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As mudanças para a próxima eleição

As mudanças nas regras eleitorais que estão em votação no Congresso Nacional, e que precisam estar aprovadas um ano antes para pode valer na eleição do ano que vem, ainda não estão definidas, mas já começam a influenciar a arrumação partidária no DF. E o reflexo é direto na cada vez mais certa candidatura de Ibaneis Rocha à reeleição, possibilitando a criação de um “chapão”, se realmente for confirmada a volta das coligações partidárias.

Bênção de Ibaneis

A deputada distrital Jaqueline Silva começou a dança das cadeiras, deixando o PTB – do sempre enrolado, e preso hoje, presidente Roberto Jefferson – para desembarcar no Agir (ex-PTC – Partido Trabalhista Cristão). Já era um movimento esperado e ocorreu sob as bênçãos de Ibaneis, na presença do presidente nacional do partido, Daniel Tourinho.

Mão de ferro

A deputada ficou sem espaço na agremiação depois que a mão de ferro de Jefferson colocou o pastor Fadi Faraj – ex-candidato a senador, derrotado em 2018 – na presidência. Não se sabe o destino do PTB brasiliense nas próximas eleições, mas é certo que o pastor tentará recolocar a irmão, Sandra Faraj, na Câmara Legislativa.

Garota materialista

Sandra Faraj, investigada pela Polícia Federal, ficou famosa por guardar um caderninho em que registrava seus desejos, pedindo intervenção divina para realizá-los. Entre pedidos políticos, como se aproximar do ex-governador Rollemberg e ganhar uma secretaria de Estado, havia outros bem mais materialistas: uma lancha de 32 pés, um avião para mais de sete pessoas, uma casa em Miami e até uma mansão no Lago Sul.

Embrião de aliança

A aproximação do Agir com o governador Ibaneis Rocha parece ser o embrião de um grande entendimento político-partidário, que abrigaria algumas das principais agremiações políticas em torno de sua candidatura, formando coligações inferiores que garantam também ampla eleição para uma base forte de deputados federais e distritais. Na chapa majoritária, estariam garantidas as vagas de Ibaneis (governador) e Flávia Arruda (senadora) – o resto, vice-governador e duas suplências no senado, ainda estão em aberto.

Dobradinha repetida?

O atual vice-governador, Paco Brito, não esconde a intenção de repetir a dobradinha vitoriosa na eleição passada e tem trabalhado duro para garantir a vaga. É um espaço disputado, ele sabe, mas está confiante, como afirmou ao jornalista Sandro Gianelli, que o entrevistou na rádio Metrópoles: “Eu vejo com a maior tranquilidade possível, significa que o governador Ibaneis e eu (Paco Brito) estamos bem e ninguém quer disputar com o governador, quer a vaga do vice.”

Alfinete afiado

E Paco Brito ainda alfinetou os concorrentes: “Onde estavam esses pretensos candidatos a vice na eleição passada?”

Gaiato barrado

O partido Novo procura um candidato a governador no Distrito Federal. Mas não quer qualquer um. Já dispensou pelo menos um gaiato – e que de novo não tem nada – que tentava entrar pela janela.

A volta de Estevão

O empresário Luiz Estevão, que está liberado pela Justiça, retoma as rédeas do PRTB em Brasília. Muita gente tentou tomar o partido que o elegeu presidente de honra, mas agora vai sentir na pele o poder dele. Aliás, a primeira providência deve ser o abandono da nomenclatura “de honra”, transformada por “presidente de fato”.

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