrital Ricardo Vale, o menos vale mais. Menos discursos e mais recursos. Na inauguração do Viaduto de Sobradinho, ele espalhou faixas na BR-020 cobrando: “BRT Já!”. A atitude de Vale valeria mais se o deputado fosse ao presidente Lula pedir recursos para obras federais no DF.
É o caso da duplicação da BR-080, única rodovia federal dentro do quadradinho ainda não duplicada. São cerca de 25 km ligando Brazlândia a Taguatinga. O Ministério da Infraestrutura lançou o edital de licitação da obra, orçada em R$ 210 milhões, no final do Governo Bolsonaro. Lula assumiu e, seis meses depois, a licitação não avançou um centímetro.
Vale, em vez de só reclamar de Ibaneis, ajudaria muito mais cobrando as obras que o Governo do PT se recusa a fazer em benefício da população do DF. Aqui, a maioria votou em Bolsonaro (58,81%), mas milhares de brasilienses também votaram em Lula (41,19%). A duplicação da BR-080 agradaria gregos e troianos, ou seja, contemplaria bolsonaristas e lulistas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Athur Lira (PP-AL), e o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) estão em rota de colisão por causa do Fundo Constitucional do DF. Lira tem acenado enviar ao plenário da Câmara o projeto da reforma fiscal do jeito que foi aprovado no Senado, ou seja, sem incluir o Fundo na proposta. Já o birrento Cajado quer porque quer que a Câmara aprove as mudanças que ele fez ao projeto
Lira, ainda que sem muito entusiasmo, tem se manifestado em defesa do Fundo, inclusive para prestigiar e respaldar a amiga progressista e vice-governadora Celina Leão. Afinal, a leoa pode ser a próxima governadora do DF. Corte nos recursos do Fundo desgastaria Celina na corrida do PP ao Buriti.
Cajado, por sua vez, perdeu os poucos amigos que tinha no DF ao tentar esquartejar o Fundo. Ganhou, porém, muito inimigos em Brasília. Mas não está nem aí. Quer é afagar o Governo Lula e dele receber afagos e mimos. Não está sozinho. Tem ao seu lado governistas e até bolsonaristas, que na primeira votação na Câmara aprovaram o jabuti incluso na reforma fiscal.
A guerra deve acabar nesta semana. Até lá, fica a pergunta: “Quem manda mais, Lira ou Cajado?”.
Armando Guerra
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