![Economia$Capital](https://brasiliaagora.com.br/wp-content/uploads/2025/02/imagem-redimensionada-20250204170021152.webp)
AGORA-DF
4 de fevereiro, 2025 | Por: Armando GuerraA NOVA BRASÍLIA
Aumento de 21% em relação a 2021, quando foram contabilizadas 6.966 separações. Este foi o maior número em todo o Brasil
A NOVA BRASÍLIA
O Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente duas pesquisas que apontam para o surgimento de uma nova Brasília. Não se trata da edificação de uma nova cidade. Trata-se do aparecimento de uma nova geração brasiliense, menos agregada aos laços familiares tradicionais e com mais idosos do que jovens. É o sinal de alerta para que políticas públicas sejam traçadas hoje, visando a nova Brasília que surgirá num futuro bem próximo.
Capital do Divórcio
Uma das pesquisas mostra que o DF registrou número recorde de divórcios em 2022: 8.428, o maior em 10 anos. Aumento de 21% em relação a 2021, quando foram contabilizadas 6.966 separações. Este foi o maior número em todo o Brasil, o que levou Brasília ser chamada também de “Capital do Divórcio”.
O fator covid
A pesquisa não faz qualquer relação com a pandemia da covid-19. Mas é bom lembrar que 2021 foi o ano do pico do coronavírus. Os casais passaram a conviver mais próximos. Marido e mulher vivendo sob o mesmo teto 24 horas por longos meses. Um dos dois – ou ambos – não aguentou. Quase 7 mil casais se divorciaram naquele ano. Outros 8,4 mil casais, que vinham se suportando, se separaram um ano depois ao retornar à vida normal. Coincidência?
PARTOS DIMINUEM
A outra pesquisa do IBGE revela que os brasilienses estão procriando menos. Pelo quinto ano consecutivo, número de crianças nascidas no DF caiu. Em 2022, foram registrados 36.042 nascimentos, queda de 5,3%em relação a 2021, ano do pico da pandemia, quando os cartórios do DF registraram 37.844 novos bebês.
Taxa em queda
Entre 2000 e 2017, o número de nascimento parece gangorra: sobe e desce. Em 2000, foram 47.991 bebês. Caiu para 44.252 em 2010. Esse número foi quase o mesmo registrado sete anos depois. Em 2017, foram 44.520 nascimentos. De lá para cá, a taxa de natalidade só vem caindo.
Menos jovens, mais idosos
Consequência dessa queda: em 10 anos, a população brasiliense terá mais idosos do que jovens. Hoje, são 12,3% de idosos e 19% de jovens. A Codeplan calcula que em 2032, 17,1% dos habitantes terão entre zero e 14 anos de idade. Os moradores com 60 anos ou mais serão 17,75% da população do DF. Essa será a nova velha Brasília.
CÂMARA COLHE FRUTOS
Começou a dar frutos a Comissão de Produção Rural e Abastecimento (CPRA), o 12º colegiado permanente da Câmara Legislativa. Criada em outubro de 2023, a comissão começou a andar ontem, quando foi realizada a primeira sessão do colegiado. E ali brotou o primeiro fruto: a aprovação do Projeto de Lei 918/2024, da deputada Doutora Jane (MDB), que institui o Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital (Prorred). Uma ferramenta que vai facilitar acesso às propriedades rurais e a chegada de serviços públicos no campo, melhorando a qualidade de vida de quem mora na roça.
Birra da esquerda
Preside a comissão o deputado Pepa (PP), autor da proposta, endossada por 11 distritais de seis partidos: MDB, PP, PL, União Brasil, Cidadania e Avante. Nenhum deputado de esquerda assinou a proposta. Talvez por birra com o agronegócio. Esquecem que a comissão irá tratar também das causas dos trabalhadores que comandam a agricultura familiar: os pequenos produtores rurais.
MEIA-BOCA
Foi muito meia-boca a festa de refiliação do senador Izalci Lucas ao Partido Liberal, realizada ontem no Minas Hall. O salão da casa de eventos tem capacidade para 3 mil pessoas. Se mil compareceram, é exagero. Pelo menos Izalci teve os seus 15 minutos de fama. Conseguiu foto ao lado do casal Michelle e Jair Bolsonaro, a estrela decadente do PL.