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8 de novembro, 2021

A dura vida de pária de Reguffe O senador Reguffe continua sem saber o que fazer nas eleições do ano que vem. A filiação do […]

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A dura vida de pária de Reguffe

O senador Reguffe continua sem saber o que fazer nas eleições do ano que vem. A filiação do ex-juiz Sérgio Moro em seu partido, o Podemos, dificultou ainda mais a vida do político, mas tudo é reflexo da política de isolamento que ele exerceu nos últimos anos, quando ficou sem partido, sem propostas e sem ter como avançar em algo que pudesse beneficiar o Distrito Federal. A vida de pária não é fácil.

Senador está isolado

A filiação de Moro está marcada para 10 de dezembro e, obviamente, ele será candidato a Presidência da República pelo Podemos. Isso, por si só, já isola Reguffe dos partidos de esquerda, onde Moro é persona non grata – sem possibilidade de se entender com PT, PSB, PDST, PSOL, PV e outros, para onde iria Reguffe?

Para onde ir?

Do outro lado do ringue estão os bolsonaristas PL, Republicanos, PP e outros do chamado centrão, onde Reguffe também não encontra guarida. Há ainda o centro, liderado pelo MDB que, como é óbvio, está com Ibaneis Rocha, inviabilizando qualquer aliança, embora os dois políticos tenham um relacionamento cordial e pacífico.

O abraço dos afogados

Está sobrando o Cidadania. Todas as fichas de Reguffe estão depositadas numa aliança com Leila Barros, senadora de primeiro mandato, que ainda não tem serviços prestados e não vai mais se eleger com o histórico de ex-atleta – até abandonou o nome Leila do Vôlei, que garantiu a eleição, sem marcar o nome de batismo. É pouco, quase um abraço de afogados.

Força cada vez menor

As pesquisas de opinião mostram que Reguffe ainda tem algum recall, mas está distante da força que teve, resultado de seu afastamento da vida política – em oito anos de emprego no Senado, pouco fez, menos apareceu e muito frustrou os eleitores com sua postura sempre dúbia, sua oposição reticente e pouca eficiência.

Vai que cola de novo…

Resta saber se o discurso de senador econômico vai colar mais uma vez, sem se esquecer que desta vez Reguffe passou oito anos recebendo salários e vantagens do Senado (como o melhor plano de saúde do país, por exemplo) e não mostrou trabalho. Aos amigos, Reguffe diz que quer continuar senador; o que mostra que bobo ele não é.

O que tem feito o seu deputado?

Historicamente, sabe-se que o eleitor não dá muita bola para os representantes que elege para cargos legislativos. A grande maioria das pessoas sequer se lembra para quem votou para deputado federal ou distrital nas últimas eleições. É uma falha da democracia brasileira, que abre brecha para todo tipo de comportamento dos parlamentares, como acontece agora no Distrito Federal, com o distrital Eduardo Pedrosa.

Trabalho não, política sim

Eleito pela força da família – a tia Eliana chegou a ser candidata a governadora, depois de anos na Câmara Legislativa – e pelo dinheiro das empresas de conservação e limpeza, Eduardo Pedrosa está de licença médica, a partir de um atestado que o dispensa de obrigações até o início de dezembro. No trabalho ele não vai, mas basta acompanhar as redes sociais para ver que o “problema” não o impede de circular pela cidade e fazer política.

Pelada não ganha jogo

Na véspera de um ano duro, em que terá de disputar votos, Pedrosa não quer deixar espaço. Ele quebrou o braço jogando uma pelada e sabe que nos trabalhos internos da CLDF não se ganha jogo. Por isso, ele prefere ir para a rua e tentar garantir a reeleição, que não será fácil pelo Democrata, o novo partido do deputado.

 

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