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Políticos estiveram juntos na sexta-feira durante posse no Tribunal de Justiça do estado; na quinta, Álvaro Porto criticou discurso da governadora ‘conversou m* demais
No dia seguinte após o vazamento de um áudio em que criticava a governadora Raquel Lyra (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco e correligionário, Álvaro Porto, marcou presença na posse dos dirigentes do Tribunal de Justiça do Estado (TJPE). A solenidade marcou o primeiro encontro entre Porto e Lyra, que se cumprimentaram com beijo no rosto e um aperto de mãos.
Na quinta-feira, menos de 24 horas antes da cordialidade, o microfone do presidente da Assembleia vazou durante a transmissão do retorno dos trabalhos do legislativo. Na ocasião, ele criticava o discurso feito pela governadora.
O vazamento gerou um climão entre os, agora, ex-aliados. Diante da repercussão, Lyra foi às redes afirmar que havia sido vítima de violência de gênero. “Parece que para alguns o que me condena é simplesmente o fato de eu ser mulher”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).
Em nota, Porto também se retratou e disse ter usado uma expressão “não condizente” com o contexto ao avaliar o discurso da governadora. Contudo, voltou a fazer críticas sobre a fala: “(Porto) acrescenta que sua reação é fruto de indignação em relação à falta de resultados do governo em questões sérias como saúde e segurança, por exemplo”, disse em comunicado. O deputado alegou que, em nenhum momento, fez referência pessoal a Lyra.
Desde o ano passado, Raquel Lyra e Álvaro Porto tem tido desentendimentos. O auge deste conflito se deu em novembro passado quando a Assembleia modificou o regimento interno para adiantar a eleição do biênio 2024/2025 e reeleger Porto.
O episódio ocorreu após o presidente ter votado para derrubar os vetos da governadora durante a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na ocasião, o tucano explicou suas motivações:
— Nós tentamos vários acordos, esperamos um posicionamento do governo do estado, mas infelizmente os acordos que chegaram a essa Casa não foram favoráveis. Eu já declaro “não”, pela rejeição do veto — disse Álvaro Porto.
Fora do plenário, ele ainda fez críticas públicas, em suas redes sociais, a ausência de diálogo por parte da governadora, mas posteriormente apagou a publicação.
Atualmente, a governadora tem uma base de 12 deputados, que representa 24% da Assembleia. Neste contexto, vem enfrentando resistência constante dos parlamentares, o que sempre demandou um esforço na articulação de cada uma das propostas caras à gestão. Foi desta maneira que obteve vitórias significativas, como a autorização de um empréstimo de R$ 3,4 bilhões e a reforma administrativa.
Esta realidade, contudo, começou a piorar em agosto, quando os três deputados estaduais do PT, que antes integravam a chamada bancada independente, migraram para a oposição. A ala sem posição diante do Palácio das Princesas é um dos maiores entraves para a governadora, por ter 20 parlamentares de seis partidos diferentes.
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