Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
A PAZ VOLTOU O cachimbo da paz foi fumado hoje por dois adversários cordiais que estavam em guerra: o deputado Fábio Felix (PSol) e o secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes. Eles se desentenderam depois que o parlamentar recorreu ao Ministério Público para censurar e suspender a campanha publicitária “Queimadas”, de prevenção a incêndios …
O cachimbo da paz foi fumado hoje por dois adversários cordiais que estavam em guerra: o deputado Fábio Felix (PSol) e o secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes. Eles se desentenderam depois que o parlamentar recorreu ao Ministério Público para censurar e suspender a campanha publicitária “Queimadas”, de prevenção a incêndios no Cerrado. Uma das peças apresentava um negro. Felix viu ali racismo institucional e passou a atacar a campanha da Secom.
Hoje à tarde, Fábio suspendeu o discurso radical e retomou o diálogo. Por telefone, conversou com Moraes. Elogiou a campanha. Disse, porém, que isoladamente a peça do negro destoava do conjunto da obra. “Baiano”, por sua vez, defendeu que em momento algum a Secom quis ofender os afrodescendentes.
Ao final da conversa, ambos demonstraram respeito à opinião, aos argumentos e às ponderações de cada lado. E se comprometeram a retomar o diálogo e a convivência cordial. Melhor assim.
Brasília toda sabe que o governador Ibaneis Rocha (MDB) é o pai do reajuste de 18% aos salários das forças de segurança do DF. O Governo Lula, inicialmente, era contrário à proposta. Mas cedeu e concedeu o reajuste em duas parcelas iguais de 9%. A primeira agora e a outra, em 2024. Caso (quase) encerrado.
Agora que o reajuste foi sacramentado, começam a surgir candidatos a pais da criança. É o caso dos dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF). Eles pretendem ir amanhã ao Palácio do Planalto para beijar a mão do presidente Lula em agradecimento ao reajuste concedido.
O Sinpol é o mesmo sindicato que até hoje não se manifestou contra o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto da reforma fiscal. Cajado é o pai do jabuti que reduz os recursos do Fundo Constitucional do DF, fonte que banca a segurança, a saúde e a educação do quadradinho.
Quem também entra no jogo para pegar carona na conquista do reajuste é a senadora Leila Barros (PDT). Ela é a relatora da Medida Provisória que reajusta o salário das forças de segurança. É claro que Leila não vai jogar bola fora. Aproveitará a relatoria para marcar pontos junto aos policiais.
O deputado federal Rafael Prudente, presidente regional do MDB, também está de olho no eleitorado da segurança. Ele apresentou emenda que equipara os salários da Polícia Civil aos da Polícia Federal. A equiparação é reivindicação histórica dos policias civis brasileiros.
A emenda de Prudente foi incluída na MP da Segurança. Leila Barros, a relatora, vai propor ajustes na emenda. Não quer expor o Governo Lula ao desgaste de não conceder a equiparação salarial como desejam os policiais civis. O Governo Federal alega não ter bala na agulha para bancar a equiparação.
Está marcado para 10 de agosto o depoimento do delegado Aderson Torres à CPI da Câmara Legislativa que investiga o vandalismo golpista de 8 de janeiro. O ministro da Justiça no Governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF já recebeu a notificação da Polícia Federal. Torres vem driblando a CPI desde 23 de março, quando, alegando debilidades mentais e físicas, não foi depor.
Além de comparecer à CPI, Torres ainda terá que devolver os R$ 120 mil que recebeu indevidamente como delegado da Polícia Federal durante os quatro meses em que ficou preso. A devolução está amparada em decisões do Ministério do Planejamento.
Pelas decisões, a regra é clara: servidor federal não receberá salário enquanto estiver preso de forma preventiva ou temporária. Isto porque, quando preso ele fica afastado do trabalho. Não pode, portanto, ganhar sem trabalhar.
Armando Guerra
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