MAMATA MOMESCA

Ser dono de bloco de carnaval virou ótimo negócio em Brasília. O sujeito não faz nada o ano todo. Quando chega o carnaval, ele põe o bloco na rua, cai na folia e ainda é pago pelo Governo do Distrito Federal para se esbaldar na avenida. No carnaval de rua de 2024, a Secretaria de Cultura vai gastar R$ 5 milhões 810 mil para bancar a farra de 56 blocos. Até mini blocos, aqueles que juntam alguns gatos-pingados, vão mamar nas tetas do governo.

Custo por bloco

A Secretaria de Cultura separou os blocos em cinco categorias. Cada bloco receberá um valor fixo conforme a categoria. A grana ficou assim dividida: R$ 480 mil para 16 mini blocos (R$ 30 mil por bloco); R$ 450 mil para 10 grupos de pequeno porte (R$ 45 mil); R$ 1 milhão 330 mil para 14 agremiações de médio porte (R$ 95 mil); R$ 1 milhão 50 mil para 6 de grande porte (R$ 175 mil) e mais R$ 2,5 milhões para 10 blocos de porte especial (R$ 250 mil cada). As inscrições para pegar essa grana foi aberta ontem e vai até o próximo dia 30.

E ainda reclamam

O dinheiro foi garantido após os “agentes culturais” (leia-se, os donos dos blocos) protestarem contra o GDF e pressionarem a Secretaria de Cultura a dar dinheiro público para bancar a festa. Sem essa grana, ameaçavam não sair. Fato que desafina o samba: esses blocos passam o ano todo sem promover qualquer evento que gere dinheiro para que eles possar desfilar com as próprias pernas, sem depender dos cofres públicos. Pior: os tais agentes culturais ainda reclamaram da “mixaria” que vão embolsar.

JARDIM BOTÂNICO

Ao mesmo tempo em que prende empresários que criaram condomínio irregular no Altiplano Leste, no Jardim Botânico, o GDF regulariza mais dois condomínios na mesma região. O Diário Oficial do DF de hoje (21) publica decretos do governador Ibaneis Rocha aprovando os projetos dos condomínios Jardim dos Eucaliptos e Alta Brisa (Tororó). Agora, o Jardim Botânico passa a ter 53 condomínios reconhecidos, a maioria ainda em processo de regularização.

METRÔ DE BRASÍLIA

Diante de diversos casos de furtos de cabos elétricos e depredação, a direção do Metrô de Brasília decidiu aumentar a segurança dos trens e de suas linhas. Abriu licitação para compra de grades de proteção para toda a malha metroviária, incluindo estacionamentos e prédios do Metrô. O valor a ser pago é guardado a sete chaves, conforme determina a lei. O Metrô é o próximo da lista de privatizações do Governo Ibaneis.

CHAME A CAVALARIA

A Cavalaria da Polícia Militar do DF está sendo reforçada. Não com a admissão de mais soldados, mas com a compra de novos equinos. Para a Polícia Montada vão ser adquiridos 25 cavalos da raça Brasileiro de Hipismo (BH). Por cada animal, a PM pagará R$ 48.900. Custo total da manada: R$ 1,2 milhão.

Empresa eclética

O resultado do pregão eletrônico saiu ontem. Venceu a empresa Novo Horizonte Comércio e Serviços. É uma microempresa com sede em Goiânia, fundada há menos de seis meses. Sua principal atividade é o comércio varejista de animais vivos, mas também é locadora de automóveis, vende computadores e faz manutenção elétrica.

8 de Janeiro

O cavalo BH é leve, ágil e grande. Aquenta o tranco. “Drácula”, um exemplar dessa raça, foi o cavalo que carregava um PM agredido a pauladas por bolsonaristas no 8 de Janeiro. Ambos foram feridos, mas logo voltaram ao trabalho. Mais de 200 bolsonaristas golpistas acabaram presos. Muitos desses animais de duas pernas continuam pastando na Papuda.

Armando Guerra
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