Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
A VOZ DO ALÉM No momento em o governador Ibaneis Rocha e parlamentares se unem em busca de recursos para o DF, especialmente para a saúde pública, eis que ressurge das trevas do peleguismo sindical a voz do além: a do eterno presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho. Repete o mesmo discurso de sempre. …
No momento em o governador Ibaneis Rocha e parlamentares se unem em busca de recursos para o DF, especialmente para a saúde pública, eis que ressurge das trevas do peleguismo sindical a voz do além: a do eterno presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho. Repete o mesmo discurso de sempre. Ataca a rede pública de saúde, o Hospital de Base, o salário dos médicos do DF, talvez o maior do Brasil. Não vai mais além do que isso.
Além de não apresentar propostas coerentes, além de não se juntar à luta por mais recursos ao DF, além de não brigar por verbas para a saúde, além de se escudar no mandato sindical, além de ser marajá da saúde, além de não saber diferenciar termômetro de cronômetro, além de não ter votos da própria categoria, Gutemberg é apenas um homem vestido de jaleco branco brincando ser médico, advogado e sindicalista. Nada além disso.
Gutemberg Fialho (59) formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba há 35 anos. É também advogado, formado pelas Faculdades Integradas do Planalto Central há 25 anos. É obstetra da Secretaria de Saúde há 32 anos e perito da Secretaria de Planejamento há 13 anos. Recebe, pelas duas secretarias, R$ 40 mil por mês. Mas não vive nem da Medicina nem do Direito. Vive do proselitismo sindical.
Escudado pelo mandato sindical, há pelo menos 25 anos não atende pacientes em qualquer unidade de saúde pública do DF. Mas nas redes sociais ele diz que “está lotado no Hospital Regional da Asa Sul”. Só se for em espírito. O Dr. Gutemberg, porém, pode ser encontrado no luxuoso consultório que mantém no Hospital Santa Marta, em Taguatinga. Virou funcionário público fantasma. Além de ganhar para não trabalhar, recebe salário de marajá para atacar o governo que lhe paga.
Gutemberg fez do sindicalismo a sua profissão, o seu ganha-pão. Filiou-se ao SindMédico há 30 anos e há 25 anos é o todo-poderoso presidente do sindicato. Além de poucas batalhas em defesa da categoria, ínfimas são as conquistas que conseguiu. Mas soube fazer seu pé-de-meia. Além de presidente do SindMédico, ostenta outros títulos. Além de diretor da Confederação Nacional dos Médicos (CNM) e membro do Conselho Regional de Medicina, é o atual presidente da Federação Nacional dos Médicos.
Gutemberg, contudo, é ruim de voto. Foi, por diversas vezes, candidato a deputado distrital. Nas eleições de 2022 perdeu de novo. Além do patrimônio de mais de R$ 2 milhões só em imóveis e além dos R$ 357 mil recebidos do Podemos, Gutemberg recorreu ao aparato sindical. Não deu. Foi rejeitado pelos eleitores do DF, inclusive pela própria categoria que dirige.
O fracasso nas urnas traduz a liderança de Gutemberg à frente do SindMédico. Na guerra de Brasília em defesa do Fundo Constitucional do DF, que corria risco de perder dinheiro da saúde, Gutemberg sumiu, desapareceu, escafedeu-se, fugiu à luta. Além de não se manifestar em defesa do Fundo, não fez um gesto de apoio ao movimento. Felizmente, Brasília venceu. A voz do além não fez falta.
O diretório regional do PSol tem novo comando. A cientista social Giulia Tadini (33 anos) foi eleita para presidir o partido no DF. Vitória pessoal do deputado distrital Fábio Felix, a estrela do PSol brasiliense. Giulia disse ao que veio: fazer oposição ao Governo Ibaneis Rocha e ser um instrumento de fortalecimento dos partidos de esquerda “sem abrirmos mão de nosso programa e identidade”. É um pouco mais do mesmo.
Armando Guerra
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