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Alta dos produtos é vista como um dos fatores que levou à queda de popularidade do governo
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, vai comandar nesta quinta-feira duas reuniões para tratar da alta do preço dos alimentos. A primeira, pela manhã, será restrita aos integrantes do governo. Estão previstas as participações dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
No segundo encontro, à tarde, estarão presentes além dos mesmos integrantes do governo, empresários do setor de alimentos. De acordo com o Ministério da Indústria e Comércio, confirmaram presença: Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Donizete Tokarski diretor-superintende da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Dornellas presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e André Nassar, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
A alta do preço dos alimentos é apontada como uma das causas da queda de popularidade do governo. Lula tem falado sobre o problema em entrevistas e pronunciamentos. No dia 6 de fevereiro, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, o presidente afirmou:
— Nós estamos trabalhando, conversando com empresários, utilizando muito a competência da Fazenda, a competência do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para que a gente encontre uma solução sobre como reduzir o preço. Nós vamos encontrar uma solução para os preços.
Na mesma entrevista, Lula cometeu o que foi avaliado no governo como um deslize ao afirmar que caberia ao povo agir para reduzir os preços dos produtros.
— Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar — disse.
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