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Magela se escala para a disputa

O ex-deputado distrital Geraldo Magela está desafiando as alas mais pragmáticas do Partido dos Trabalhadores e quer disputar o Governo do Distrito Federal. Há quem acredite que o projeto Lula passe por uma grande aliança com vários partidos e grupos, mas Magela acredita que isso não inviabilizaria uma campanha em que ele esteja à frente da chapa. Na verdade, com a saída da senadora Leila Barros do PSB, o PT deve liderar a chapa mais à esquerda.

Candidatura própria

Magela tem dito a companheiros que é candidato capaz de unir o partido e ainda agregar outras forças para a disputa, embora publicamente diga que não fecha questão. “Só defendo é que o PT tenha candidato ao GDF, como sempre ocorreu, desde a primeira eleição”, disse.

Quatro anos em quatro dias

De volta à Câmara Legislativa, o deputado distrital Rafael Prudente aproveitou bem seus quatro dias no cargo de governador do DF. Além de ocupar a sala de Ibaneis Rocha, que fez questão que ele despachasse do seu gabinete, Prudente rodou bastante: esteve em pelo menos seis cidades em compromissos oficiais: Itapoã, Paranoá, Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia), tentando fazer quatro anos em quatro dias.

Gastando sola de sapato

Entre outras ações, Rafael Prudente recebeu carregamento de vacinas contra covid-19 do governo federal, assinou Projeto de Lei de modernização de carreira de Assistência à Saúde, entregou medalha da Ordem D. Pedro II no Corpo de Bombeiros, prometeu a construção de mais 1.500 moradias em Samambaia e investimento de R$ 500 mil na iluminação pública do Sol Nascente/Pôr do Sol, visitou a obra da UBS do Paranoá Park (quase pronta) e da praça no Paranoá. E ainda disse que o governador Ibaneis foi generoso em deixá-lo gastar bem esses dias, o que se viu com R$ 5 milhões liberados para as administrações e R$ 10 milhões para o programa de obras Renova-DF.

Triplicando a meta

O governador Ibaneis Rocha pode triplicar a meta inicial de entrega de unidades habitacionais para famílias de baixa renda no DF. Em sua campanha eleitoral, ele havia prometido mais 20 mil residências, mas pelas últimas contas da Codhab, serão pelo menos 60 mil casas e apartamentos até o final do próximo ano. Além dos grandes projetos que já estão sendo entregues ou em andamento, várias áreas estão sendo liberadas para resolver o problema que, na verdade, nasceu com a inauguração de Brasília.

Áreas regularizadas

O GDF também tem feito uma série de ações para regularizar áreas que já são ocupadas por moradores. O exemplo mais evidente é o de Arniqueiras, onde as famílias estão podendo se beneficiar do programa de venda direta da Terracap, inclusive com linhas de crédito e abatimento para quem pagar à vista. É o mesmo que foi feito em Vicente Pires e em várias áreas do DF.

Democracia engatinhando

A democracia brasileira ainda tem muito o que aprender. O caso recente da aprovação do bilionário fundo partidário levanta a velha questão do financiamento público de campanha, tão defendido por partidos, principalmente à esquerda. Mas dois deputados federais eleitos pelo Distrito Federal, Bia Kicis e Laerte Bessa – ambos identificados com a direita – votaram a favor do fundo, justificando que como o reajuste estava embutido da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) era preciso aprovara para não paralisar o governo.

O preço da hipocrisia

Mas é questão é muito mais profunda. Com a proibição de empresas contribuírem para as campanhas eleitorais, o único caminho é mesmo o financiamento público, o que tira dinheiro da saúde, infraestrutura, educação e outras áreas que poderiam receber os R$ 5,7 bilhões que agora vão para os bolsos dos partidos políticos. É o preço da hipocrisia. Os partidos que mais lucram com essa derrama de dinheiro são o PT e o PSL.

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