
Gourmet Brasília
Galinha à Cabidela, o prato preferido de JK
Durante a construção de Brasília, entre 1956-1961, ele não dispensava uma galinha ao molho pardo
A oposição tenta fazer um cavalo de batalha usando todos os subterfúgios para criticar o governo, mesmo que todos saibam que o problema vem de longe
O dilúvio que caiu sobre o Distrito Federal no último dia 10 ainda rende. A oposição tenta fazer um cavalo de batalha usando todos os subterfúgios para criticar o governo, mesmo que todos saibam que o problema vem de longe e que o temporal foi anormal. O deputado Max Maciel (Psol), por exemplo, tentou faturar dividendos políticos com a desgraça alheia, provocando a cizânia.
Segundo o parlamentar, o projeto Drenar, uma ação que nenhum governo teve coragem de fazer e que vai resolver os problemas de alagamento no início da Asa Norte, deveria ter sido iniciado por Ceilândia. Talvez tenha se esquecido que muitos governos passaram desde a inauguração da cidade e ninguém fez nada. Ele próprio, aliás, nunca destinou qualquer emenda para ajudar a resolver o problema.
Com quase 35 anos de idade, Ceilândia tem problemas históricos de infraestrutura, uma vez que a cidade foi erguida com grande velocidade, para abrigar milhares de pessoas que viviam em invasões espalhadas por todo o DF. Nascida do Centro de Erradicação de Invasões – por isso o nome CEIlândia – a cidade cresceu e hoje é a maior do DF, com mais de 350 mil habitantes. O problema é parecido em Pôr do Sol/Sol Nascente, outra ocupação que cresceu desordenadamente e vem sendo urbanizada com milhares de pessoas morando.
Mas os problemas de alagamento provocado pelas chuvas nem se comparam. Na Asa Norte, carros são arrastados, garagens lojas são invadidas pela água e o prejuízo é incontavelmente maior, já que há uma elevação natural que forma uma grande enxurrada. Nas primeiras quadras da Asa Norte o programa está em estágio avançado, com galerias abertas e uma grande praça, nas proximidades do Iate Clube, com uma lagoa de decantação.
Mas as obras não param por aí. Há projeto para as quadras centrais da Asa Norte, que foram as maiores prejudicadas pelas últimas chuvas, Taguatinga e Ceilândia. Há que se considerar o tamanho do investimento exigido por uma obra dessa envergadura. De qualquer modo, Ibaneis Rocha foi o único governador disposto a fazer o que os políticos chamam de “obra enterrada”, que não dá voto.
A pista exclusiva para ônibus (BRT) do Setor Policial Militar está praticamente pronta. É mais uma etapa na modernização da malha viária do Distrito Federal, que estava estacionada há anos. A pista foi construída em concreto, o que aumenta a durabilidade e não exige tanta manutenção. A nova faixa começa cerca de 200 metros antes da sede da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), na Quadra 3 da ESPM, e termina no viaduto da W3 Sul. A pista contemplará os dois sentidos.
Mas as obras do chamado corredor Oeste não terminam por aí e agora chegaram à Estrada Parque do Setor Gráfico, com uma extensa intervenção que vai até o Eixo Monumental. Quando ficar pronta, o Plano Piloto e Pôr do Sol/Sol Nascente estarão interligados – passando por Taguatinga e Ceilândia – por uma grande pista só para ônibus, o que deve melhorar bastante a vida de quem usa o transporte público.
Durante a construção de Brasília, entre 1956-1961, ele não dispensava uma galinha ao molho pardo
O setor de serviços do Distrito Federal registrou alta expressiva de 9,2% em fevereiro de 2025, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE.
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…