AGORA-DF
4 de fevereiro, 2025 | Por: Armando GuerraTODOS CONTRA O BULLYNG
O Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas foi ontem.
Nada a comemorar, muito a preocupar. Em janeiro deste ano, o presidente Lula sancionou a Lei 4.224/21, que insere o bullying e o cyberbullying (agressões por meio digital) no Código Penal. Entre 2010 e 2023, os casos de bullying no Brasil subiram de 19.710 para 121.671 ocorrências. Aumento assustador de 517,3% em 13 anos. Média de quase 10 mil casos por ano no país. O levantamento é do Colégio Notarial do Brasil, instituição dos tabeliães, publicado logo após a sanção da lei. Um horror!
Os números do DF
No Distrito Federal, o número de casos subiu de 1.056 em 2020 para 2.453 em 2023, crescimento de 132,2% em três anos. Dessas agressões a estudantes entre 13 e 17 anos, 22,1% ocorreram em escolas públicas e 20,8% em particulares, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) do IBGE com base em dados de 2019.
O caso de São Sebastião
O caso mais recente registrado no DF ocorreu no início de março deste ano, no Centro Educacional São José, em São Sebastião, onde um garoto de 15 anos atacou a facadas três colegas e uma monitora. Felizmente, nenhuma das vítimas foi ferida gravemente. Em depoimento à polícia, o até então pacato adolescente revelou que há um ano era alvo de xingamentos na escola por causa de sua aparência física. Ele pediu ajuda psicológica. O caso de São Sebastião serve como sinal de alerta para que as atenções sejam redobradas dentro das escolas, nos lares e nas redes sociais.
Nota zero
Pena que os educadores não aproveitaram a data para fortalecer o combate ao bullying e à violência no ambiente escolar. Nesta matéria, o Sindicato dos Professores (Sinpro), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) e a Secretaria de Educação tiraram zero.
ATENÇÃO À EDUCAÇÃO
É da natureza política da oposição – seja ela qual for – atacar o governo – seja ele qual for. No caso da Educação, mesmo diante de resultados positivos, a oposição ataca o Governo Ibaneis Rocha. É o caso, por exemplo, do crescimento das vagas em creches e do atendimento a estudantes com necessidades especiais.
Vagas nas creches
No caso das creches, Ibaneis herdou dos Governos Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) um déficit de 23.500 vagas. Em menos de cinco anos, o governador abriu 9.500 vagas, reduzindo o déficit para 14 mil. Hoje, o GDF garante 31.496 vagas em creches públicas e conveniadas. Ainda este ano, Ibaneis deve ofertar mais 5 mil vagas, baixando o déficit para 9 mil. Mantendo esse ritmo de entrega de novas creches, quando concluir o mandato ao final de 2026, Ibaneis certamente deixará uma herança bem melhor do que recebeu.
Inclusão social
Quanto à Educação Especial, o número de estudantes é quase o mesmo atendido nas creches. Estão sendo beneficiados 30.370 crianças e adolescentes com necessidades especiais, distribuídos em 835 escolas em todo o DF. Merece atenção as escolas que oferecem cursos bilíngues na Língua Brasileira de Sinais (Libras). São 60 instituições. Entre elas, destaca-se a Escola Bilíngue de Taguatinga, modelo em inclusão que contribui também para combater o bullying nas escolas.
RODOVIA DO MORANGO
A fama de “rodovia da morte” da BR-080 está com os dias contados. Em breve, começam as obras de duplicação dos 24 km da via, entre a DF-001 e a vila Vendinha, na divisa de Brazlândia com Goiás. Parceria entre os Governos Ibaneis e Lula. Investimento: R$ 315 milhões. Entrega: segundo semestre de 2025, no auge da colheita do morango. Já pode ser batizada de Rodovia do Morango.