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Senador do PSB reclamou que partido de Lula tem concentrado muitos espaços no estado
A proximidade do senador Cid Gomes (PSB-CE) com o ministro da Educação, Camilo Santana, do PT, tem imposto limites para a ocupação de espaços do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Ceará. Cid ameaçou desembarcar da base petista no estado após o partido lançar a candidatura de Fernando Santana a presidente da Assembleia do Ceará. O senador avalia que um partido não pode ter todos os espaços e reclama que a sigla já tem a prefeitura de Fortaleza e o governo do estado.
Depois da pressão de Cid, o petista Fernando Santana anunciou a desistência da candidatura à presidência da Assembleia — Santana disse que não faz “política como projeto pessoal”. Fernando é cunhado de Camilo. Depois disso, ficou decidido que o candidato do grupo governista será Romeu Aldigueri, que está no PDT e é aliado de Cid. Hoje o presidente da Assembleia é Evandro Leitão (PT), que foi eleito prefeito de Fortaleza e irá sair do cargo.
Mesmo no PT, Camilo tem um histórico pouco atuante na vida partidária no estado e tem uma proximidade com Cid, de quem foi secretário estadual no governo do Ceará e o sucedeu como governador. O presidente do PSB no Ceará, partido de Cid, é Eudoro Santana, pai do petista.
A aliança com Camilo também tem potencial para tirar espaço do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), na disputa de 2026. Guimarães quer ser candidato a senador, mas há uma articulação para que as duas vagas no grupo governista sejam preenchidas por Cid e o deputado Eunicio Oliveira (MDB-CE), que já foi senador e foi presidente do Senado entre 2017 e 2019.
Eunício tenta um acordo com Camilo para que uma das vagas de candidato ao Senado seja do MDB. Como Cid Gomes já está no mandato, ele é visto pelo ministro como o nome que está mais garantido para estar na chapa.
Procurado, Guimarães evitou falar sobre a disputa por uma vaga de candidato a senador. Ele disse que “o PT está firme e forte”, mas declarou que não ia comentar sobre o assunto.
— Estou tão ocupado com as coisas em Brasília que não tenho como falar sobre essas coisas. O PT está firme e forte. Não tenho tempo para essas futricas — afirmou.
Em relação a disputa pelo comando da Assembleia, Guimarães disse que a decisão de trocar a candidatura do petista Fernando Santana pela do pedetista Romeu Aldigueri foi uma decisão do governador Elmano de Freitas (PT-CE):
— Foi uma decisão do governador e nós estamos sempre com o governador.
Da mesma forma, Cid evita falar sobre a chapa para o Senado e se prefere ter Guimarães ou Eunício como colegas na candidatura:
— Eu não sei nem se sou (candidato à reeleição), imagina se vou querer dar opinião sobre outro.
Aldigueri, novo candidato para a presidência da assembleia, é líder do governo Elmano, faz parte do grupo do PDT que é a favor de uma aliança com o PT e rivaliza com Ciro Gomes, adversário dos petistas. A expectativa é que Aldigueri se filie ao PSB de Cid Gomes, irmão de Ciro.
Cid disse que procurou o ministro da Educação para reclamar da concentração de espaços do PT.
— Eu que procurei, registrando o desconforto de que todas as posições estavam sendo demandadas pelo PT, após um anúncio de que o candidato à presidência da Assembleia seria uma pessoa do PT. Tenho nada contra ele pessoalmente, mas se é uma aliança que envolve vários partidos não é razoável que só um esteja com as posições importantes.
Em meio às desavenças sobre a presidência da Assembleia, o ministro da Educação elogiou Cid e disse que ele é seu candidato a senador em 2026. O petista, no entanto, não falou sobre a segunda vaga na chapa.
— Cid é um grande amigo, parceiro de projeto e de luta, e é meu candidato ao Senado em 2026. Não só pela gratidão que tenho a ele, mas pelo o que ele representa para o Ceará — disse Camilo em entrevista ao jornal cearense Diário do Nordeste.
Recurso foi apresentado pela Defensoria Pública da União (DPU)
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