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AGORA-DF

4 de fevereiro, 2025

PT-DF sofre de demência coletiva? Das duas uma: ou o pessoal do Partido dos Trabalhadores do DF viajou no tempo, rumo ao passado, ou é caso de demência coletiva. Os filmes de TV que ocupam o horário da TV e do rádio, estrelados pelos próceres do partido mostram que eles se esqueceram rapidinho dos desmandos …

PT-DF sofre de demência coletiva?

Das duas uma: ou o pessoal do Partido dos Trabalhadores do DF viajou no tempo, rumo ao passado, ou é caso de demência coletiva. Os filmes de TV que ocupam o horário da TV e do rádio, estrelados pelos próceres do partido mostram que eles se esqueceram rapidinho dos desmandos e das trapalhadas no partido nas duas vezes que governo o DF. E que nenhuma das vezes conseguiu a reeleição por absoluta e inapelável rejeição do eleitorado.

Velhas caras no ar

As caras são as mesmas de sempre, mostrando que renovação não é o forte da vetusta e carcomida seção brasiliense do partido. O distrital Chico Vigilante aparece falando mal da saúde, se esquecendo da tragédia que foi principalmente o governo Agnelo, quando a UPA de Ceilândia, por exemplo, foi inaugurada sem médicos e enfermeiros. E da greve sem fim do governo Cristovam.

Faltou vigilância

Vigilante parece ter dormido no ponto quando deixa de citar que Ibaneis Rocha, sozinho, construiu mais Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que todos os governos anteriores, espalhou Unidades Básicas de Saúde por todas as regiões e ampliou o número de bases do Samu. E, nunca é demais lembrar: enfrentou quase três anos de pandemia, quando a covid-19 virou o mundo do avesso. Oposição não pode ser feita sem honestidade.

Acusação requentada

Também falta verdade na participação de Geraldo Magela, que está há décadas sem conseguir um mandato. Na última eleição não conseguiu uma vaga na Câmara Legislativa, mostrando a decadência de suas propostas. Mesmo assim, o ex-político busca requentar o episódio do 8 de janeiro, tentando colocar a questão no colo do governador, quando já se sabe que ele nada teve a ver com a baderna.

 

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Surto de falta de memória

Deve ter se esquecido dos recentes processos que envolveram colegas de partido, todos muito graves e que se aproveitaram de falhas judiciais para descondenar os envolvidos. Alguns produtos podem ajudar: Gingko Biloba, Lavitan, Memoriol, Pharmaton, Tebonin, Gerovital, todos à venda nas boas farmácias.

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Muito a explicar

O PT do DF tem muita coisa para explicar para o eleitor, caso da modelagem e licitação das empresas que fazem o transporte urbano no Distrito Federal, ainda hoje em voga, e que custa caríssimo para o contribuinte com um serviço contestado. E também do estádio Mané Garrincha, ainda hoje o mais caro do mundo, que drenou recursos de áreas mais próximas ao programa do partido.

Exceção, mas não muito

O resultado desse desarranjo é que a seção local do PT não ocupa nenhum cargo de importância na Esplanada. A exceção é Swedenberger Barbosa, que nunca disputou eleição, mas é um líder no partido, que está na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Mas sabe-se que ele foi apadrinhado pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra – ou seja, o fato de ser do PT-DF não ajudou nada.

 

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Política do jeito antigo

É um jeito velho de fazer política, que não ajuda na renovação de um partido que sequer lançou candidato ao governo nas últimas eleições, depositando o encargo – por falta de chances e de candidatos – no minúsculo Partido Verde. Ibaneis Rocha teve mais problemas em vencer partidos à direita, como o PSD de Paulo Octávio e o PTB do Coronel Moreno, do que derrotar a esquerda. É possível fazer política construindo ao invés de destruir, como o PT nacional demonstrou na última eleição presidencial.

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Armando Guerra
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