Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
FESTA NO PLANALTO Foi bastante concorrida a festa que o presidente Lula (PT) promoveu na manhã desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, para comemorar a concessão do reajuste salarial de 18% para as forças de segurança do Distrito Federal. O aumento foi faturado politicamente tanto por parlamentares que apoiam quanto por aqueles que fazem oposição …
Foi bastante concorrida a festa que o presidente Lula (PT) promoveu na manhã desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, para comemorar a concessão do reajuste salarial de 18% para as forças de segurança do Distrito Federal. O aumento foi faturado politicamente tanto por parlamentares que apoiam quanto por aqueles que fazem oposição aos Governos Lula e Ibaneis.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) faturou politicamente mesmo sem discursar na festa promovida por Lula, a quem não apoiou na disputa presidencial de 2022. A concessão do reajuste fez o governador interromper férias com a família para participar da festa no Planalto. Ibaneis não poderia perder a oportunidade de mostrar quem de fato é o pai criança. Afinal, foi ele quem levou a proposta do reajuste ao Governo Lula.
Faturou o presidente Lula ao afagar o eleitorado das forças de segurança do DF com o reajuste que seu próprio governo não queria conceder. Foi convencido a aprovar o aumento após ouvir dois argumentos, um político e outro financeiro. Político: romper o namoro explícito da cúpula da segurança do DF com o bolsonarismo. Financeiro: o reajuste será bancado com recursos do Fundo Constitucional do DF, sem custo extra para o Governo Federal.
Faturaram também deputados federais e distritais do DF. Apoiadores e opositores ao Governos Ibaneis e Lula esqueceram temporariamente as divergências e participaram, juntos e misturados, da festa no Palácio do Planalto.
O certo é que quem mais faturou foram as três corporações contempladas com a concessão do reajuste: a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Com a primeira parcela (9%) na conta, os guardiões da segurança pública tinham mesmo motivos de sobra para festejar.
O deputado Rafael Prudente, presidente regional do MDB, mesmo partido do governador, colocou saia justa no Governo Ibaneis ao querer agradar a Polícia Civil do DF. Por meio de emenda à Medida Provisória que reajusta o pessoal da segurança, Prudente propôs que o GDF indenize os policiais civis que sofrerem traumas psicológicos em consequência dos serviços que prestam. A ideia é boa e justa. Mas faltam recursos. Se a emenda for aprovada, o GDF que se vire para arranjar o dinheiro.
Prudente até hoje não engoliu a decisão de Ibaneis de lançar e apoiar a candidatura de Celina Leão (PP) ao Palácio do Buriti em 2026. O deputado esperava que o governador indicasse à sucessão um candidato do MDB. No caso, o próprio Prudente. Não rolou nem vai rolar.
O presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), Juracy Cavalcante, marcou pontos com a vice-governadora Celina Leão ao convidá-la a inaugurar o projeto de rastreamento de medicamentos implantado no Hospital Regional de Santa Maria, administrado pela instituição. A então governadora em exercício não só gostou do que viu como quer que o projeto seja logo implementado no Hospital de Base.
Mostrando eficiência na gestão do Iges, Cavalcante busca apoio político da vice-governadora para romper de vez o conturbado contrato que o instituto mantém com a Salutar Alimentação, a empresa que há mais de quatro anos fornece refeições aos pacientes e servidores dos hospitais e UPAs administrados pela instituição.
O Iges abriu licitação para mudar de fornecedor. A Salutar recorreu. Ambos aguardam decisão da Justiça, que não se decide. Deixa acumular problemas que desgastam a imagem do instituto e os serviços que a rede presta aos pacientes. É o caso da interminável reforma da cozinha do Hospital de Base, obra de responsabilidade da Salutar.
A problemática empresa estaria se escudando em padrinhos políticos para manter, aos trancos e barrancos, o contrato com o Iges. Escudo que não protege o Governo Ibaneis da artilharia pesada da mídia contra um dos setores mais sensíveis do GDF: a saúde pública.
Armando Guerra
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