A BATATA DA PAULA
A saída de Roberto Freire da presidência nacional do Cidadania deu ruim para a deputada distrital Paula Belmonte, presidente do partido no DF. Ela quase foi destituída do cargo em agosto por apoiar Freire e defender a luta dele contra o embarque do Cidadania no Governo Lula. Agora, sem o escudo de Freire, Paula volta a balançar na corda bamba. Pode ser vítima de sua própria intransigência política. Velhas raposas ensinam: “política não se faz com o fígado”. A batata dela está assando.
Lenha na fogueira
Paula coloca mais lenha na fogueira aos seus pés ao não aceitar alianças políticas. Não apenas com o Governo Lula, mas também – e principalmente – com o Governo Ibaneis. Do alto do seu monte de ego, Belmonte prega independência total.
Cristovam na área
Paula bate de frente com outra estrela do Cidadania: Cristovam Buarque, ex-governador do DF, ex-senador e ministro da Educação no primeiro Governo Lula. O presidente demitiu Cristovam por telefone. Página virada. Cristovam, ao contrário de Freire e de Paula, não é contra a adesão do Cidadania ao Governo Lula. Ao defender que o partido tenha identidade política, Cristovam se posiciona: “Hoje, o país está dividido entre duas bandeiras e não somos bolsonaristas”.
Boquinha na Terracap
Roberto Freire era chegado a uma boquinha. Mesmo morando em Recife, foi membro do Conselho de Administração da Terracap entre 2007 e 2010, durante o Governo Arruda. Como conselheiro da Terracap recebeu R$ 132.479,12, conforme revelou à época o deputado Chico Vigilante (PT). Boca grande, esse Freire.
SALVE A CAPIVARA!
Neste 14 de setembro comemora-se o Dia Internacional da Capivara. Em Brasília, não há registro de qualquer evento oficial para comemorar a data. Nem precisa. Aqui, todo dia é dia de capivara. Tem capivara dentro e fora do Paranoá, no asfalto, nos quintais, nos parques e até – pasmem! – no Zoológico de Brasília. São tantas que, em maio, ocupavam 25% da orla do Paranoá. Palavra do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que promete novo estudo para mostrar o que está na cara: a superpopulação de capivaras.
Febre maculosa
A promessa do Ibram surge após vir à tona o caso de uma menina internada com suspeita de febre maculosa. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela, que se agasalha em grandes animais, principalmente na capivara. A doença pode matar. Mas o caso da garota não é o único no DF.
Casos aumentam
A Secretaria de Saúde contabiliza neste ano 104 notificações de possíveis casos de febre maculosa. Foram descartados 62 casos, mas outros 42 continuam sendo investigados. Coincidência ou não, o número de gente com suspeita de maculosa cresce ao mesmo tempo em que aumenta a população de capivaras no DF.
Ibaneis cansou
O governador Ibaneis Rocha não quer saber de capivara nem mesmo no dia dela. Cansou, encheu, já deu! Cobra do Ibram e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) ações concretas que impeçam que a capivara passe a ser o que já parece que é: um problema ambiental e de saúde pública.
Sem monumento
Manda o bom senso que o Ibram, a Sema e ambientalistas não ergam, à beira do Paranoá, monumento em homenagem ao Dia da Capivara. Lá já tem demais. Ao vivo.
ATÉ TU, LIBANUS?
“Devo, não nego, pago quando puder”. Assim argumentam empresários flagrados pela Operação Sceleris, que hoje bateu à porta de bares e restaurantes suspeitos de sonegar R$ 16 milhões à Secretaria de Fazenda do DF. Entre os bares, o tradicional “Libanus”, primo-irmão do icônico “Beirute”, que nada tem a ver com o peixe. Os clientes torcem para que o “Libanus” acerte as contas com o leão. Desce uma gelada.
Armando Guerra
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