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3 de fevereiro, 2025

MDB TROCA DE COMANDO Tudo pronto para a convenção do Diretório Regional do MDB. Será neste sábado (19) na Câmara Legislativa. Sai magoado da presidência do partido o deputado federal Rafael Prudente e entra animado o distrital Welligton Luiz, presidente da CLDF. Tudo sob o comando da maior estrela da agremiação: o governador Ibaneis Rocha. …

MDB TROCA DE COMANDO

Tudo pronto para a convenção do Diretório Regional do MDB. Será neste sábado (19) na Câmara Legislativa. Sai magoado da presidência do partido o deputado federal Rafael Prudente e entra animado o distrital Welligton Luiz, presidente da CLDF. Tudo sob o comando da maior estrela da agremiação: o governador Ibaneis Rocha. Convidada especial: a vice-governadora Celina Leão (PP), candidata de Ibaneis ao Palácio do Buriti em 2026. Com direito a discurso estão os outros quatro deputados do MDB, que juntos com Welligton formam a maior bancada na Câmara: Jane Klebia, Jaqueline Silva, Iolando e Hermeto. Querendo penetrar no baile e no partido, o distrital mais encrencado do momento: Daniel Donizet, que está saindo de mala e cuia do PL.

Olho em 2026

A troca de comando foca as eleições de 2026. O MDB não terá candidato à reeleição de Ibaneis. Decisão do próprio governador ao indicar Celina. O partido, porém, indicará o candidato a vice-governador da Leoa. Vaga reservada ao novo presidente do MDB, Welligton Luiz. Ibaneis concorrerá ao Senado. São duas vagas. Uma tem nome certo: Ibaneis. Basta manter os índices de aprovação, que atualmente chegam a 71%, segundo o Instituto Veritá.

Tropa de Ibaneis

Até as eleições de 2026, o MDB tende a ampliar a bancada se isso lhe for conveniente. Hoje, Ibaneis conta com a fidelidade dos cinco deputados do partido na Câmara, além do apoio de distritais de legendas aliadas. Essa tropa já lhe é suficiente para aprovar o que quiser na CLDF. Ampliar a bancada lhe daria muito mais conforto. Mas dividir o bolo com muitos, pouco sobra para saciar a fome de todos. Melhor é não inchar o partido e ampliar as alianças.

Quem está no radar

Se for para inchar, no radar do MDB estão os deputados Rogério Morro da Cruz (sem partido) e Joaquim Roriz Neto. Este muito incomodado no PL, partido enfraquecido com a derrota do líder Jair Bolsonaro e agora abalado com o escândalo das joias envolvendo o ex-presidente. E ainda tem Daniel Donizet, um caso em avaliação. Rogério e Joaquim entrariam pela porta da frente com direito a tapete vermelho. Donizet, se entrar, será pela porta dos fundos.

Desconforto na cúpula

O desejo de Donizet de migrar para o MDB desconforta a cúpula do partido, que passaria a abrigar um parlamentar desgastado por denúncias de violência contra mulher e assédio sexual a companheiras de trabalho. Nada bom para a imagem de um partido que tem duas mulheres na Câmara, inclusive uma delegada de polícia: Jane Klebia. Junto com Jaqueline, Jane engrossou o grupo de mulheres que foram à porta da CLDF exigir a cassação de Donizet.

Bode na sala

No cargo de procuradora da Mulher na Câmara, Jane requereu à Secretaria de Segurança informações sobre o processo que investiga o espancamento de uma garota de programa numa noitada bancada pelo deputado. Por essas e outras, a filiação de Donizet é o mesmo que colocar o bode na sala. A decisão de introduzir ou não o bode passa pelo dono da sala: Ibaneis. O certo é que o problema não é do MDB. É do bode.

AMIGO DA ONÇA

O advogado Frederick Wassef, defensor e amigo de Bolsonaro, é figurinha carimbada em Brasília. Costuma lanchar numa padaria da QI 25 do Lago Sul e almoçar na Praça de Alimentação do Brasília Shopping. Ostentação zero. Sempre vestindo roupas simples, parece um cidadão comum. Nunca aparenta ser o amigo endinheirado que viaja aos Estados Unidos apenas para recomprar um Rolex de U$ 49 mil e devolvê-lo à União. Com um amigo como esse Wassef, Bolsonaro pode dispensar os inimigos.

 

Armando Guerra
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