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31 de janeiro, 2025

PSD define seu caminho em Brasília O Partido Social Democrático (PSD) faz seu Encontro Nacional na próxima quarta-feira (24) em Brasília. No Distrito Federal, o partido é comandado pelo ex-governador Paulo Octávio, que sabe muito bem o que quer e já declarou apoio à candidatura de Ibaneis Rocha à reeleição. Nacionalmente, o PSD vai decidir …

PSD define seu caminho em Brasília

O Partido Social Democrático (PSD) faz seu Encontro Nacional na próxima quarta-feira (24) em Brasília. No Distrito Federal, o partido é comandado pelo ex-governador Paulo Octávio, que sabe muito bem o que quer e já declarou apoio à candidatura de Ibaneis Rocha à reeleição. Nacionalmente, o PSD vai decidir se segue com a candidatura do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – recém-filiado à sigla – ou vai por outro caminho.

Partido já faz contas

No DF, o partido quer conquistar pelo menos duas cadeiras de deputado federal e já conta com o ex-governador Rogério Rosso para puxar os votos; também faz planos para ter uma nominata forte para disputar vagas na Câmara Legislativa, já contando com o atual deputado Robério Negreiros. Mas o PSD quer mais e sonha com uma vaga para o senado para Paulo Octávio, mas este é um ponto que precisa ser melhor costurado.

Para onde vai Paulo Octávio?

Paulo Octávio tem bons índices de intenção de votos nas pesquisas que estão sendo feitas, mas terá dificuldades se tiver que “bater chapa” com Flávia Arruda. Na próxima eleição, só há uma vaga para o Distrito Federal. Se a ministra fechar questão e decidir mesmo disputar o Senado, há quem defenda que Paulo Octávio dispute a vaga de vice-governador, até porque teria garantidos nove meses na cadeira de chefe do Buriti no final do mandato, com espaço para uma reeleição, quando Ibaneis – se eleito – deixar o governo para se candidatar.

Um posto muito disputado

A vaga de vice de Ibaneis, aliás, é um dos postos mais cobiçados no DF. Além do atual ocupante, Paco Britto, outros candidatos se apresentam, como o secretário de Governo, José Humberto Pires, que já não disfarça a pretensão. O grupo evangélico também reivindica o posto, ou com o atual vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso, ou com o deputado Júlio Cesar. Ibaneis não se manifesta; está esperando a fervura baixar.

Quem dá mais?

A conta, no final, será simples: quem tem mais a agregar? A situação do governador, hoje, é bastante confortável. Com as muitas inaugurações que estão sendo feitas, há obras importantes em ritmo acelerado e um amplo programa social, o reconhecimento da boa gestão vem sendo conquistado gradualmente. Quem melhor casar com esse perfil realizador será escolhido para tentar a reeleição.

Perto do número mágico

Semana passada, Ibaneis Rocha recebeu a visita de um dos mais conhecidos cientistas políticos do Brasil, que traçou um panorama muito favorável à reeleição. Segundo ele, o governador está muito próximo do que ele chama de “número mágico” que garantiria a reeleição. Disse que as pessoas comuns ainda não querem falar de política, mas pelo que analisou, há um reconhecimento de que no DF a situação poderia ser muito pior se não fosse, tomadas algumas medidas pelo governador.

Izalci acha que dá para ele

O senador Izalci Lucas saiu da casca. Como se restasse alguma dúvida, pouco antes da confusa reunião do PSDB, onde sobraram acusações de compra de voto e que acabou sem qualquer resultado, ele divulgou vídeo – muito mal feito, aliás – mostrando que tem rodado o DF e conversado com as pessoas e que, ao final, coloca que é pré-candidato a governador nas próximas eleições. Nem pediu desculpas.

Trair e coçar… é só começar

Izalci só é senador graças ao apoio que recebeu de Ibaneis Rocha nas últimas eleições, como ele mesmo reconheceu. O atual governador chegou a declarar voto publicamente em emissora de rádio e ainda ajudou o senador em diversas ocasiões, mas é como se diz: em política a vontade de trair é sempre muito grande. Não há motivo para rompimento: Ibaneis executou emendas do senador, vem cumprindo todos os compromissos firmados e não se afastou do que prometeu durante a campanha. Mas a traição não precisa de motivo.

 

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