
Gourmet Brasília
Galinha à Cabidela, o prato preferido de JK
Durante a construção de Brasília, entre 1956-1961, ele não dispensava uma galinha ao molho pardo
A segurança pública – ou a falta dela – já entrou na pauta das eleições de 2026. Pauta que não se limita à escalada da violência.
Abrange outras frentes da criminalidade, como a presença de facções dentro do poder público. Debate-se também o que os governantes de hoje estão fazendo para proteger a população da bandidagem. A revista “Veja” desta semana publica levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), a partir de dados fornecidos pelos governos estaduais e compilados pelo Ministério da Justiça.
O levantamento aponta que o Distrito Federal é a terceira unidade da federação a apresentar taxa de homicídio abaixo da média nacional: 8,02 por 100 mil habitantes. Perde apenas para Santa Catarina (6,78) e São Paulo (5,64), conforme dados do Sinesp de 2021.
Os dados do Sinep revelam também as seis unidades federativas que, entre 2017 e 2023, conseguiram reduzir três tipos de crime mais comuns no Brasil: homicídios, latrocínios, roubo e furto de veículos. Nesse seleto grupo estão: Distrito Federal, Espírito Santos, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O DF, conforme o Sinesp, registou, nos seis últimos anos, queda de 58% nas ocorrências de roubo e furto de veículos, 54% no número de homicídios e 50% nos casos de latrocínio (roubo seguido de morte). Goiás apresenta queda mais acentuada nesses tipos de crimes no mesmo período. Homicídios reduziram 56%, latrocínios caíram 88% e roubo e furto de veículos baixaram 80%.
A “Veja” revista resume o que o governador Ibaneis Rocha (MDB) fez para melhorar a segurança pública. Diz a revista: “A aposta na priorização do uso de tecnologia no combate à criminalidade faz parte também da política adotada no Distrito Federal”. Entre as ações, a revista enumera: uso de bips por mulheres vítimas de violência e que estão sob medida protetiva; tornezeleiras em 500 homens acusados de agredir ex-companheiras; e pequenos alarmes para comerciantes do Setor de Diversões Sul. Esses dispositivos, quando acionados, possibilitam que a PM atue com mais rapidez e eficiência no atendimento às vítimas.
Outras ações executadas pelo Governo Ibaneis para reduzir esses crimes no DF: investimentos em infraestrutura urbana; construção e recuperação de vias com asfalto e iluminação pública; monitoramento de bairros que apresentam maior índice de criminalidade; instalação de câmeras de vídeo para monitorar os locais considerados mais perigosos; e a implantação de banco de dados para unificar a base das ocorrências.
A reportagem da Veja não abrange dados deste ano sobre outro tipo de crime: o feminicídio. Mas a Secretaria de Segurança Pública acompanha com certo alívio o cenário atual dos casos de feminicídio. Em 2023, foram 34 ocorrências. Desde março até hoje, nenhum caso foi registrado no DF. Todos rezam para que continue assim.
Num curto espaço de 50 dias, o governador Ibaneis Rocha compareceu duas vezes ao cemitério Campo da Esperança para se despedir de amigos que partiram muito cedo. Primeiro foi em 11 de março, quando se despediu do jornalista Paulinho Pestana, o amigo que levou Ibaneis a disputar o primeiro mandato e a reeleger o governador. “Uma perda muito grande”, lamentou Ibaneis. “Um excelente articulador, profissional excepcional. Perco um dos meus principais mentores políticos”.
Hoje, Ibaneis foi dar o último adeus a Juliano Costa Couto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do DF). Em lágrimas, o governador quase não conseguiu se expressar: “É difícil falar. Ele era uma pessoa muito querida, sorriso o tempo todo, alegre, feliz, parceiro de seus amigos todos”.
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