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Magistrado é o atual presidente da Primeira Turma do Supremo
Alvo de um pedido de impedimento para participar do julgamento da denúncia da trama golpista, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), terá uma audiência nesta quarta-feira com o advogado José Luís Oliveira Lima – que recentemente assumiu a defesa do general Walter Braga Netto, um dos 32 denunciados pela Procuradoria-Geral da República ( PGR) ao lado de Jair Bolsonaro.
Zanin é o atual presidente da Primeira Turma do Supremo, colegiado onde a denúncia da PGR será analisada por ele e outros quatro ministros: Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O impedimento do ministro foi levantado pela defesa de Bolsonaro, que cita a participação dele, ainda como advogado, em processos contra o antigo presidente.
Na audiência desta quarta-feira, o magistrado receberá o advogado de Braga Netto para tratar de um processo envolvendo outra parte e outro assunto. Mas nada impede que a denúncia contra o general por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 seja debatida, justamente pelo fato de Zanin integrar a Primeira Turma. O GLOBO apurou que a reunião com Zanin foi pedida pelo advogado após o oferecimento da denúncia pela PGR.
Nos corredores do STF, o périplo dos advogados dos denunciados pela trama golpista já começou. Na segunda-feira, o responsável pela defesa de Bolsonaro, Celso Vilardi, se reuniu com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Há a expectativa de que ele também se encontre com Alexandre de Moraes nesta quarta-feira, mas a reunião ainda não estava confirmada até esta terça.
As ações de impedimento agora serão apreciadas por Barroso. Como mostrou O GLOBO, ministros do STF avaliam que os pedidos não têm chance de prosperar, e os magistrados devem ser mantidos na análise dos casos.
Segundo a PGR, Bolsonaro, ao lado dos demais denunciados, como Braga Netto, “liderou” organização criminosa que tentou golpe de Estado. “A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, na denúncia.
De acordo com a PGR, a suposta organização criminosa estava “enraizada na própria estrutura do Estado” e tinha “forte influência de setores militares”.
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