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Pé-de-Meia será depositado na conta de estudantes do ensino médio a partir de terça-feira
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Associação lembra que matéria-prima subiu por queda na oferta por crise climática e sanitária na África
A alta de 189% no preço do cacau, com picos de até 300%, nos últimos 12 meses anteriores a dezembro de 2024, deve impactar o preço dos ovos de Páscoa neste ano, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia). Nem todo aumento deverá ser repassado ao consumidor, mas a tendência é que haja aumentos que acompanham a variação da indústria de chocolates nos últimos 12 meses.
— Nem tudo foi repassado, já que a indústria busca eficiência com mais investimentos em automação, por exemplo. Mas haverá impacto. Cada empresa tem sua política de preços — disse João Dornellas, presidente executivo da Abia.
A expectativa da indústria de alimentos é que o consumidor encontre ovos de Páscoa com diferentes ingredientes no recheio, como biscoitos. Mas a expectativa é que os preços não sofram ‘aumentos bruscos’ acima da inflação.
— É difícil estimar alta de preços ao consumidor, mas a tendência é que os aumentos acompanhem os reajuste que a indústria de chocolates praticou — disse Dornellas.
O preço do chocolate subiu 11,99% nos últimos 12 meses, encerrados em dezembro de 2024, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O preço do cacau subiu por uma crise de oferta de matéria-prima, com crise climática e crise sanitária na África, diminuindo a oferta global do cacau. O Brasil já foi o maior produtor na década de 80, mas a praga da vassoura da bruxa dizimou as plantações na Bahia. Hoje é o sétimo maior produtor global.
— Novamente há uma oportunidade de aumentar a produção do cacau, que vem crescendo, por exemplo, no Pará. Mas o cacaueiro demora quatro anos para começar a produzir. Não é do dia para a noite — lembrou Gustavo Chiarini Bastos, presidente do Conselho Diretor da Abia, lembrando que assim como o café (que subiu 140% em doze meses) também deve ficar pressionado até a oferta se restabelecer.
O presidente da Abia lembrou que o custo de produção de alimentos industrializados subiu 9,3%. A inflação de alimentos industrializados foi de 7,7%, segundo o IPCA.
João Dornellas disse que a Abia enviou diversas sugestões ao governo que poderiam ajudar a conter a alta de preços dos alimentos. Dornellas afirmou que já se reuniu com o presidente Lula, que disse que o governo não pretende fazer intervenções heterodoxas no mercado de alimentos.
— Essas intervenções sempre trazem resultados ruins e causam problemas no longo prazo. Já fizemos sugestões ao governo, como por exemplo, cuidar da infraestrutura de transporte, ou até reduzir tarifas de material de embalagem importado — afirmou.
Dornellas lembrou que a indústria de alimentos se comprometeu a investir R$ 120 bilhões de 2023 a 2026, durante o governo Lula, e no ano passado foram investidos R$ 40 bilhões. Entre 2023 e o ano passado, foram investidos R$ 74, 7 bilhões, mais de 62% do objetivo. Dornellas avalia que mesmo com a alta de juros, os R$ 120 bilhões devem ser atingidos e até mesmo superados.
— Claro que se tivéssemos juros mais baixos, o investimento poderia ser maior. Mas vamos atingir os R$ 120 bilhões e até ultrapassar — afirmou.
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