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4 de fevereiro, 2025

PRIVATIZAÇÃO DO METRÔ Depois da CEB e da Rodoviária do Plano Piloto, o Metrô de Brasília é o próximo na lista de privatizações do governador Ibaneis Rocha (MDB). A ideia foi plantada em maio de 2019, primeiro ano do primeiro mandato de Ibaneis. O projeto de concessão da companhia à iniciativa privada foi formalizado em …

PRIVATIZAÇÃO DO METRÔ

Depois da CEB e da Rodoviária do Plano Piloto, o Metrô de Brasília é o próximo na lista de privatizações do governador Ibaneis Rocha (MDB). A ideia foi plantada em maio de 2019, primeiro ano do primeiro mandato de Ibaneis. O projeto de concessão da companhia à iniciativa privada foi formalizado em 2020, ano em que também foi discutido pública e exaustivamente. No calor dos debates, o Tribunal de Contas do DF embarcou no processo. Aí o trem parou.

Decisões demoradas

A Corte colocou nos trilhos da privatização um comboio de questionamentos. Atendendo às exigências do Tribunal, a Secretaria de Transporte e Mobilidade respondeu com um calhamaço de mais de 500 páginas. A última decisão do TCDF sobre a privatização do Metrô foi em junho de 2022, quando cobrou mais explicações à Semob. Desde lá, o trem não anda nem desanda.

Prazo questionado

Um dos questionamentos do Tribunal é sobre o prazo da concessão: 30 anos. Técnicos da Corte consideram muito longo, mas não apontam o tempo que entendem como aceitável para que os empresários ponham o Metrô nos trilhos.

Negócio de R$ 9,8 bilhões

O valor da concessão do Metrô não é a pedra no caminho da privatização. Até o ano passado, o negócio estava estimado em R$ 9,83 bilhões. De lá pra cá, o Metrô já passou por diversos perrengues, um atrás do outro. Somente em 2023, os trens deixaram de circular 54 vezes, sendo 37 panes provocados por problemas de gestão interna e 17 por causas externas, inclusive furtos de cabos elétricos.

Luz no fim do trilho

E assim, entre panes, paralisações, desgastes da malha, reclamações, morosidade jurídica e incertezas, caminha a privatização do Metrô de Brasília. Luz no fim do túnel, quiçá em 2024. Até lá, durma-se com esse barulho.

O DESCASO DE ROLLEMBERG

Em maio de 2018, o então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi convidado para ocupar uma das cadeiras do renomado Instituto Histórico e Geográfico do DF. Convite feito pessoalmente pelo então presidente da instituição, Ronaldo Poletti. Candidato à reeleição ao Palácio do Buriti, Rollemberg foi derrotado por Ibaneis Rocha. Com a derrota, perdeu o rumo e ignorou o convite do Instituto.

Cristóvão na área

Em maio de 2023, o ex-governador Cristóvão Buarque (hoje no Cidadania) foi eleito para o Instituto. Tomou posse. Coincidência ou não, em julho, Paulo Castelo Branco, atual presidente do órgão, baixou decreto dando a Rollemberg seis meses para assumir a cadeira. O ex-governador catou e andou. O prazo venceu. Fora do prazo, ele ainda tentou assumir. Mas aí, Inês é morta. Rollemberg está fora. Exclusão confirmada sábado passado por Castelo Branco. Assim, Cristóvão continua sendo o único ex-governador do DF a ocupar cadeira no histórico Instituto.

GUERRA AOS PETS

A Câmara Legislativa está em recesso e só retorna em 1º de fevereiro de 2024. Ao retomar os trabalhos, pode ser tarde demais para barrar a aprovação da nova convenção do Condomínio Mônaco, no Jardim Botânico. Ela proíbe que os moradores alimentem e abriguem animais domésticos mesmo que temporariamente. A transgressão resultará em multa.

Frente Parlamentar

As novas regras do Mônaco desafiam a Frente Parlamentar em Defesa dos Animais do DF, criada em maio de 2023 por deputados federais e distritais brasilienses. Presidida pelo deputado Daniel Donizet (MDB), a Frente nasceu com o compromisso de fazer valer 17 leis distritais de proteção dos animais. Entre elas, a construção de abrigos públicos para tratar e alimentar animais resgatados. Mesmo com a Câmara em recesso, a Frente continua tendo o dever de proteger os animais, inclusive os cães e gatos comunitários do Mônaco. Alguém se mexe?

Armando Guerra
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