Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
VELHOS HÁBITOS NÃO MORREM Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo deram, nas edições do último domingo, destaque para um pequeno escândalo de grandes proporções envolvendo o Partido dos Trabalhadores do DF. Ou melhor: envolvendo o decano do PT-DF, deputado distrital Chico Vigilante, e o atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família …
Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo deram, nas edições do último domingo, destaque para um pequeno escândalo de grandes proporções envolvendo o Partido dos Trabalhadores do DF. Ou melhor: envolvendo o decano do PT-DF, deputado distrital Chico Vigilante, e o atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o piauiense Wellington Dias, ex-governador do Piauí e hoje senador licenciado.
Diz a nota, publicada na coluna do experiente jornalista Elio Gaspari: “O deputado distrital de Brasília Chico Vigilante (PT) nomeou a filha do ministro Wellington Dias (PT) para seu gabinete e seu filho foi nomeado para o gabinete da suplente de Dias no Senado. Com a entrada do Tribunal de Contas em campo a transação poderá ser desfeita. É o velho e bom nepotismo cruzado, disfarçado de novo”.
Não é uma novidade da política brasileira que políticos troquem favores para beneficiar apaniguados. Também não é uma prática nova do PT do DF. No governo petista de Cristovam Buarque (1995-1999) pelo menos 13 casos de nepotismo foram verificados e publicados pelo jornal Folha de S. Paulo, a começar pelo senador Lauro Campos (PT), que tinha um filho empregado na Caesb.
O deputado Chico Vigilante já fazia parte desta lista. O irmão dele, Luis Domingos dos Santos, ocupava o cargo de assessor na administração de São Sebastião. Havia mais: os secretários de estado Wasny de Roure (Fazenda) e Pedro Celso (Trabalho) tinham três parentes, cada um, aboletados em cargos no Governo Cristovam.
Até maridos ganhavam espaço no GDF. Foi o caso dos maridões das deputadas distritais Maria José Maninha e Lúcia Carvalho. O que havia em comum entre os personagens: eram todos filiados ao Partido dos Trabalhadores.
A única coisa que diferencia os casos do passado é a denominação: hoje tem o nome chique de nepotismo cruzado; antes era conhecido como barriga de aluguel.
Hoje, fala-se muito das obras irregulares em terrenos igualmente irregulares em Vicente Pires. Mas basta olhar pelo retrovisor do tempo para enxergar as digitais do PT na origem das irregularidades. Em 2007 (início do segundo Governo Lula), Lúcia Carvalho assumiu a gerência regional da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) no DF. Entre os patrimônios da União que deveria zelar estavam terras em Vicente Pires. Por falta de zelo, a petista foi demitida.
O ano era 2013. Dilma Rousseff presidia o Brasil e Agnelo Queiroz governava o DF. Lúcia Carvalho subira de posto. Já havia passado de gerente regional para superintendente da SPU. Foi exonerada em 30 de julho de 2013. Motivo: investigações da Polícia Federal apontaram que, em 2008, na gestão de Lúcia na gerência da SPU, 344 hectares de terras de Vicente Pires foram demarcados de forma fraudulenta em benefício de uma quadrilha de grileiros.
As terras deveriam ter sido repassadas a posseiros, a maioria pequenos agricultores que moravam no então Núcleo Rural Vicente Pires, conhecido pela qualidade das hortaliças que produzia. As terras mudaram de mãos depois que Lúcia transferiu para engenheiros contratados pelos grileiros o trabalho de demarcação, tarefa de competência dos técnicos da SPU. Em 2019, Lúcia foi absolvida das acusações. A ocupação irregular, porém, não parou. Continuou e hoje até mata trabalhadores que se penduram em andaimes para construir prédios de apartamentos igualmente irregulares.
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Armando Guerra
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