POLÍTICA

Aliados veem nomeação de Eduardo Bolsonaro em secretaria do Rio e SC como mais provável, e SP como ‘bem difícil’

23 de julho, 2025 | Por: Agência O Globo

Deputado busca alternativa para manter mandato, mesmo morando nos Estados Unidos; sua licença de 120 dias expirou no último domingo

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e seu boné de cabeceira: Make America Great Again
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e seu boné de cabeceira: Make America Great Again — Foto: Reprodução

Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) avaliam que a nomeação em uma secretaria estadual no Rio de Janeiro ou em Santa Catarina, onde os governadores são alinhados ao bolsonarismo, são hoje as opções mais viáveis para ele não perder o mandato. A indicação a um cargo nos governos tem sido discutido como opção caso não haja acordo com a Câmara para que ele trabalhe dos Estados Unidos, onde está desde fevereiro.

Mesmo morando fora do país, a nomeação em uma secretaria permitiria a Eduardo seguir licenciado da Câmara com aval da Mesa Diretora, mantendo o mandato mesmo após o fim de seu afastamento oficial, encerrado no último domingo.

Apesar da movimentação de bastidores, liderada por parlamentares do PL, o destino considerado ideal já foi quase que 100% vetado. Aliados de Eduardo defendiam que ele fosse nomeado no governo de São Paulo, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o que tem sido rechaçado por interlocutores paulistas. O nome de Tarcísio chegou a ser defendido pelo fato de Eduardo ter sido eleito por São Paulo e pelo alinhamento entre os dois.

No caso de Santa Catarina, o custo político da operação é considerado menor. Governador do estado e um dos mais alinhados ao bolsonarismo, Jorginho Mello (PL) é visto como mais disposto a colaborar com a movimentação, mas as tratativas ainda não começaram.

Já no Rio de Janeiro, as conversas chegaram a avançar, mas, segundo revelou a coluna do Lauro Jardim, do Globo, o governador Cláudio Castro (PL) recuou após ser aconselhado por um integrante de um tribunal superior a não se envolver, para evitar confrontos com ministros do Supremo Tribunal Federal — onde o governador chegou a responder a processos.

— A prioridade é manter o mandato, e manteremos — afirma o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante. — Uma das alternativas é Eduardo ser secretário em algum estado. Mas é no Rio que isso está mais dialogado.

A partir de agosto, Eduardo começa a acumular faltas, o que pressiona o partido a encontrar uma solução rápida, uma vez que ele pode perder o mandato por este motivo em novembro. O deputado está nos Estados Unidos e deve continuar fora do país por tempo indeterminado.


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