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Projeto que começa em julho exalta tradição cultural centenária com Rituais de Lavagem e oficinas abertas à população
Sincretismo religioso e tradição cultural centenária estão nas raízes do projeto Águas de Oxalá, que tem à frente a Mãe Francys Baiana do Acarajé ou Doné Francys de Oyá, em sua investidura religiosa. Além de celebrar essa rica manifestação cultural e religiosa nascida na Bahia, Águas de Oxalá cumpre o importante papel de dar visibilidade à cerimônia, ajudando a preservar valores formadores da identidade nacional.
Ao mesmo tempo, produz informação clara para auxiliar outros segmentos da sociedade a superarem posturas racistas e preconceituosas, na medida em que compartilha a mensagem ampla de paz e congraçamento representada pelas lavagens.
O projeto Águas de Oxalá é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e conta com o apoio da Gerência do Complexo Cultural de Samambaia.
“A lavagem é um importante exemplo de como as comunidades de matriz africana estão lutando para reivindicar seus direitos e afirmar sua cultura e religiosidade. Temos avanços, mas também percebemos um aumento da intolerância. Há muito a ser feito para garantir a igualdade de direitos e o respeito às diferenças no país. Estes elementos fundamentais da nossa história devem ser valorizados, ou, no mínimo, compreendidos como parte da diversidade cultural do Brasil. Nosso projeto é um ato que pede paz, tolerância e, compartilha, principalmente, o amor ao próximo”, defende Mãe Francys.
O projeto tem duas frentes principais: os rituais de lavagens e as oficinas abertas à comunidade mediante inscrição feita nos locais da oficina ou através de um link em ambiente digital. Com duração de 20 horas cada, as oficinas, oferecidas a grupos de 20 pessoas em espaços como o Complexo Cultural de Samambaia, GRES Águia Imperial e Instituto AMPB Rancho Sol Nascente, abordarão o ritual da Lavagem, discorrendo sobre significado, história, indumentárias, musicalidade e culinária que fazem parte dessa tradição. Com as aulas realizadas durante a semana, os alunos são convidados a participar das lavagens no fim de semana, junto com a comunidade, guiados pelos orixás principais desta celebração: Oxalá, Iemanjá e Oxum.
Os rituais que acontecem como um cortejo de fé, união e devoção a santos católicos e a orixás do candomblé, duram cerca de três horas. O início se dá com o encontro de integrantes da lavagem vestidos de branco e capoeiristas, simbolizando o encontro das águas. A partir daí, os integrantes “lavam” o local com água de cheiro, ao som de toques de atabaque e cânticos afro-religiosos, numa celebração ecumêmica.
No caso do projeto, ao final, todos confraternizarão com música e um delicioso festival de acarajé. A tradição vem sendo difundida por Mãe Francys há cerca de três anos, principalmente em Samambaia. Em 2022, por exemplo, um público ainda maior teve a oportunidade de acompanhar o ritual da lavagem em ocasiões como a posse da ministra da Cultura Margareth Menezes, abertura do Carnaval de Brasília, aniversário da Caixa Econômica Federal e folguedo do Boi de Seu Teodoro.
As cerimônias de lavagem surgiram como rituais de purificação e renovação do universo das religiões afrodescendentes. Os povos escravizados, forçados a abandonar suas crenças, religiões e culturas na África, foram impedidos de praticar livremente sua fé no Brasil. Como resultado, houve o surgimento de um sincretismo religioso, que incluiu a devoção à Nossa Senhora Aparecida e outros santos. A sua origem se dá, precisamente, na escadaria da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, patrimônio imaterial do Brasil.
Ritual importante para a população e os herdeiros culturais da África, a Lavagem representa a limpeza de todos os males, incluindo pensamentos negativos, intolerância e racismo religioso. Ela é feita com água e ervas preparadas pelos sacerdotes dessas religiões, onde a água, o elemento sagrado, é usada para purificar o corpo e a alma.
Projeto Águas de Oxalá. Inscrições no local das oficinas ou no link disponibilizado nas redes sociais do projeto. Mais informações: [email protected].
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