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31 de janeiro, 2025

Obra enterrada dá voto ou não dá? Político brasileiro não gosta de fazer intervenções de saneamento público e de escoamento de águas pluviais, porque reza a lenda que obra enterrada na dá voto. Mais uma vez o governador Ibaneis Rocha mostra que é um político diferente: mandou publicar a licitação para a construção de uma …

Obra enterrada dá voto ou não dá?

Político brasileiro não gosta de fazer intervenções de saneamento público e de escoamento de águas pluviais, porque reza a lenda que obra enterrada na dá voto. Mais uma vez o governador Ibaneis Rocha mostra que é um político diferente: mandou publicar a licitação para a construção de uma grande rede de galerias subterrâneas para resolver definitivamente os problemas de alagamento na Asa Norte, tão comuns na época das chuvas mais fortes, quando o volume de água não é absorvido pelas tubulações atuais.

Água pura para o lago

A tubulação vai começar na altura do Estádio Mané Garrincha, onde hoje existem duas grandes lagoas de retenção de água, que funcionam como paliativo. Com as novas galerias elas serão desativadas. As galerias passarão por baixo de todas as quadras 02, passando pelos eixos rodoviários (W, L e Eixão), L2, até chegar à L4, próximo ao Setor de Embaixadas Norte, mas a água da chuva só chegará ao lago Paranoá depois de decantada num reservatório que poderá armazenar até 96 mil m³ para retirar impurezas.

8 km de galerias

São quase oito quilômetros de túneis, que serão construídos entre 12 e 15 metros de profundidade, captando toda a água da chuva por meio de bocas de lobo e da interligação da rede atual.

Promessa cumprida

O problema das inundações vem desde a inauguração de Brasília e há pelo menos 30 anos vários governos prometeram fazer a obra. É tema de todas as campanhas eleitorais e entra no plano de governo de todos os candidatos, sem exceção. A diferença é que o governador Ibaneis Rocha vai cumprir o que foi prometido e não se assustou com o alto volume de investimento necessário para a obra: R$ 150 milhões. A população agradece.

Verbas carimbadas

A deputada federal Paula Santana destinou cerca de R$ 10,5 milhões para serem aplicados em ações no Distrito Federal. A maior parte do dinheiro – R$ 7 milhões – é destinada a estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde, mas só há empenho para investimento em atividades, apoio e eventos nas áreas de esporte, educação, lazer e inclusão social (R$ 660mil, de um total de R$ 1,9 milhão).

Sem destino

A deputada, aliás, está se preparando para deixar o Cidadania, partido pelo qual se elegeu, mas ainda não definiu o destino. Espera a janela política, que permite a mudança sem contestação do mandato, de olho nas reformas que o Congresso Nacional já discute e tem que aprovar até outubro, para que possam valer para as próximas eleições.

Tornozelos livres

O empresário e ex-senador Luiz Estevão já circula pela cidade sem o incômodo da tornozeleira eletrônica, que usava desde março de 2019. A juíza Leila Cury determinou a progressão da pena para o regime aberto. O empresário depositou a primeira parte da multa pecuniária – de R$ 8.215.626,70 – a que foi condenado, junto com a pena de reclusão de 26 anos pelos crimes de peculato, estelionato e corrupção ativa.

 

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