COLUNAS

AGORA-DF

4 de fevereiro, 2025 | Por: Armando Guerra

BURITI REAGE

Em menos de 24 horas, o GDF anunciou que nos próximos três anos vai investir R$ 2 bilhões para melhorar os vencimentos dos profissionais da educação pública

BURITI REAGE

O Governo Ibaneis Rocha reagiu rápido à campanha grevista deflagrada ontem pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro). Em menos de 24 horas, o GDF anunciou que nos próximos três anos vai investir R$ 2 bilhões para melhorar os vencimentos dos profissionais da educação pública. Somando os aportes feitos desde 2022, chegará a mais de R$ 2,2 bilhões. Bolada aplicada em nomeações de concursados, reajustes, gratificações e incorporações aos salários dos professores. É um tapa na cara do Sinpro, curral da esquerda brasiliense.

Aumento gigante

O Governo Ibaneis, ao contrário do que o Sinpro apregoa, tem atendido às reivindicações dos professores. Em 2022, para melhorar os salários dos mestres, foram injetados R$ 52,5 milhões. Em 2023, subiu para R$ 135,8 milhões. Até o final de 2024 serão mais R$ 466,7 milhões. Para 2025 está previsto aporte de R$ 669,6 milhões e em 2026, ao final do Governo Ibaneis, mais R$ 951,1 milhões. Fechando as contas, entre 2022 e 2026, Ibaneis terá investido mais de R$ 2,2 bilhões nos salários dos professores. Aumento gigante, superior a 1.700%.

Sinpro omite

O Sinpro esconde os números. Não mostra à categoria o que o Governo Ibaneis tem feito pelos professores. Não mostra que 100% das vagas previstas em edital foram preenchidas por professores concursados. Omite que os servidores tiveram reajuste de 18%. Esconde também como os professores eram destratados nos Governo Agnelo Queiroz (PT) e Armando Rollemberg (PSB). Desses dois governadores, só os partidos de esquerda sentem saudades. Os professores não.

ABRIGO DE PASSAGEIROS

A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) anunciou investimentos de R$ 10,3 milhões para a instalação de 850 “abrigos reduzidos” de passageiros, ao custo unitário de R$ 12,1 mil. Os novos abrigos serão instalados em pontos que não mais comportam paradas convencionais e em locais onde simplesmente não existe espaço para os passageiros. Em todo o DF existem quase 6 mil pontos de ônibus. Destes, 2 mil não dispõem de abrigos adequados. As novas instalações irão, assim, suprir parte dessa demanda. Apesar de insuficiente, já é um avanço. Mas poderia ser melhor.

Casa de Pombo

A questão não é a quantidade de novos abrigos a serem instalados. A questão está na qualidade. “Abrigo reduzido” é eufemismo para casa de pombo – com todo respeito à família Columbidae. Mas é isso mesmo que Brasília vai ganhar. Como o próprio nome já diz, os “abrigos reduzidos” são de fato reduzidos, ou melhor, reduzidíssimos, a exemplo da casa da família Pombo, embora a arquitetura desta seja mais interessante.

Espaço de 6m²

Cada abrigo tem apenas 6m². É formado por dois módulos em concreto pré-moldado, que se encaixam tipo aquelas peças do brinquedo Lego. Capacidade para apenas quatro passageiros sentados. Mais do que isso, o passageiro ficará em pé ou desabrigado.

Agressão arquitetônica

Os novos abrigos copiam a arquitetura insípida do modelo espalhado por aí, uma afronta à beleza da Cidade Monumento. Os atuais e os novos abrigos, além de minúsculos e esteticamente horrorosos, têm em comum outros defeitos: são frágeis, desconfortáveis e não protegem os passageiros nem do sol, da chuva, do vento e muito menos da poeira. Brasília não merece.

BOA NOTÍCIA

A Semob anunciou que vai investir R$ 56 milhões na construção de 2 mil abrigos convencionais de passageiros. Serão 1.070 em pontos sem abrigos e 930 para substituir paradas deterioradas. O edital já foi lançado e as propostas devem ser entregues até 3 de abril. Espera-se que, além da quantidade, a Semob se preocupe também com a qualidade tanto em relação à funcionalidade e conforto quanto ao padrão arquitetônico. Brasília agradece.


MALDADE
Novo apelido do Lula: “Presidengue”.


[email protected]

Artigos Relacionados