Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
LAR DOCE LAR O Distrito Federal tem mais de 2,8 milhões de habitantes e 963.812 domicílios. Ou seja, três habitantes por domicílio. Isto, se todos tivessem um teto para chamar de seu. A maioria não tem seu próprio lar. O déficit habitacional é de 100.701 domicílios e é maior em oito cidades de baixo poder …
O Distrito Federal tem mais de 2,8 milhões de habitantes e 963.812 domicílios. Ou seja, três habitantes por domicílio. Isto, se todos tivessem um teto para chamar de seu. A maioria não tem seu próprio lar. O déficit habitacional é de 100.701 domicílios e é maior em oito cidades de baixo poder aquisitivo: Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria e SIA. E mais: dos 963.812 domicílios, 443.353 (46%) não têm escritura. São, portanto, irregulares.
Essa situação foi relevada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) na quinta-feira (19), ao apresentar o levantamento “Déficit Habitacional e Demanda Habitacional do Distrito Federal”, realizado com base em dados da última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), feita em 2021. A pesquisa é uma espécie de bússola. Serve para orientar políticas públicas sobre habitação.
O mesmo levantamento do IPEDF aponta a demanda por domicílio de acordo com a faixa de renda, incluindo desde quem não tem renda nenhuma a quem recebe até 12 salários mínimos. A pesquisa concluiu: na faixa entre zero e três salários mínimos (R$ 3.960,00) o déficit é de quase 64 mil domicílios; de três a cinco salários (R$ 6.600,00) cerca de 5.000 habitações e de cinco a 12 mínimos (R$ 15.840,00) perto de 3.500 moradias.
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Além da falta de moradia, o DF enfrenta outro grave problema: a ocupação irregular de áreas públicas. Terras transformadas em favelas ou condomínios de luxo. Para enfrentar o problema, o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) deu um importante passo na quinta-feira. Aprovou medidas que possibilitam regularizar bairros em São Sebastião e lotes no Jardim Botânico, beneficiando 55 mil moradores.
Fundada há 30 anos, São Sebastião tem 120 mil habitantes, distribuídos em 12 bairros, a maioria irregular. O Conplan aprovou proposta de decreto que define a poligonal da Área de Regularização de Interesse Social (Aris) de oito bairros localizados no núcleo urbano de São Sebastião. São eles: Bela Vista, Bonsucesso, Bora Manso, Centro, Morro Azul (Quadras 1, 2, 3 e 12), Residencial Oeste, São Bartolomeu e Tradicional. Após o decreto ser assinado pelo governador Ibaneis Rocha e publicado no Diário Oficial do DF, caberá à Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) fazer o projeto urbanístico desses bairros.
Fundado há 19 anos, o Jardim Botânico tem mais de 50 mil moradores, a grande maioria vivendo em 51 condomínios que formam a região administrativa. O Conplan aprovou projeto que regulariza quatro quadras (QSB 1,2, 4 e 6) no condomínio Ville de Montagne. Essas quadras totalizam 432 lotes, ocupados por 1.750 moradores. São 42,68 hectares, o equivalente a 42 campos de futebol do tamanho do Mané Garrincha.
Agora, a proposta do Conplan será encaminhada ao governador para a assinatura de decreto aprovando o projeto. Após a publicação do decreto no DODF, os moradores do Ville de Montagne terão o prazo de 180 dias para registrar os imóveis em cartório. É o sonho se transformando em realidade.
Armando Guerra
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