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OS “PREFEITOS” DE BRASÍLIA O Brasil vai às urnas em 2024 para eleger prefeitos e vereadores em 5.568 municípios. Ficam fora das próximas eleições os eleitores de Brasília. O Distrito Federal não tem prefeitos. Tem administradores regionais, que exercem cargo similar ao de prefeito. São 35 “prefeitos” com salário de R$ 18 mil, nomeados para …
O Brasil vai às urnas em 2024 para eleger prefeitos e vereadores em 5.568 municípios. Ficam fora das próximas eleições os eleitores de Brasília. O Distrito Federal não tem prefeitos. Tem administradores regionais, que exercem cargo similar ao de prefeito. São 35 “prefeitos” com salário de R$ 18 mil, nomeados para cuidar das cidades que administram. A maioria dos administradores, porém, o que menos faz é cuidar da cidade.
Talvez pelo fato de não ter sido eleito e por isso não ter compromisso direto com o eleitor, a maioria não está nem aí para os problemas dos moradores. Os moradores também não estão nem aí para eles. Tanto que poucos são os “prefeitos” que viraram parlamentares. Estes, por sua vez, preferem tê-los como cabos eleitorais. Missão fadada ao fracasso, já que a maioria é desconhecida pelos moradores. E por serem gestores quase invisíveis, têm pouca ou nenhuma influência junto aos eleitores.
Foi-se o tempo em que o administrador regional era figura popular. Popularidade que se traduzia em votos. Ícones daquele tempo: Maria de Lourdes Abadia, Benedito Domingos e Valmir Campelo Bezerra. Todos foram administradores regionais antes de tornarem parlamentares.
Ajudou a fundar Ceilândia, cidade que administrou por 10 anos (1975-1985). Foi deputada federal, deputada distrital e vice-governadora de Joaquim Roriz, a quem sucedeu, tornando-se a primeira mulher a governar o DF. O estádio de futebol de Ceilândia tem o nome dela: Abadião.
Por duas vezes, Bené administrou Taguatinga (1979-1981 e 2007-2008). Foi deputado federal (1994-1998), vice-governador de Roriz (1998-2002) e deputado distrital por oito anos (2007-2015). Manchou a carreira política ao ser preso em maio de 2016 acusado de corrupção.
Administrou três cidades: Brazlândia (1973), Gama (1974-1981) e Taguatinga (12981-1985). Foi senador, deputado federal e presidente do Tribunal de Contas da União. Candidato ao Palácio do Buriti em 1994, perdeu para o então petista Cristovam Buarque. Também virou nome de estádio de futebol: o Bezerrão, no Gama.
Hoje, poucos sabem responder na ponta da língua o nome dos administradores de suas cidades. Teste rápido: nome dos atuais administradores do Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, os maiores colégios eleitorais do DF?
A invisibilidade dos gestores e a visível inércia da maioria dos “prefeitos” acabam prejudicando a imagem do governador Ibaneis Rocha, aprovado por mais de 60% dos brasilienses. Exemplo clássico: o entulho deixado nas ruas após inauguração de grandes obras, como o Túnel Rei Pelé e o Boulevard de Taguatinga. O administrador não recolhe o entulho nem cobra que seja retirado pelos órgãos que deveriam fazê-lo. A culpa acaba recaindo nas largas costas do governador, que se vê obrigado a fazer o que os administradores não fazem.
A Lei Orgânica do DF prevê eleições para administrador regional. Em 2017, a Câmara Legislativa aprovou projeto do deputado Chico Vigilante (PT) instituindo o voto direito para “prefeitos” do DF. Projeto vetado em 2018 pelo governador Rodrigo Rollemberg, que em campanha prometera eleições diretas para administradores regionais.
A Câmara derrubou o veto e promulgou a Lei 6.260 em janeiro de 2019, já no Governo Ibaneis. O governador recorreu ao Tribunal de Justiça do DF, que julgou a lei inconstitucional. O TJDF entendeu que a escolha é exclusiva do chefe do Executivo. Em fevereiro de 2019, antes de recorrer à Justiça, Ibaneis apresentou projeto instituindo que os “prefeitos” seriam eleitos por associações de moradores, cabendo ao governador nomear o administrador entre os seis mais votados em cada cidade. Desde então, o projeto dorme nas gavetas da Câmara Legislativa.
Armando Guerra
[email protected]
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