COLUNAS

AGORA-DF

3 de fevereiro, 2025

A PAZ VOLTOU O cachimbo da paz foi fumado hoje por dois adversários cordiais que estavam em guerra: o deputado Fábio Felix (PSol) e o secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes. Eles se desentenderam depois que o parlamentar recorreu ao Ministério Público para censurar e suspender a campanha publicitária “Queimadas”, de prevenção a incêndios …

A PAZ VOLTOU

O cachimbo da paz foi fumado hoje por dois adversários cordiais que estavam em guerra: o deputado Fábio Felix (PSol) e o secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes. Eles se desentenderam depois que o parlamentar recorreu ao Ministério Público para censurar e suspender a campanha publicitária “Queimadas”, de prevenção a incêndios no Cerrado. Uma das peças apresentava um negro. Felix viu ali racismo institucional e passou a atacar a campanha da Secom.

Diálogo retomado

Hoje à tarde, Fábio suspendeu o discurso radical e retomou o diálogo. Por telefone, conversou com Moraes. Elogiou a campanha. Disse, porém, que isoladamente a peça do negro destoava do conjunto da obra. “Baiano”, por sua vez, defendeu que em momento algum a Secom quis ofender os afrodescendentes.

Respeito mútuo

Ao final da conversa, ambos demonstraram respeito à opinião, aos argumentos e às ponderações de cada lado. E se comprometeram a retomar o diálogo e a convivência cordial. Melhor assim.

REAJUSTE DOS POLICIAIS

Brasília toda sabe que o governador Ibaneis Rocha (MDB) é o pai do reajuste de 18% aos salários das forças de segurança do DF. O Governo Lula, inicialmente, era contrário à proposta. Mas cedeu e concedeu o reajuste em duas parcelas iguais de 9%. A primeira agora e a outra, em 2024. Caso (quase) encerrado.

Candidatos a pai

Agora que o reajuste foi sacramentado, começam a surgir candidatos a pais da criança. É o caso dos dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF). Eles pretendem ir amanhã ao Palácio do Planalto para beijar a mão do presidente Lula em agradecimento ao reajuste concedido.

Sinpol não ataca jabuti

O Sinpol é o mesmo sindicato que até hoje não se manifestou contra o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto da reforma fiscal. Cajado é o pai do jabuti que reduz os recursos do Fundo Constitucional do DF, fonte que banca a segurança, a saúde e a educação do quadradinho.

Leila na área

Quem também entra no jogo para pegar carona na conquista do reajuste é a senadora Leila Barros (PDT). Ela é a relatora da Medida Provisória que reajusta o salário das forças de segurança. É claro que Leila não vai jogar bola fora. Aproveitará a relatoria para marcar pontos junto aos policiais.

Rafael quer salários iguais

O deputado federal Rafael Prudente, presidente regional do MDB, também está de olho no eleitorado da segurança. Ele apresentou emenda que equipara os salários da Polícia Civil aos da Polícia Federal. A equiparação é reivindicação histórica dos policias civis brasileiros.

Bala na agulha

A emenda de Prudente foi incluída na MP da Segurança. Leila Barros, a relatora, vai propor ajustes na emenda. Não quer expor o Governo Lula ao desgaste de não conceder a equiparação salarial como desejam os policiais civis.  O Governo Federal alega não ter bala na agulha para bancar a equiparação.

TORRES NA CPI

Está marcado para 10 de agosto o depoimento do delegado Aderson Torres à CPI da Câmara Legislativa que investiga o vandalismo golpista de 8 de janeiro. O ministro da Justiça no Governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF já recebeu a notificação da Polícia Federal. Torres vem driblando a CPI desde 23 de março, quando, alegando debilidades mentais e físicas, não foi depor.

Devolução de salário

Além de comparecer à CPI, Torres ainda terá que devolver os R$ 120 mil que recebeu indevidamente como delegado da Polícia Federal durante os quatro meses em que ficou preso. A devolução está amparada em decisões do Ministério do Planejamento.

A regra é clara

Pelas decisões, a regra é clara: servidor federal não receberá salário enquanto estiver preso de forma preventiva ou temporária. Isto porque, quando preso ele fica afastado do trabalho. Não pode, portanto, ganhar sem trabalhar.

 

Armando Guerra
[email protected]

Artigos Relacionados